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Inspeção do Trabalho
Fiscais apontam irregularidades no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte
Uma equipe composta por aproximadamente 30 auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) visitou tanto as áreas internas quanto externas no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, com o propósito de averiguar potenciais riscos à saúde dos trabalhadores e eventuais irregularidades na documentação trabalhista das empresas. Durante a operação, na última terça-feira (19), foram identificadas diversas irregularidades. A ação foi motivada após denúncias dos próprios funcionários do aeroporto, e executada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) de Minas Gerais.
Após a identificação de irregularidades, os fiscais emitiram notificações para 14 empresas, solicitando a apresentação de documentação trabalhista regular no prazo de uma semana. Entre as diversas irregularidades observadas, os auditores constataram o funcionamento inadequado de instalações sanitárias, fornecimento insuficiente de água e ausência de assentos, além de questões relacionadas à ergonomia.
Segundo relatos dos fiscais, muitos trabalhadores do aeroporto, especialmente os envolvidos na carga e descarga, estão expostos a atividades físicas pesadas, como flexão excessiva da coluna, torção, flexão de pernas e elevação de cargas acima dos limites seguros. Marcos Botelho, um dos coordenadores da ação, ressaltou que soluções disponíveis no mercado poderiam melhorar consideravelmente essas condições.
Além disso, foram identificadas irregularidades no posto de abastecimento, incluindo a falta de equipamentos e instalações à prova de explosão, bem como problemas relacionados à localização do restaurante. O refeitório está localizado a uma distância considerável dos postos de trabalho, o que resulta em deslocamentos que excedem o tempo de intervalo permitido, sujeitando os funcionários a possíveis penalidades por atrasos.