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Luiz Marinho participa de encontro com a Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas
O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou do encontro com lideranças da Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), ocorrido nesta quarta-feira (1), no Palácio do Planalto. Marinho salientou na reunião a importância do encontro e ressaltou que “toda troca de experiência é bem-vinda para o Brasil, para o movimento sindical e para o governo brasileiro”.
O ministro lembrou no encontro alguns compromissos assumidos pelo governo brasileiro, como a criação de grupos de trabalhos para enfrentar o desmonte do movimento sindical brasileiro, a retomada da política de valorização do salário mínimo, o processo de regulamentação para trabalhadores das plataformas dos aplicativos, além da questão sobre desigualdade de gênero, para que homens e mulheres tenham oportunidades e salários iguais no mercado de trabalho.
Presente ao encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou aos participantes da dificuldade que os trabalhadores do mundo têm passado e destacou que é fundamental o papel dos dirigentes sindicais na retomada do espaço dos trabalhadores. “Todos nós sabemos das responsabilidades que os dirigentes sindicais terão daqui para frente de tentar estruturar uma nova relação, um novo pacto na legislação entre trabalho e capital. Cabe aos dirigentes sindicais encontrar uma saída que permita que a classe trabalhadora do mundo inteiro possa reconquistar o seu espaço. Não apenas na relação com seus empregadores, mas nas conquistas da seguridade social que os trabalhadores estão perdendo em vários países do mundo”, disse Lula.
O ex-presidente Uruguai, Pepe Mujica, que também participou do encontro, ressaltou que é primordial a união entre os países para poder mudar as regras trabalhistas. “O Brasil é grande, é forte, mas não terá a força necessária se não nos unirmos para modificarmos as regras. Ninguém nos dará de presente a prosperidade”, avaliou Mujica.
O secretário-geral da CSA, Rafael Freire, também presente no evento, ressaltou que “hoje o governo do presidente Lula representa esperança em toda a América Latina. O centro de atuação da CSA é a defesa da democracia. Hoje precisamos organizar nossos trabalhadores defendendo a democracia, colocar o trabalho e emprego, os direitos laborais e sindicais no centro do modelo”, destacou Rafael Freire.
A Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas está em vários países, com cerca de 55 milhões de trabalhadores. Desde a sua fundação em março de 2008, assumiu como desafio central a atuação perante as empresas transnacionais, tendo como foco a organização e defesa dos trabalhadores na busca de seus direitos fundamentais no trabalho. Sem falar do enfrentamento ao poder corporativo expressado, entre outros, na transformação da estrutura e organização no mundo do trabalho em nível global, modelo que atenta contra a inclusão, igualdade e justiça social.
Participaram do evento representantes de 27 países: Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai, Venezuela, Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Itália, Suíça e África.