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“Documento do Youth 20 (Y20) pode ser referência para agenda global de emprego decente no Brasil", afirma Francisco Macena
Foto: Allexandres Silva / MTE
O grupo de engajamento da Juventude do G20, o Youth 20 (Y20), entregou na tarde desta sexta-feira (11) ao secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Francisco Macena, o comunicado com as principais demandas discutidas na reunião de Cúpula, realizada de 10 a 17 de agosto no Rio de Janeiro.
Marcus Barão, presidente do Y20, destacou a incorporação de temas essenciais ao debate da juventude, como inclusão e diversidade, além de inovação e o futuro do trabalho, que se somam às pautas centrais da presidência brasileira no G20, como combate à pobreza, transição energética e desenvolvimento sustentável. Segundo ele, o documento aprovado avançou em pontos inéditos e serve como uma referência para a agenda global do Ministério, visando políticas de emprego decente para a juventude no Brasil. “Nós temos interesse que esse documento possa ser uma referência para a agenda global do ministério”, afirmou Barão.
Francisco Macena ressaltou a convergência das demandas do Y20 com as políticas em desenvolvimento no MTE, destacando que a juventude requer estratégias que levem em conta sua diversidade. Ele citou, ainda, que as preocupações com as transformações no mundo do trabalho e da economia foram discutidas também no encontro de Cúpula do G20 da área de Trabalho, realizado em Fortaleza. “O nível de desemprego na juventude é muito maior e, quando se faz um recorte de gênero, isso se agrava. Precisamos considerar a atratividade para incorporar essa juventude, levando em conta as vulnerabilidades, como jovens chefes de família e o acesso desigual à educação digital", explicou Macena.
Participaram da entrega do documento pelo Y20 Helena Prestes da área de metodologia, Ingrid Siss, co-chair; Pedro Duval, secretário-executivo e Raíssa Lemes, secretária de Metodologia. Pelo MTE estiveram presentes o diretor do Departamento de Políticas de Trabalho para a Juventude, João Victor da Motta, e a chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais, Maíra Lacerda e Silva.
O Brasil, que assumiu a presidência do G20 em 2023, coordenou discussões entre as maiores economias do mundo, incluindo temas como criação de empregos de qualidade e promoção do trabalho decente, transição digital e energética, e igualdade de gênero. As demandas do Youth 20 serão somadas a outros comunicados dos Grupos de Trabalho e discutidas na Cúpula de Chefes de Estado, que ocorrerá em novembro no Rio de Janeiro.
O que é o G20:
O Brasil assumiu a presidência do G20 este ano coordenando o debate junto às maiores economia do mundo, que representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto global, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população do planeta. O grupo é formado por 19 países, além da União Europeia e da União Africana.
A reunião técnica sobre Emprego, coordenada pelo MTE, aconteceu nos dias 23 e 24 de julho, em Fortaleza, tendo quatro eixos prioritários: Criação de empregos de qualidade e promoção do trabalho decente para garantir a inclusão social e eliminar a pobreza; Promoção de uma transição justa no processo de transformações digitais e energéticas; Uso de tecnologias como caminho para a melhoria da qualidade de vida de todos e Igualdade de gênero e promoção da diversidade no mundo do trabalho.
Assim como o GT da Juventude, o GT Emprego também aprovou comunicado consensual, que se somará aos documentos similares dos outros GTs na cúpula de chefes de estados, entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro, quando acaba a vigência da presidência do Brasil no G20.