Notícias
Trabalho e Emprego
Brasil e Índia planejam ampliação da parceria econômica
Foto: Allexandre Silva/MTE
O estreitamento de laços, a revolução digital e o papel das empresas, formas de promover o trabalho conjunto, o aumento dos investimentos, com a implantação de indústrias no Brasil, foram alguns dos temas da conversa entre o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o embaixador indiano no Brasil, Suresh Reddy, que estava acompanhado do primeiro secretário da embaixada, Suraj Ananta Jadhav, em audiência, nesta quinta-feira (16), na sede do Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília (DF).
“Apesar de alguns tumultos de radicais no início do mandato do presidente Lula, o Brasil vive um período excepcional para recepcionar os países amigos que queiram investir por aqui", declarou Marinho. Segundo ele, estamos aproveitando todas as oportunidades e debates, como por exemplo sobre a transição energética, para colocar o Brasil como um bom endereço para recepcionar investimentos.
Reddy afirmou que tem aconselhado as empresas indianas a olhar o Brasil com bons olhos. “É um ótimo mercado para investimentos”, avaliou ele, citando a expansão da empresa Tata, que tem unidades da Jaguar e Land Rover em São Paulo e no Paraná. “A proposta é que possamos ampliar o fluxo de comércio entre os dois países”, afirmou Reddy. Segundo ele, a Tata tem a expectativa de dobrar o número de trabalhadores no Brasil, que hoje chega a 5.OOO pessoas. “Queremos que o Brasil seja o principal centro de distribuição da indústria indiana na América Latina”, explicou o Reddy.
Marinho propôs a criação de um grupo de trabalho, em breve, envolvendo os diversos ministérios no Brasil, para discutir com os empresários e o governo indiano as principais dificuldades para se instalarem no país e quais medidas poderão ser adotadas para a dinamização desse processo.
Parceiros no Brics e atores centrais do Sul Global, os dois países completam neste mês 76 anos de relações diplomáticas. A Índia é um dos maiores parceiros do Brasil na Ásia. O fluxo comercial entre os países, somente em 2022, chegou ao recorde de US$15,2 bilhões (cerca de R$77 bilhões), com crescimento de 31,4% em relação a 2021.