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Qualificação, Emprego e Renda
MTE e Senai firmam acordo para oferecer 200 mil vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional
Foto: Matheus Itacarambi / MTE
Um acordo de cooperação técnica entre o Ministério do Trabalho e Emprego e o Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) abrirá 200 mil vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional nos próximos três anos no Brasil. O documento foi assinado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, na manhã de hoje (18), na sede da CNI, em Brasília. Também participaram da cerimônia o secretário-executivo do MTE, Francisco Macena, e o diretor geral do Senai, Gustavo Leal.
Luiz Marinho destacou que a indústria brasileira iniciou um importante processo de crescimento e investimentos, criando melhores condições para o mercado de trabalho e para o país. Segundo o ministro, essa retomada começou no ano passado, quando o saldo de novos postos de trabalho no setor foi de 125 mil. No acumulado deste ano, entre janeiro e outubro, o saldo atingiu 429.473, conforme os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
“A indústria é a base do desenvolvimento. Se a indústria vai bem, a economia também vai bem, uma coisa puxa a outra, além de termos empregos de qualidade. O nosso desafio é buscar e unir esforços e criatividade para criar oportunidades como este acordo que assinamos hoje”, explicou o ministro.
Ele acrescentou ainda que é necessário pensar o Brasil, assim como a indústria, de forma conjunta e com responsabilidades, para que sejam criadas condições e oportunidades sustentáveis. “Sustentáveis do ponto de vista tecnológico e social, como a sustentabilidade das famílias a partir do trabalho e do emprego”, ressaltou Luiz Marinho.
O acordo prevê a abertura gradual de 200 mil vagas de qualificação social profissional, até 2027, em cursos voltados para o setor industrial em localidades que estão demandando mão de obra. Os cursos ofertados estão em sintonia com o Programa Qualifica PAC e com as necessidades regionais e econômicas. O acordo estabelece ainda, que as unidades conveniadas ao MTE, como as agências do Sistema Público de Emprego (Sine), farão o encaminhamento dos trabalhadores para os cursos.
Alban afirmou que o trabalho conjunto com o MTE em com vários órgãos do governo federal é que se consegue fazer o crescimento. “O crescimento tem que passar pelo econômico, para garantir o desenvolvimento social, para ter inclusão e poder aquisitivo, para termos mercado e, assim, fazer a roda girar de maneira construtiva”, disse o presidente da CNI.
Os cursos oferecidos terão carga mínima de 160 horas nas áreas de alimentos e bebidas, automação e mecatrônica, automotiva, construção civil, edificações e instalações, eletroeletrônica, energia, gestão, gráficas e mídias impressas e digitais, logística, madeira e mobiliário, meio ambiente, metalmecânica, soldagem, mineração, química, refrigeração e climatização, tecnologia da informação, têxtil, vestuário e confecção. O início dos cursos e localidades onde acontecerão ainda serão definidos.