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Trabalho e Emprego
Brasil e Irã devem retomar acordo de cooperação na área do Trabalho e Emprego
Foto:Matheus Damasceno/MTE
Nesta terça-feira (2), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu o embaixador do Irã no Brasil, Abdollh Ghadirli, e o segundo secretário da representação diplomática iraniana, Amin Heravan. Eles conversaram, entre outros assuntos, sobre a atualização e retomada do acordo bilateral de cooperação entre os dois países na área do Trabalho e Emprego, firmado em 2016, e não implementado.
Luiz Marinho informou que o Ministério do Trabalho e Emprego tomará as providências necessárias para que o último acordo bilateral, assinado com o Irã em 2016, seja remodelado para a dinamização das relações bilaterais entre os dois países. “Após a atualização dos termos do acordo de 2018, vamos retomar a cooperação com uma dinâmica que possa contribuir com a melhoria do mercado de trabalho dos dois países ", afirmou Marinho.
Abdollh manifestou o interesse do Irã em estreitar relações bilaterais com o Brasil, especialmente em temas sociais e do bem-estar humano. Segundo ele, há potencial para fortalecer a parceria entre os dois países, expandindo os acordos de cooperação para outras áreas, além do fornecimento de alimentos, onde o Brasil já desempenha um papel significativo para o Irã. Ele destacou a importância da troca de experiências entre os dois países, especialmente em relação à melhoria da qualidade de vida da população e à oferta de emprego. Ele explicou que, no Irã, o Ministério do Trabalho também é responsável pela Previdência e Assistência Social, o que pode facilitar a colaboração em diversas frentes.
O embaixador ressaltou que o Irã dispõe de uma ampla oferta de cursos de formação técnico-profissional nas áreas de indústria, serviços, comércio, arte e agricultura, desenvolvidos por instituições públicas e replicados por mais de 12 mil instituições privadas. Ele afirmou a prontidão do Irã em contribuir com o Brasil nessa área.
Negócios - Atualmente, o comércio entre os dois países envolve a importação de cerca de US$ 8,5 bilhões pelo Irã. O Brasil importa do Irã principalmente ureia, utilizada na fabricação de fertilizantes utilizados na agricultura, totalizando cerca de US$ 2,3 bilhões pelo Brasil. Abdollh acredita que, com a ampliação dos acordos bilaterais, esses valores podem aumentar significativamente, alcançando no mínimo US$ 10 bilhões.