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Ministro Luiz Marinho concede entrevista coletiva sobre o G20 a correspondentes internacionais no Rio
Foto: Allexandre Silva/MTE
O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, concedeu uma entrevista coletiva, na tarde desta sexta-feira (19), no Rio de Janeiro, para correspondentes internacionais no Palácio do Itamaraty para tratar de temas relacionados ao G20 sobre Emprego, encontro das maiores economias do planeta que acontecerá de 23 a 26 de julho em Fortaleza, no Ceará para debater diretrizes para um mundo do trabalho mais inclusivo e justo.
Os correspondentes questionaram o ministro sobre assuntos que remetem às políticas do Ministério, como geração de emprego, intercâmbio entre os países na área trabalho, igualdade salarial, qualificação profissional, a regulamentação do trabalho em aplicativos, cotas para deficientes no mercado de trabalho, entre outros assuntos que serão tratados no Fórum em Fortaleza.
Sobre a igualdade salarial entre homens e mulheres na mesma função, o ministro ressaltou que as empresas devem cumprir a Lei, destacando o relatório apresentado recentemente pelo Ministério com base nas informações que as empresas preencheram no sistema do eSocial e que serviu para demonstrar a realidade do mercado de trabalho e como é possível negociar para avançar nesse tema. “Queremos ouvir as empresas e os sindicatos. O diálogo é o melhor caminho para que possamos cumprir o que determina a Lei”, avaliou o ministro.
Outra política destacada foi a qualificação de trabalhadores. O ministro salientou que o governo vem investindo na qualificação de trabalhadores para proporcionar sua colocação no mercado de trabalho. Por meio do programa Manoel Querino de Qualificação Profissional, o Ministério oferece aos trabalhadores oportunidades de profissionalização em várias áreas, destacando, principalmente, os cursos tecnológicos, numa parceria do MTE com a Microsoft. Luiz Marinho frisou a preocupação da pasta com o trabalho decente e a qualidade das vagas geradas, afirmando que é preciso mais investimento em profissionalização da mão de obra.
O intercâmbio e a cooperação entre os países também foram destacados pelo ministro na coletiva. Ele assegurou que o Brasil está aberto a todos os países que quiserem investir no país e que os acordos, a cooperação, o intercâmbio, são bem-vindos. “Pode vir acompanhado de gerenciamento. Só não pode tirar trabalho dos brasileiros, isso nós não queremos”, avaliou.
“Queremos que os países do G20 nos ajudem a construir uma visão em relação ao mercado de trabalho que desejamos, com um trabalho de qualidade, um ambiente saudável no trabalho. Estamos falando de salário igual entre homens e mulheres na mesma função, estamos falando de equidade, de combater todo preconceito. Nós queremos chamar atenção e buscar melhorar a distribuição de renda. A maneira assertiva de melhorar a distribuição de renda é pelo mundo do trabalho, vamos debater todos esses temas no G20”, frisou, lembrando que o Brasil alcançou recentemente um índice de desemprego de 7,1% e gerou, no ano passado, 1,5 milhão de vagas de emprego com carteira assinada.
Comentando sobre o combate ao trabalho escravo e infantil, ele acentuou que o trabalho precário existe em vários países, porém, muitos não põe a luz sobre isso, como faz o Brasil. Ele citou os pactos que o governo vem fazendo com os vários setores, chamando as empresas envolvidas para discutir a precariedade e buscar uma solução, citando os casos do café e das vinícolas, onde o governo buscou um pacto para evitar a exploração de trabalhadores.
G20 Brasil – As discussões sobre emprego no G20 têm quatro eixos prioritários: criação de empregos de qualidade e promoção do trabalho decente para garantir a inclusão social e eliminar a pobreza; promoção de uma transição justa no processo de transformações digitais e energéticas; uso de tecnologias como caminho para a melhoria da qualidade de vida de todos; e Igualdade de gênero e promoção da diversidade no mundo do trabalho.
O ministro salientou que estará à frente das atividades, que terão a participação de representantes dos trabalhadores, empresários, poder público e organismos multilaterais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), entre outros participantes.