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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de setembro de 2018
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o emprego formal no Brasil apresentou expansão em Setembro de 2018, registrando saldo de +137.336 postos de trabalho, equivalente à variação de +0,36% em relação ao mês anterior. Esse resultado decorreu de 1.234.591 admissões e de 1.097.255 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de +719.089 empregos, representando variação de +1,90%. Nos últimos doze meses, verificou-se acréscimo de +459.217 postos de trabalho, correspondente à variação de +1,2%.
SETOR DE ATIVIDADE
Em termos setoriais, houve crescimento em sete dos oito setores econômicos. Os dados registram expansão no nível de emprego nos setores de Serviços (60.961 postos), Indústria de Transformação (37.449 postos), Comércio (26.685 postos), Construção Civil (12.481 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (1.091 postos), Administração Pública (954 postos) e Extrativa Mineral (403 postos). Verificou-se queda no nível de emprego apenas no setor da Agropecuária (-2.688 postos).
O setor de Serviços foi o principal destaque de Setembro/2018. Foram registradas 517.209 admissões e 456.248 desligamentos, ocasionando saldo de +60.961 postos, correspondendo ao crescimento de +0,36% sobre o mês anterior. A totalidade dos seis subsetores apresentou saldo positivo de emprego, a saber:
- Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico (saldo de 872 postos, +0,55%)
- Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (168 postos, +0,23%)
- Serviços médicos, odontológicos e veterinários (997 postos, +0,33%)
- Transportes e comunicações (561 postos, +0,31%)
- Ensino (537 postos, +0,37%)
- Instituições de crédito, seguros e capitalização (826 postos, +0,28%).
A Indústria de Transformação apresentou o segundo saldo positivo mais expressivo no mês de Setembro/2018. Foram registradas 213.765 admissões e 176.316 desligamentos, ocasionando saldo de +37.449 postos, correspondendo à expansão de +0,51% sobre o mês anterior. Oito subsetores apresentaram saldo positivo de emprego e quatro descreveram saldo negativo, a saber:
- Indústria de Produtos Alimentícios, Bebidas e Álcool Etílico (652 postos, +1,55%)
- Indústria Química de Produtos Farmacêuticos, Veterinários, Perfumaria (435 postos, +0,38%)
- Indústria da Madeira e do Mobiliário (047 postos, +0,49%)
- Indústria Metalúrgica (816 postos, +0,30%)
- Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos (537 postos, +0,38%)
- Indústria Mecânica (406 postos, +0,27%)
- Indústria do Papel, Papelão, Editorial e Gráfica (924 postos, 0,27%)
- Indústria de Calçados (saldo de 681 postos, +0,24%)
- Indústria do Material Elétrico e de Comunicações (-4 postos, 0,00%)
- Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos (-59 postos, -0,01%)
- Indústria de Materiais de Transporte (-397 postos, -0,08%)
- Indústria da Borracha, Fumo, Couros (-3.589 postos, -1,12%).
O setor do Comércio registrou o terceiro saldo positivo mais expressivo do mês de Setembro/2018. Foram registradas 300.557 admissões e 273.872 desligamentos, implicando saldo de +26.685 postos de trabalho, correspondendo ao crescimento de +0,30% sobre o mês anterior. Esse resultado foi impulsionado tanto pelo subsetor do Comércio Varejista (22.506 postos formais, +0,31%) quanto pelo subsetor do Comércio Atacadista (4.179 empregos, +0,26%).
O setor da Construção Civil registrou o quarto saldo positivo mais expressivo do mês de Setembro/2018. Foram registradas 112.194 admissões e 99.713 desligamentos, implicando saldo de +12.481 postos de trabalho, equivalente à expansão de +0,60% em relação ao mês anterior. Os saldos das principais classes de atividade do setor foram:
- Construção de Edifícios (778 postos), especialmente na Bahia (1.054 postos) e em Minas Gerais (1.012 postos)
- Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (003 postos), especialmente em Minas Gerais (510 postos) e em São Paulo (398 postos)
- Serviços Especializados para Construção não Especificados Anteriormente (434 postos), especialmente em Minas Gerais (651 postos) e no Pará (330 postos).
A Agropecuária foi o único setor a apresentar saldo negativo no mês de Setembro/2018. Houve 77.520 admissões e 80.208 desligamentos, implicando saldo de -2.688 empregos, equivalente à retração de -0,16% em relação ao mês anterior. Os saldos das principais classes de atividade do setor foram:
- Cultivo de Cana-De-Açúcar (8.295 postos), especialmente em Pernambuco (4.897 postos), Alagoas (1.888) e Sergipe (1.467)
- Cultivo de Uva (033 postos), especialmente em Pernambuco (1.566 postos) e na Bahia (447 postos)
- Cultivo de Soja (704 postos), especialmente em Mato Grosso (1.104 postos).
TERRITÓRIO
No recorte geográfico, verificou-se em Setembro/2018 que todas as cinco regiões apresentaram saldo de emprego positivo:
- Nordeste (177 postos, +1,00%)
- Sudeste (933 postos, +0,19%)
- Sul (063 postos, +0,25%)
- Norte (262 postos, +0,59%)
- Centro-Oeste (901 postos, +0,25%).
Vinte e seis Unidades Federativas registraram variação positiva no saldo de emprego e apenas uma (Mato Grosso do Sul), variação negativa.
Os maiores saldos de emprego ocorreram em:
- São Paulo: saldo de 448 postos (+0,19%)
- Pernambuco: saldo de 414 postos (+1,75%)
- Alagoas: saldo de 179 postos (+4,57%)
- Paraná: saldo de 487 postos (+0,36%)
- Bahia: saldo de 509 postos (+0,51%)
- Rio de Janeiro: saldo de 944 postos (+0,24%)
- Santa Catarina: saldo de 217 postos (+0,36%).
Os menores saldos de emprego ocorreram em:
- Mato Grosso do Sul: saldo de -2.645 vínculos empregatícios (-0,51%)
- Acre: saldo de 285 empregos (+0,37%)
- Amapá: saldo de 534 vínculos empregatícios (+0,82%)
- Roraima: saldo de 625 empregos (+1,21%)
- Tocantins: saldo de 707 empregos (+0,39%)
- Rondônia: saldo de 777 empregos (+0,33%)
- Piauí: saldo de 1.219 empregos (+0,42%).
O conjunto das nove Regiões Metropolitanas registrou 463.011 admissões e 413.562 desligamentos, com saldo de +49.449 empregos, equivalente ao crescimento de +0,33%. Todas Regiões Metropolitanas registraram saldo positivo de emprego:
- Belo Horizonte (11.489 postos, +0,82%)
- São Paulo (290 postos, +0,16%)
- Rio de Janeiro (171 postos, +0,25%)
- Recife (399 postos, +0,67%)
- Salvador (308 postos, +0,66%)
- Curitiba (635 postos, +0,47%)
- Fortaleza (666 postos, +0,44%)
- Belém (571 postos, +0,47%)
- Porto Alegre (920 postos, +0,08%).
O conjunto das cidades do interior pertencentes aos estados que detêm as nove Regiões Metropolitanas descreveu 447.314 admissões e 408.527 desligamentos, implicando saldo de +38.787 postos, correspondente à expansão de +0,27%. Houve crescimento do emprego celetista no interior de oito Unidades Federativas desse conjunto:
- Pernambuco (015 postos, +3,80%)
- São Paulo (158 postos, +0,21%)
- Paraná (852 postos, +0,30%)
- Pará (949 postos, +1,03%)
- Bahia (201 postos, +0,36%)
- Ceará (689 postos, +0,85%)
- Rio de Janeiro (773 postos, +0,22%)
- Rio Grande do Sul (439 postos, +0,03%).
Registrou-se saldo negativo no interior de apenas uma Unidade Federativa desse conjunto: Minas Gerais (-6.289 postos, -0,24%).
SALÁRIO
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em Setembro/2018 foi de R$1.516,89 e o salário médio de desligamento foi de R$1.684,39. Em termos reais (mediante deflacionamento pelo INPC), houve queda de R$-26,74 (-1,73%) no salário de admissão e de R$-17,94 (-1,05%) no salário de desligamento, em comparação ao mês anterior. Em relação a Setembro/2017, registrou-se perda real de R$-14,17 (-0,93%%) para o salário médio de admissão e perda real de R$-60,99 (-3,49%) para o salário de desligamento.
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA
A Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entrou em vigor em 11 de novembro de 2017. Cabe destacar os seguintes resultados:
Desligamento mediante acordo entre empregador e empregado
Em Setembro de 2018, houve 13.019 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 10.003 estabelecimentos, em um universo de 9.203 empresas. Um total de 24 empregados realizou mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.
Da perspectiva territorial, São Paulo registrou a maior quantidade de desligamentos (4.041), seguido por Paraná (1.316), Minas Gerais (1.154), Santa Catarina (1.128), Rio Grande do Sul (1.070) e Rio de Janeiro (993).
Do ponto de vista setorial, os desligamentos por acordo distribuíram-se pelos Serviços (6.295 desligamentos), Comércio (3.479), Indústria de transformação (2.038), Construção Civil (635), Agropecuária (436), Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (72), Extrativa Mineral (36) e Administração Pública (28).
Da perspectiva de gênero, 7.908 desligamentos por acordo foram realizados com homens (60,7%) e 5.111 com mulheres (39,3%).
Do ponto de vista etário, os desligamentos mediante acordo dividiram-se entre empregados com 30 a 39 anos (4.384 desligamentos, 33,7%%), 25 a 29 anos (2.605 desligamentos, 20,0%), 18 a 24 anos (2.366 desligamentos, 18,2%), 40 a 49 anos (2.203 desligamentos, 16,9%), 50 a 64 anos (1.269 desligamentos, 9,7%), 65 anos ou mais (163 desligamentos, 1,3%) e até 17 anos (29 desligamentos, 0,2%).
Da perspectiva da escolaridade, os desligamentos mediante acordo dividiram-se entre empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (8.020 desligamentos, 61,6%), empregados com Ensino Superior (Completo/Incompleto) (2.771 desligamentos, 21,3%) e empregados com até Ensino Fundamental Completo (2.228 desligamentos, 17,1%).
As dez principais ocupações foram:
- Vendedor de Comércio Varejista (768 desligamentos)
- Assistente Administrativo (489)
- Faxineiro (458)
- Auxiliar de Escritório, em Geral (437)
- Operador de Caixa (397)
- Vigilante (388)
- Motorista de Caminhão (Rotas Regionais e Internacionais) (377)
- Alimentador de Linha de Produção (333)
- Porteiro de Edifícios (287)
- Recepcionista, em Geral (204)
Trabalho Intermitente
Em Setembro de 2018, houve 6.072 admissões e 1.791 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 4.281 empregos, envolvendo 2.193 estabelecimentos, em um universo de 1.836 empresas. Um total de 20 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Da perspectiva territorial, as UFs com maior saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente foram São Paulo (1.214 postos), Rio de Janeiro (750), Paraná (474), Minas Gerais (411), Bahia (204) e Espírito Santo (174).
Do ponto de vista setorial, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por Serviços (2.078 postos), Construção Civil (942 postos), Comércio (579 postos), Indústria de transformação (542 postos), Agropecuária (94 postos), Extrativa Mineral (25 postos) e SIUP (21). O setor da Administração Pública não registrou admissões ou desligamentos.
Da perspectiva de gênero, o saldo de empregos dos trabalhadores intermitentes distribuiu-se entre 2.990 postos ocupados por homens (69,8%) e 1.291 postos ocupados por mulheres (30,2%).
Do ponto de vista etário, o saldo de emprego dos trabalhadores intermitentes dividiu-se entre empregados com 30 a 39 anos (1.410 postos, 32,9%), 18 a 24 anos (990 postos, 23,1%), 25 a 29 anos (736 postos, 17,2%), 40 a 49 anos (722 postos, 16,9%), 50 a 64 anos (377 postos, 8,8%), 65 anos ou mais (30 postos, 0,7%) e até 17 anos (16 postos, 0,4%).
Da perspectiva da escolaridade, o saldo de emprego dos trabalhadores intermitentes dividiu-se entre empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (3.216 postos, 75,1%), empregados com até Ensino Fundamental Completo (676 postos, 15,8%) e empregados com Ensino Superior (Completo/Incompleto) (389 postos, 9,1%).
As dez principais ocupações segundo saldo de empregos foram:
- Vigilante (199 postos)
- Servente de Obras (168)
- Soldador (167)
- Atendente de Lojas e Mercados (164)
- Garçom (156)
- Assistente de Vendas (145)
- Faxineiro (121)
- Vendedor de Comércio Varejista (98)
- Embalador, a Mão (94)
- Montador de Máquinas (91)
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
Foram registradas 5.451 admissões em regime de tempo parcial e 3.477 desligamentos, gerando saldo de 1.974 empregos, envolvendo 5.628 estabelecimentos, em um universo de 4.942 empresas. Um total de 62 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.
Da perspectiva territorial, as UFs com maior saldo de emprego em regime de tempo parcial foram Ceará (317 postos), São Paulo (306), Paraná (200), Minas Gerais (159), Rio de Janeiro (156) e Piauí (149).
Do ponto de vista setorial, o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se por Serviços (1.072 postos), Comércio (579 postos), Indústria de transformação (214 postos), Agropecuária (61 postos), Construção Civil (41 postos), Administração Pública (7 postos), Extrativa Mineral (4 postos) e SIUP (-4 postos).
Da perspectiva de gênero, o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se entre 1.091 postos ocupados por mulheres (55,3%) e 883 postos ocupados por homens (44,7%).
Do ponto de vista etário, o saldo de emprego em regime de tempo parcial dividiu-se pelos empregados entre 18 a 24 anos (719 postos), 30 a 39 anos (457 postos), 25 a 29 anos (370 postos), 40 a 49 anos (236 postos), até 17 anos (172 postos), 50 a 64 anos (17 postos) e 65 anos ou mais (3 postos).
Da perspectiva da escolaridade, o saldo de emprego em regime de tempo parcial dividiu-se entre empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (1.174 postos, 59,5%), empregados com Ensino Superior (Completo/Incompleto) (661 postos, 33,5%) e empregados com até Ensino Fundamental Completo (139 postos, 7,0%).
As dez principais ocupações segundo saldo de emprego em regime de tempo parcial foram:
- Operador de Caixa (188)
- Professor de Ensino Superior na Área de Didática (124)
- Faxineiro (123)
- Vendedor de Comércio Varejista (92)
- Assistente Administrativo (76)
- Repositor de Mercadorias (73)
- Atendente de Lojas e Mercados (72)
- Auxiliar de Escritório, em Geral (71)
- Alimentador de Linha de Produção (69)
- Auxiliar nos Serviços de Alimentação (47).
Confira os dados aqui.