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Trabalho Infantil
Inspeção do Trabalho retira 124 menores de situação de trabalho infantil no Mato Grosso do Sul
Em alusão ao 12 de junho, Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, o Ministério do Trabalho e Emprego está intensificando os operativos de combate a prática ilegal em todo país. No Mato Grosso do Sul, nos meses de abril a junho, a Superintendência Regional do Trabalho local já constatou 124 adolescentes em situação de trabalho infantil no Estado.
Os adolescentes tinham de 14 a 17 anos de idade sendo encontrados trabalhando em atividades elencadas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Decreto nº 6.481/2008), como na construção civil, marcenarias, serralherias, oficinas mecânicas, venda a varejo de bebida alcoólica, entre outras atividades. Esses trabalhos expõem pessoas menores de 18 anos a diversos riscos ocupacionais e repercussões à saúde. Nos trabalhos em serralherias, por exemplo, os adolescentes estavam sujeitos a poeiras metálicas tóxicas (chumbo, arsênico e cádmio), estilhaços de metal e acidentes com máquinas e equipamentos, podendo sofrer cortes, queimaduras, amputações e intoxicações.
No município de Aparecida do Taboado, a Inspeção do Trabalho retirou 23 adolescentes do setor de produção em uma indústria de brinquedos, expostos a ruído excessivo, posturas inadequadas, movimentos repetitivos e carregamento excessivo de peso. Na capital Campo Grande, foram identificados pela fiscalização quatro adolescentes que trabalhavam em uma empresa de suinocultura.
A Coordenadora Regional de Combate ao Trabalho Infantil, auditora fiscal do Trabalho Maristela Borges de Sousa Saravi, destacou que “os adolescentes trabalhavam em contato com resíduos e dejetos de animais na limpeza dos espaços, na higienização dos porcos recém-nascidos e no descarte dos animais mortos”.
Diante das irregularidades, a Inspeção do Trabalho determinou o imediato afastamento dos adolescentes da situação ilegal, garantindo a quitação dos seus direitos trabalhistas, com penalidades administrativas aos exploradores do trabalho infantil. Os adolescentes foram encaminhados à rede de proteção à infância e à adolescência para inclusão em políticas públicas de proteção social, educação e formação profissional.
Para denunciar situações de trabalho infantil, acesse o Sistema Ipê Trabalho Infantil, disponível no link https://ipetrabalhoinfantil.trabalho.gov.br/.