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Inspeção do Trabalho
Fiscalização do Trabalho resgata 5 trabalhadores no festival Lollapalooza
A fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego em São Paulo resgatou cinco trabalhadores que prestavam serviços de logística de bebidas no festival Lollapalooza. Os trabalhadores estavam informais, dormiam no chão ou sobre pallets de bebidas, sem energia elétrica, muitos sem colchão, sobre papelões ou madeirites, sem recebimento de EPIs. Trabalhavam como carregadores por 12 horas durante o dia (das 7 às 19hs) e durante a noite eram obrigados a dormir no autódromo Interlagos, nos diversos pontos de estoque de bebidas, para fazerem a vigilância das cargas. Todos moravam próximos ao autódromo, no Grajaú.
Segundo a fiscalização, nada era fornecido aos trabalhadores. “Três tinham colchonetes porque conseguiram trazer de casa e os outros dois dormiam sobre papelões e madeirites nos pallets de bebidas”, informou a auditoria fiscal do Trabalho. Cabia também aos trabalhadores levar itens de higiene, como sabonete e papel higiênico.
Todos estavam informais. “O advogado da empresa apresentou contratos intermitentes assinados, mas não havia nenhuma informação no eSocial, o que foi confirmado depois pelo próprio advogado da empresa”, explicou Rafael Brisque Neiva, auditor fiscal do Trabalho que participou da operação de resgate.
O grupo foi contratado como carregadores, com a promessa de receberem 130 reais por dia, tendo iniciado o trabalho em 16 de março indo até o fim do evento. No entanto, eram carregadores durante o dia, com jornada de 12 horas e faziam ainda a segurança dos estoques de bebidas durante a noite. Na madrugada, eram obrigados a dormir nos 3 pontos de estoque ou em tendas, onde as bebidas seriam distribuídas durante o evento.
A ação ainda continua em andamento, os trabalhadores resgatados das condições degradantes receberam os direitos devidos, após notificação da Inspeção do Trabalho, no valor aproximado de 10mil reais cada. Os auditores fiscais do Trabalho também emitirão guias de seguro-desemprego a trabalhador resgatado
Denúncias sobre trabalho análogo à condição de escravo pode sem feitas pelo site: https://ipe.sit.trabalho.gov.br/