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INFRA WEEK
Com leilão da Fiol, investimentos em ferrovias brasileiras chegam a R$ 31 bilhões
Em pouco mais de dois anos, o Ministério da Infraestrutura já assegurou mais de R$ 31 bilhões de investimentos contratados para as ferrovias brasileiras. Este valor foi atingido nesta quinta-feira (8), após o leilão do trecho 1 da FIOL , vencido pela Bahia Mineração S/A (Bamin), que injetará mais R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão para a conclusão das obras.
Não à toa, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou logo após o leilão da FIOL que “nunca se fez tanto em ferrovias” no país. “As sementes que estão sendo plantadas aqui vão nos levar a participação no modo ferroviário, que hoje é inferior a 20%, para cerca de 35% na matriz de transporte em 2035. A gente vai começar a atingir o nível de transporte ferroviário de alguns países desenvolvidos”, disse Tarcísio.
Em 2019, o leilão da Ferrovia Norte-Sul, na região central do Brasil, garantiu os primeiros R$ 2,7 bilhões de investimentos. Ao longo de 2020, o MInfra viabilizou as renovações antecipadas de contrato com a Rumo, pela Malha Paulista, com mais R$ 5,7 bi, e com a Vale, com mais R$ 8,2 bi pela Estrada de Ferro Carajás (EFC) e R$ 8,8 bi com a Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM).
Além disso, o dispositivo de “investimento cruzado” permitiu que parte da outorga pela EFVM fosse utilizada para injetar R$ 2,7 bi de investimentos na implementação da FICO, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste, entre Mato Grosso e Goiás.
PRIORIDADES – E os próximos passos são claros: o avanço nas obras dos trechos 2 e 3 da FIOL e a construção da FICO. Na FIOL 2, entre Caetité e Barreiras, na Bahia, mais de 1 mil pessoas, com o apoio do Exército, trabalham no empreendimento de 485 quilômetros de extensão e que terá a contribuição da Vale no fornecimento de trilhos como parte do pagamento de outorga ao Governo Federal. “Uma obra que está andando em ritmo acelerado, com muita terraplanagem sendo feita, muita brita sendo produzida, dormentes sendo fabricados, e que vai ganhar corpo daqui pra frente”, explicou o ministro.
Já para a construção da FIOL 3, que terá 505 quilômetros de extensão, entre Barreiras (BA) e Figueirópolis (TO) – onde se conectará com a Ferrovia Norte-Sul –, Tarcísio Gomes de Freitas disse que os investimentos a serem feitos deverão vir da renovação de contrato da Ferrovia Centro Atlântica S.A., atualmente em fase de estudos. Quanto à FICO, que será instalada entre Água Boa (MT) e Mara Rosa (GO) – onde também irá se unir a Ferrovia Norte-Sul –, a expectativa é de que as obras para os primeiros 40 quilômetros comecem no mês de maio.
“Com isso, a gente já se estimula a dar o próximo passo: a modelagem para essa concessão FICO-FIOL. Já fizemos alguns ensaios de viabilidade econômica, com o apoio do Banco Mundial, simulamos alguns cenários e o resultado foi muito revelador. Mostra que estamos indo na direção certa, que podemos ter um leilão bastante interessante juntando o segmento da FICO com os dois trechos da FIOL”, adiantou o ministro, abrindo a possibilidade do pleito ocorrer entre o final de 2022 e o início de 2023.
Outro projeto ferroviário prioritário do Ministério da Infraestrutura é a concessão da Ferrogrão, com mais de 900 quilômetros de extensão, entre o município de Sinop, no Mato Grosso, até o Porto de Miritituba, no Pará, viabilizando o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste pelo Arco Norte.
INFRA WEEK – O último leilão da Infra Week ocorre nesta sexta-feira (9) quando serão concedidos à iniciativa privada cinco terminais portuários. São quatro terminais de líquido no Porto de Itaqui, no Maranhão, importantes para a logística de distribuição de combustível no Nordeste; e um no Porto de Pelotas, no Rio Grande do Sul, destinado à madeira. Na quarta-feira (7), foram leiloados 22 aeroportos divididos em três blocos, com uma arrecadação total de R$ 3,3 bilhões, com investimento garantido de R$ 6,1 bilhões previstos.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura