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Emprego formal registra 46,2 milhões de vínculos em 2020
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados nesta terça-feira (30), registram 46,2 milhões de vínculos formais ativos em 31 de dezembro de 2020, sendo 36,6 milhões deles vínculos celetistas. Dentre as regiões do país, houve crescimento no total de postos de trabalho de 3,64% no Centro-Oeste. Das 27 unidades da federação, 7 fecharam com desempenho positivo no emprego formal – principalmente, Distrito Federal, Acre, Sergipe e Santa Catarina.
Confira abaixo os principais resultados:
Setores
Em comparação com 2019, houve crescimento em 2020 nos setores da Construção, que registrou um crescimento de 124,4 mil novos postos de trabalho em todo o país; seguido pela Indústria, com 101,1 mil novos postos de trabalho.
Destaque ainda para a atividade de Informação e Comunicação que apresentou um crescimento de 53,7 mil novos postos, apresentando crescimento de 6,06%.
Desempenho regional
O emprego formal cresceu 3,64% no Centro-Oeste. Nas outras regiões, houve contração de 0,73% no Sul; 0,27% no Norte, 1,65% no Sudeste e 2,11% no Nordeste. Em números absolutos, o Centro-Oeste abriu 148,5 mil vagas no último ano.
Homens e mulheres
O emprego formal entre os homens ficou estável, registrando 26,08 milhões em 2020 e 26,09 milhões em 2019. As mulheres passaram de 20,6 milhões em 2019 para 20,1 milhões em 2020.
Faixa etária
Em 2020, as faixas etárias que apresentaram maior crescimento foram as de trabalhadores com mais de 40 anos. A maior parte dos postos de trabalho que surgiram no último ano foi ocupada por empregados que tinham entre 40 e 49 anos –crescimento relativo de 1,52% em relação a 2019. A faixa de quem tinha entre 50 e 59 anos aumentou em 0,11%, e a dos trabalhadores com 60 anos ou mais teve acréscimo relativo de 0,89%.
A maioria dos trabalhadores formais brasileiros possui entre 30 e 39 anos. Eles são os responsáveis por 30,11% do emprego formal do país. Em seguida, vêm a faixa de 40 a 49 anos (23,98%) e dos 50 anos ou mais (18,96%). Os trabalhadores de até 24 anos são responsáveis por 13,42% e, os que têm entre 25 e 29 anos respondem por 13,53% do mercado de trabalho.
Escolaridade
Vagas destinadas a trabalhadores com ensino médio completo foram as que mais cresceram em 2020. Os postos destinados a quem tinha essa escolaridade tiveram um acréscimo relativo de 0,49% em relação a 2019. No ensino superior completo, o aumento foi de 0,16% se comparado ao ano anterior.
Ensino médio completo é a escolaridade com maior representatividade no mercado formal de trabalho. Metade dos vínculos com carteira assinada no país são destinados a trabalhadores que concluíram o ensino médio, mas não chegaram a entrar em uma faculdade. Em 2020, pessoas com este perfil preencheram 50,58% do total dos vínculos empregatícios.
Raça e cor
O emprego formal aumentou em 2020 para os trabalhadores que se autodeclararam pretos (0,09%). Ademais a participação dos pardos cresceu de 38,40% para 39,21%.
Pessoas com deficiência
A participação de pessoas com deficiência no mercado formal se manteve estável no último ano. Em 2019, elas ocupavam 1,09% das vagas formais. Em 2020, esses trabalhadores representavam 1,07% das vagas formais. Em relação ao estoque de empregos por tipo de deficiência, os trabalhadores com deficiência física representam 44,46% do total de trabalhadores com deficiência. Deficiência auditiva (17,89%), visual (16,68%) e intelectual (9,23%) são as demais com forte representatividade.
Imigrantes
Entre os imigrantes, os trabalhadores com maior presença no mercado formal em 2020 foram os haitianos, que ocuparam 70.867 vagas. A segunda nacionalidade com maior presença no mercado brasileiro foi a venezuelana (32.860), seguida da paraguaia (8.831) e da argentina (7.565).