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G20 Brasil
Empregabilidade das mulheres no mercado de trabalho cresce no mundo
Foto: Thiago Gaspar
A participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou nos países que compõem o G20. A maior taxa de empregabilidade das mulheres aconteceu após o Covid-19. Porém, as diferenças salariais entre homens e mulheres persistem ainda nos países do G20. E metade dos países do G20 participa da Coalizão Internacional pela Igualdade Salarial (EPIC).
Os dados são do relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que foram divulgados nesta sexta-feira (26) durante a plenária ministerial sobre Emprego, que abordou o tema de Igualdade de Gênero e Promoção da Diversidade no Mundo do Trabalho, na reunião do G20 Brasil que acontece no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.
A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paula Montagner, afirmou que a participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou no Brasil. A taxa de participação feminina cresceu de 34,8% em 1990 para 52,2% em 2023. Vale pontuar que este número chegou a 54,3% em 2019, antes da pandemia do Covid-19. A desigualdade salarial entre mulheres e homens também diminuiu na última década.
Em 2013, as mulheres ganhavam em média 26,3% a menos que homens. “Entretanto, as mulheres negras têm maior desemprego, e menos oportunidades no mercado formal de trabalho”, ressalta Paula. Segundo ela, dados do Diesse apontam que no quarto trimestre de 2023 o desemprego das mulheres negras ficou em 11%, enquanto as mulheres não negras 7%.
A assessora de Participação Social e Diversidade, do MTE, Anatalina Lourenço da Silva, ressaltou que as “injustiças contra as mulheres são históricas, principalmente, com as mulheres negras”. “Não é tempo mais de aceitar que as mulheres trabalhem muito mais horas e ganhem menos do que os homens na mesma função”, afirmou. Ela citou a Lei de Igualdade Salarial que o Brasil aprovou em 2023. O primeiro relatório apontou que das 49.587 empresas brasileiras com 100 ou mais empregados, apenas 32,6% têm políticas de incentivos para a contratação de mulheres.
O ministro do Trabalho do Canadá, Randy Boissonnault, disse que o seu país investe nas políticas para mulheres. De acordo com ele, o Canadá tem um programa de empreendedorismo feminino. “Com capital para investimentos, temos mais mulheres donas de seus próprios negócios”, ressaltou. Ele também argumentou que a equidade de gênero melhora o PIB do país. Além disso, o Canadá tem uma lei de Igualdade Salarial, e uma agência que cuida do assunto para reduzir as disparidades salariais entre homens e mulheres.
A Austrália também investe na participação das mulheres no mercado de trabalho. Eles possuem um programa de ajuda financeira para mulheres solteiras com filhos, e uma agência que cuida das disparidades salariais entre homens e mulheres.