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Brasil lidera debate global sobre justiça social na Coalizão da OIT
Foto: Matheus Itacarambi / MTE
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou na manhã desta quarta-feira (8) da 2ª Reunião do Grupo de Coordenação da Coalizão Global pela Justiça Social. O encontro foi aberto pelo diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Gilbert Houngbo, que compartilha o comando da coalizão com o ministro Luiz Marinho.
A Coalizão tem como objetivo melhorar a colaboração mundial na abordagem das lacunas de justiça social e no avanço da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda do Trabalho Decente. A iniciativa, liderada pela OIT, busca reduzir as desigualdades globais, combater a pobreza e atender às necessidades essenciais por meio da promoção de normas internacionais do trabalho e do diálogo social.
O ministro Luiz Marinho afirmou que a justiça social é um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável. Segundo ele, a coalizão trabalha com cooperação, parcerias e ações multilaterais para acelerar os ODS. “O objetivo é garantir que os avanços cheguem efetivamente à população, promovendo dignidade e inclusão”, afirmou.
Luiz Marinho elencou os esforços do MTE em seis áreas temáticas prioritárias. Entre elas está o combate às desigualdades, reforçado pela promulgação da lei que exige igualdade salarial e transparência em empresas com mais de 100 empregados. “Nossa meta é construir, junto às empresas e sindicatos, uma cultura de igualdade e diálogo social, abolindo práticas discriminatórias e promovendo avanços concretos”, contou o ministro. Ele também destacou o fortalecimento dos sindicatos e as parcerias com iniciativas internacionais, como o programa de formação de jovens líderes sindicais, realizado em colaboração com os Estados Unidos.
Entre as iniciativas de destaque em 2024, o ministro mencionou o "Mutirão de Emprego", realizado em agosto pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) no centro de São Paulo. O evento, apoiado pelo governo federal, ofereceu mais de 22 mil vagas de emprego e cursos de qualificação, promovendo o acesso ao mercado de trabalho formal.
O ministro também enfatizou a importância de políticas que aumentem o poder de compra da população. Em dezembro, Luiz Marinho e o presidente Lula assinaram o decreto de aumento real do salário mínimo. “Ao contrário do que muitos previam, mantivemos a geração de empregos e atingimos o menor patamar de desemprego da história do país, sem sacrificar a renda do trabalhador”, afirmou. Ele destacou que a política de valorização do salário mínimo contribuiu para o crescimento da classe média e a redução das classes mais baixas.
Para 2025, Luiz Marinho ressaltou a continuidade das políticas públicas voltadas à inclusão social e ao fortalecimento do mercado de trabalho. “Seguiremos empenhados em implementar medidas que combatam a precarização do trabalho e promovam a justiça social”, concluiu o ministro, reforçando que o Brasil permanece comprometido com o bem-estar de seus trabalhadores e o desenvolvimento sustentável.
A chefe da Assessoria de Relações Internacionais, Maíra Lacerda, destacou no encerramento do encontro, o papel estratégico do grupo. “A Coalizão tem o objetivo de melhorar a colaboração mundial na abordagem das lacunas de justiça social e no avanço da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda do Trabalho Decente”, afirmou Lacerda, ressaltando o compromisso do Brasil em liderar ações globais nesse campo.
Origem - Lançada em 2023, a Coalizão conta com mais de 300 integrantes, incluindo governos, organizações de trabalhadores e empregadores, organizações multilaterais e nacionais, instituições financeiras, organizações acadêmicas e ONGs internacionais.