Notícias
Rio Grande do Sul
Emprego cresce pelo segundo mês consecutivo no Rio Grande do Sul
Pelo segundo mês consecutivo, o número de empregos gerados superou os desligamentos no Rio Grande do Sul. O saldo positivo em agosto foi de 10.413 empregos, superior ao mês anterior, que registrou 6.682, e maior em relação ao mesmo mês de 2023, quando ficou em 2.561. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta sexta-feira (27), em Brasília, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No acumulado do ano, de janeiro a agosto, o saldo está positivo, com 55.773 novos postos de trabalho, número superior ao mesmo período de 2023, quando foram registradas 53.008 admissões a mais do que demissões.
Para o ministro do Trabalho e Emprego em exercício, Francisco Macena, isso aponta para a retomada dos empregos no Rio Grande do Sul, confirmando o que começou em julho. Devido aos impactos da calamidade climática, o estado perdeu, entre maio e junho, 30.749 empregos. “Se olharmos o acumulado desse período, observa-se que o Rio Grande do Sul já recuperou metade dos empregos perdidos devido à catástrofe das chuvas”, ressaltou Macena.
Em agosto deste ano, no estado, o setor de serviços foi o que teve o melhor resultado (+6.183), seguido pelo comércio (+2.461), construção civil (+1.724) e agropecuária (+221). A indústria foi o único setor a registrar saldo negativo, com perda de 176 postos, impactada pela atividade de processamento industrial do fumo, que perdeu 2.380 empregos. Dos municípios gaúchos, 344 tiveram saldo positivo no mês, enquanto 153 registraram saldo negativo. Santa Cruz do Sul (-1.327), São José do Norte (-902), Venâncio Aires (-849), Sapiranga (-140) e Bom Retiro do Sul (-56) foram as localidades que mais fecharam postos de trabalho.
O superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul (SRTE/RS), Claudir Nespolo, atribui a recuperação dos empregos no estado às ações do Governo Federal no pós-calamidades. “Com o repasse de R$ 5.100,00 para 360 mil famílias e a ação do MTE de repassar até dois salários-mínimos para ajudar as empresas com a folha de pagamento, houve uma injeção de dinheiro novo no estado, que foi transformada em consumo. Como resultado, isso se refletiu em novos empregos”, destacou Nespolo.
No ranking de geração de empregos em agosto no país, o Rio Grande do Sul ficou em 7º lugar, atrás de São Paulo (+60.770), Rio de Janeiro (+18.600), Pernambuco (+18.112), Bahia (+16.149), Minas Gerais (+14.356) e Paraná (+12.803).
Números do Caged no Brasil
O mercado de trabalho formal no país gerou, em agosto, um saldo positivo de 232.513 postos de trabalho com carteira assinada, uma variação de 0,49%. O saldo foi positivo nos cinco grupamentos de atividades econômicas e em todos os estados brasileiros. No acumulado do ano (jan-ago), a pesquisa apontou a geração de 1.726.489 novos empregos e, nos últimos 12 meses (set/23 a ago/24), o saldo registrado chegou a 1.790.541 novos postos de trabalho. Com isso, o estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, contabilizou 47.243.764 vínculos, representando uma variação de +0,49% em relação ao mês anterior.
Ajuda ao Rio Grande do Sul
Com a edição da Medida Provisória nº 1.230, de 7 de junho, o MTE anunciou um pacote de medidas emergenciais voltadas para os trabalhadores do Rio Grande do Sul. As ações imediatas incluíram a suspensão do FGTS para as empresas, liberação de duas parcelas adicionais do Seguro-Desemprego, o Saque Calamidade do FGTS, antecipação de parcelas do Abono Salarial e a possibilidade de os empregadores adotarem, por 90 dias (prorrogáveis por mais 90 dias), medidas como teletrabalho, antecipação de férias individuais ou concessão de férias coletivas, beneficiando mais de 900 mil gaúchos. Outra medida foi o programa emergencial de apoio financeiro de dois salários-mínimos para trabalhadores formais do estado, além de contemplar pescadores e empregados domésticos. Ao todo, o MTE repassou mais de R$ 4,2 bilhões ao RS.
Aos empregadores de municípios afetados também foi permitido o adiamento dos depósitos do FGTS, referentes aos meses de abril a julho, com parcelamento a partir de outubro, além da suspensão, por 90 dias, de diversas exigências administrativas, como revisões de avaliação de riscos, exames médicos periódicos e demissionais, elaboração de relatórios analíticos do PCMSO, treinamentos de segurança no trabalho e eleições das CIPAs.
Até dezembro, o Ministério vai repassar recursos de parcelas extras do seguro-desemprego aos municípios gaúchos, disponibilizando 95,7 mil parcelas adicionais para os trabalhadores atingidos pelas enchentes, num valor total de R$ 167,6 milhões.