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Emprego no Rio Grande do Sul se recupera e gera 6.690 postos formais em julho
Foto: Allexandre Silva /MTE
Os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), relativo ao mês de julho, divulgados nesta quarta-feira (28), pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, mostra que o emprego no Rio Grande do Sul voltou a crescer. No mês foram 6.690 novos postos com carteira assinada gerados no estado. Em maio foram perdidos 21.993 postos e em junho o saldo negativo foi de 8.581 empregos. Desde quando o estado foi atingido pelas cheias, o governo federal vem evidenciado esforços para ajudar os municípios atingidos a enfrentar as consequências sociais e econômicas decorrentes dos eventos climáticos extremos e implementando medidas para diminuir os efeitos das enchentes.
De acordo com a subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho do MTE, Paula Montagner, “praticamente todos os setores de atividade que contratam empregados formais do estado gaúcho, atingido pela catástrofe climática do final de abril, voltaram a apresentar saldo positivo do emprego formal em julho”. O setor de serviços apresentou um saldo positivo de 2.240 novos postos de trabalho; a Construção Civil - que segundo Montagner ainda vai crescer muito pelas obras de reconstrução - já geraram mais de 2.100 postos; o Comércio gerou 1.344 postos; e a Indústria também se mostrou positiva com 1.163 novos postos. Apenas a Agropecuária, pela desmobilização do cultivo da soja no início de março, se mostrou negativa.
“O que estamos observando é que a calamidade climática começa a ser superada, embora ainda não por todos os municípios, 311 apresentaram saldo positivo e 186 ainda não, mas todos os setores de atividade praticamente já estão positivos”, salientou Montagner.
Caged Brasil - No acumulado do ano, janeiro a julho, o emprego formal no país ficou positivo em 1.492.214 postos de trabalho. Em 12 meses foram gerados 1.776.677 empregos. O saldo positivo foi verificado nos cinco grandes grupamentos econômicos e em todos os estados, com exceção de Alagoas, com perda de postos em razão da desmobilização da cana-de-açúcar. O setor com maior geração de empregos no ano foi o de Serviços, com 798.091 novos postos formais, vindo em seguida a Indústria, com geração de 292.165 postos de trabalho. A Construção Civil gerou 200.182, o Comércio 120.802 e a Agropecuária 80.999 empregos formais no ano. No Rio grande do Sul, o total de empregos gerados no acumulado do ano alcançou 45.329 novos postos de trabalho e 40.965 nos últimos 12 meses.
Todos pelo RS – O Ministério do Trabalho e Emprego, após a edição da Medida Provisória nº 1.230, de 7 junho, anunciou um pacote de medidas emergenciais voltadas para os trabalhadores do Rio Grande do Sul. As ações imediatas foram a suspensão do FGTS para as empresas, liberação de duas parcelas adicionais do Seguro-Desemprego, o Saque Calamidade do FGTS, antecipação de parcelas do Abono Salarial e a possibilidade de os empregadores adotarem, por 90 dias, prorrogável por mais 90 dias, medidas de teletrabalho e antecipação de férias individuais ou concessão de férias coletivas, beneficiando mais de 900 mil gaúchos, tendo o MTE repassado mais de R$ 4,2 bilhões ao RS.
Aos empregadores de municípios afetados foi também permitido o adiamento dos depósitos do FGTS, referentes aos meses de abril a julho, parcelando-os a partir de outubro e a suspenção, por 90 dias, de diversas exigências administrativas, como revisões de avaliação de riscos, exames médicos periódicos e demissionais, elaboração de relatórios analíticos do PCMSO, treinamentos de segurança no trabalho e eleições das CIPAs.
Até dezembro, o Ministério vai repassar recursos de parcelas extras aos municípios gaúchos, disponibilizando 95,7 mil parcelas adicionais para os trabalhadores atingidos pelas enchentes, num valor total de R$ 167,6 milhões.