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FERROVIAS
Interesse na Ferrogrão mostra confiança no agronegócio brasileiro, afirma Tarcísio
O interesse de investidores na Ferrogrão, projeto ferroviário de mais de 900 quilômetros de extensão, entre Sinop (MT) e o porto de Miritituba (PA), mostra a confiança no agronegócio da região Centro-Oeste e na proposta elaborada pelo Governo Federal. “O mais difícil em um projeto desse é achar investidor e, por incrível que pareça, o investidor nós temos”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, durante encontro com a Frente Parlamentar de Agropecuária (FPA), nesta terça-feira (4).
Atualmente, o Mato Grosso produz 65 milhões de toneladas de grãos por ano e, segundo estudos, pode chegar a produzir até 120 milhões de toneladas dentro de nove anos. E é justamente este aumento na eficiência da safra que tem chamado a atenção dos investidores. “Tem muita gente que acredita no Mato Grosso. Tem produtor fazendo 80 sacas por hectare. Ninguém produz isso no mundo. É mais do que o dobro do que o americano faz”, disse Tarcísio.
De acordo com Freitas, o projeto ferroviário pode ser leiloado durante o segundo semestre. A expectativa é de que a Ferrogrão sirva como reguladora de tarifa dos transportes de carga do país. O aumento na oferta de infraestrutura deve contribuir para a redução dos fretes rodoviários, que já ocorreu de forma mais modesta a partir da pavimentação completa da BR-163, em 2019. Além disso, a ferrovia também vai valorizar a movimentação nos portos do Arco Norte, fomentando uma nova saída aos produtores.
LEGISLATIVO – O encontro também serviu para discutir o avanço do Projeto de Lei do Senado 261, conhecido como Marco Legal das Ferrovias, que permite a exploração do transporte ferroviário de cargas, que hoje ocorre somente por concessão, por meio de autorização. Segundo o ministro, existem projetos com potencial em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná.
Outra proposta legislativa debatida foi o Projeto de Lei 4.199/2020, que cria Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem (BR do Mar) e aguarda votação no Senado Federal. “O esforço da Frente Parlamentar da Agropecuária foi determinante para a evolução do tema, entendo que em pouco tempo o tema deve ir para o Senado. Trata-se de uma revolução, alguns armadores de cabotagem querem começar a operar aqui graças à BR do Mar”, disse.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura