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Atuação da Força Tarefa mostra que governo está organizado para combater crimes contra a Previdência Social
Da Redação (São Paulo) – A Força Tarefa Previdenciária – composta pelo Ministério da Previdência Social, Polícia Federal e o Ministério Público Federal – desarticulou nesta quarta-feira (1º), em São Paulo, um grupo criminoso que fraudava a Previdência Social com auxílio de servidores públicos, advogados e profissionais da área da saúde. Foram afastados das funções no serviço público, sete peritos médicos e dois técnicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A operação, intitulada “Trânsito” foi deflagrada em nove cidades do estado.
Durante a ação, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em residências, escritórios e Agências da Previdência Foram apreendidos veículos e R$ 310 mil em espécie, e bloqueadas contas bancarias de 11 envolvidos. O grupo foi responsável por fraudar, pelo menos, 600 benefícios previdenciários e assistenciais, gerando um prejuízo de cerca de R$ 12 milhões. Com a operação, estima-se que outros R$ 21 milhões deixarão de ser desviados da Previdência Social.
Em entrevista, o chefe da Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR) do Ministério da Previdência Social, Marcelo Henrique de Ávila, fala sobre as ações da Força-Tarefa Previdenciária e diz que o modelo de atuação tem sido reconhecido por dar mais agilidade no combate aos crimes.
Abaixo a íntegra da entrevista:
LOC/REPÓRTER: Senhor Marcelo de Ávila pode-se dizer que essa operação foi uma das maiores de 2015?
TEC/SONORA: Chefe da Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR) do Ministério da Previdência Social, Marcelo Henrique de Ávila.
Exatamente, a segunda maior de 2015. Nós tivemos na semana passada a operação Lapa de Pedra que foi a maior do ano, e essa operação ocorrida hoje em São Paulo é a quatrocentésima operação da Força Tarefa Previdenciária desde seu início, no ano 2000.
LOC/REPÓRTER: O senhor acha que as ações da Força Tarefa Previdenciária ajudam a reprimir os crimes contra a Previdência Social?
TEC/SONORA: Chefe da Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR) do Ministério da Previdência Social, Marcelo Henrique de Ávila.
Sim, é positiva a atuação porque a Força Tarefa hoje é considerada, no âmbito da repressão a crimes, como modelo de atuação em que a gente consegue diminuir, nessa interação com a Policia Federal e Ministério Público, o tempo em que o inquérito policial tramita até chegar na condenação dos responsáveis. De forma que é uma metodologia de trabalho em que a gente, na nossa equipe, muitas vezes está trabalhando no mesmo ambiente que os delegados e os agentes da Policia Federal e isso possibilita uma troca de informações mais ágil, uma desburocratização dessa rotina de interação da Força Tarefa.
Outro aspecto importante é que a demonstração de que o Estado Brasileiro está se organizando para combater o crime no tocante a Previdência Social. E isso acaba tendo um efeito, a experiência tem me mostrando isso, pedagógico. Então, aquele fraudador que tem a intenção de vir a fraudar, ele passa avaliar melhor o risco que ele corre, uma vez que existe um grupo especializado, existe um acordo de cooperação na Força Tarefa Previdenciária, que possibilita uma atuação mais efetiva do Estado brasileiro na repressão dos crimes contra a Previdência Social.