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Qualificação, Emprego e Renda
Comitê do Pacto Nacional pela Inclusão das Juventude define plano de ação
Foto: MTE
Gerar boas oportunidades de inclusão produtiva para a juventude é algo urgente e que envolve toda a sociedade. Nesse sentido, aconteceu a segunda reunião do Comitê Gestor do Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, ontem (13), na Fundação Roberto Marinho (FRM), no Rio de Janeiro. Sob a coordenação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Pacto reúne representantes de órgãos públicos, empresas, da juventude, instituições de educação e organizações internacionais.
Durante esse encontro, os cinco grupos de ação do Pacto apresentaram dados e diagnósticos dentro das suas temáticas. Foi aprovada a proposta para elaboração de uma campanha de comunicação sobre a empregabilidade da juventude, visando conscientizar a sociedade sobre essa agenda. Outra ação a ser encaminhada é a criação de um selo de boas práticas para os municípios que implementarem planos de inclusão produtiva para juventudes, além da promoção de eventos para dialogar mais com as empresas.
O Pacto não abrange apenas empregos com carteiras assinadas na área urbana, o objetivo é fomentar a geração de trabalho e renda em várias frentes, como o empreendedorismo, o associativismo e na zona rural. O coordenador-geral de Parcerias, da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária, do MTE, Ary Moraes Pereira, sugeriu ao grupo a inclusão produtiva dos jovens por meio do cooperativismo.
“Muitos jovens não querem um emprego subordinado, em atividades precárias e mal remuneradas, que ainda exigem que fiquem horas no transporte público diariamente”, explicou Pereira. Segundo ele, a economia popular e solidária pode responder a esses desafios, pois consiste na auto-organização dos trabalhadores, de forma associativa ou cooperativada, que se unem para produzir ou oferecer serviços dentro e fora da sua comunidade.
Para o diretor de Políticas Públicas de Trabalho para a Juventude, do MTE, João Victor da Motta, coordenador do Pacto, a reunião foi muito produtiva, possibilitando encaminhar ações para mobilização de outras empresas, fundações e entidades educadoras, além de agregar novas perspectivas de inclusão produtiva da juventude. “Como a questão da autogestão por meio da economia solidária, do empreendedorismo e da garantia de inclusão do jovem no meio rural. Podemos ir além para garantir mais e melhores oportunidades de trabalho para os nossos jovens”, finalizou Motta.
A próxima reunião do grupo acontecerá em novembro em São Paulo.
O que é o Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes: Um chamado para a ação:
O Pacto é uma iniciativa da frente de juventudes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), firmado no final de 2023, com o objetivo de construir uma política pública nacional, em parceria com governos, empresas, fundações, institutos e organizações, para promover a Inclusão Produtiva das Juventudes em situação de vulnerabilidade até 2030, por meio da geração de oportunidades de trabalho e formação profissional.
Composição do Comitê Gestor:
Do poder público - Ministério do Trabalho e Emprego, Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) e Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
Das Organizações Internacionais - Fundo das Nações Unidas para a Infância e Juventude (Unicef), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Pacto Global das Nações Unidas
Das Representações dos Trabalhadores - Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Força Sindical e União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Dos Representantes dos Empregadores - Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Confederação Nacional do Transporte (CNT)
Das Entidades Formadoras:
Sistema Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e Bittar Educação.
Das Empresas - Ambev, Unilever, L´Oreal, Magazine Luiza e Banco do Brasil (BB).
Das Fundações/Institutos - Fundação Roberto Marinho (FRM), Instituto Claro, Instituto Coca-Cola, Fundação Arimax e Itaú Educação e Trabalho.
Dos Movimentos/Coletivos/Organizações de Juventudes - UniPeriferias, Brasil Júnior, União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e Aliança Empreendedora.