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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de outubro de 2018
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o emprego formal no Brasil apresentou expansão em Outubro de 2018, registrando saldo de +57.733 postos de trabalho, equivalente à variação de 0,15% em relação ao mês anterior. Esse resultado decorreu de 1.279.502 admissões e de 1.221.769 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de +790.579 empregos, representando variação de +2,09%. Nos últimos doze meses, verificou-se acréscimo de +444.483 postos de trabalho, correspondente à variação de +1,16%.
SETOR DE ATIVIDADE
Em termos setoriais, houve crescimento em seis dos oito setores econômicos. Os dados registram expansão no nível de emprego nos setores de Comércio (34.133 postos), Serviços (28.759 postos), Indústria de Transformação (7.048 postos), Construção Civil (560 postos), Extrativa Mineral (377 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (268 postos). Verificou-se queda no nível de emprego nos setores da Agropecuária (-13.059 postos) e Administração Pública (-353 postos).
O setor do Comércio foi o principal destaque de Outubro/2018. Foram registradas 342.096 admissões e 307.963 desligamentos, implicando saldo de +34.133 postos de trabalho, correspondendo ao crescimento de +0,38% sobre o mês anterior. Esse resultado foi impulsionado tanto pelo subsetor do Comércio Varejista (28.984 postos formais, +0,39%) quanto pelo subsetor do Comércio Atacadista (5.149 empregos, +0,32%).
O setor de Serviços apresentou o segundo saldo positivo mais expressivo no mês de Outubro/2018. Foram registradas 535.009 admissões e 506.250 desligamentos, ocasionando saldo de +28.759 postos, correspondendo ao crescimento de +0,17% sobre o mês anterior. A totalidade dos seis subsetores apresentou saldo positivo de emprego, a saber:
- Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico (saldo de 946 postos, +0,21%)
- Serviços médicos, odontológicos e veterinários (046 postos, +0,33%)
- Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (519 postos, +0,11%)
- Transportes e comunicações (457 postos, +0,11%)
- Ensino (725 postos, +0,10%)
- Instituições de crédito, seguros e capitalização (066 postos, +0,16%).
A Indústria de Transformação apresentou o terceiro saldo positivo mais expressivo no mês de Outubro/2018. Foram registradas 205.200 admissões e 198.152 desligamentos, ocasionando saldo de +7.048 postos, correspondendo à expansão de +0,10% sobre o mês anterior. Sete subsetores apresentaram saldo positivo de emprego e cinco descreveram saldo negativo, a saber:
- Indústria de Produtos Alimentícios, Bebidas e Álcool Etílico (223 postos, +0,17%)
- Indústria Mecânica (449 postos, +0,46%)
- Indústria Metalúrgica (290 postos, +0,38%)
- Indústria de Calçados (603 postos, +0,55%)
- Indústria da Madeira e do Mobiliário (378 postos, +0,33%)
- Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos (657 postos, +0,16%)
- Indústria do Material Elétrico e de Comunicações (+207 postos, +0,09%)
- Indústria da Borracha, Fumo, Couros (-156 postos, -0,05%).
- Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos (-256 postos, -0,03%)
- Indústria do Papel, Papelão, Editorial e Gráfica (-698 postos, -0,20%)
- Indústria Química de Produtos Farmacêuticos, Veterinários, Perfumaria (-1.013 postos, -0,11%)
- Indústria de Materiais de Transporte (-2.636 postos, -0,56%)
O setor da Construção Civil registrou o quarto saldo positivo mais expressivo do mês de Outubro/2018. Foram registradas 112.292 admissões e 111.732 desligamentos, implicando saldo de +560 postos de trabalho, equivalente à expansão de +0,03% em relação ao mês anterior. Os saldos das principais classes de atividade do setor foram:
- Construção de Edifícios (388 postos), especialmente em Minas Gerais (1.217 postos), Pará (376) e Rio Grande do Norte (361)
- Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas (121 postos), especialmente em Minas Gerais (327 postos), Pará (310) e São Paulo (267)
- Instalações Elétricas (897 postos), especialmente em São Paulo (414 postos), Minas Gerais (301) e Rio Grande do Sul (248).
A Agropecuária registrou o maior saldo negativo no mês de Outubro/2018. Houve 72.078 admissões e 85.137 desligamentos, implicando saldo de -13.059 empregos, equivalente à retração de -0,80% em relação ao mês anterior. Os saldos das principais classes de atividade do setor foram:
- Cultivo de Soja (2.159 postos), especialmente na Bahia (475 postos), Piauí (441) e Maranhão (366)
- Produção de Sementes Certificadas (845 postos), especialmente em Goiás (751 postos), Minas Gerais (711) e São Paulo (451)
- Cultivo de Plantas de Lavoura Permanente não Especificadas Anteriormente (302 postos), especialmente no Pará (255 postos).
TERRITÓRIO
No recorte geográfico, verificou-se em Outubro/2018 que quatro regiões apresentaram saldo de emprego positivo e uma, saldo negativo:
- Sul (999 postos, +0,36%)
- Sudeste (988 postos, +0,08%)
- Nordeste (426 postos, +0,21%)
- Norte (379 postos, +0,14%)
- Centro-Oeste (-59 postos, 0,0%).
Vinte e três Unidades Federativas registraram variação positiva no saldo de emprego e quatro, variação negativa.
Os maiores saldos de emprego ocorreram em:
- São Paulo: saldo de 088 postos (+0,11%)
- Santa Catarina: saldo de 743 postos (+0,49%)
- Rio Grande do Sul: saldo de 319 postos (+0,37%)
- Paraná: saldo de 937 postos (+0,26%)
- Ceará: saldo de 669 postos (+0,32%)
- Alagoas: saldo de 378 postos (+0,97%)
- Minas Gerais: saldo de 835postos (+0,07%).
Os menores saldos de emprego ocorreram em:
- Goiás: saldo de -3.565 vínculos empregatícios (-0,29%)
- Pernambuco: saldo de -1.330 empregos (-0,11%)
- Rio de Janeiro: saldo de -847 vínculos empregatícios (-0,03%)
- Rondônia: saldo de -374 empregos (-0,16%)
- Roraima: saldo de 145 empregos (+0,28%)
- Amapá: saldo de 179 empregos (+0,27%)
- Acre: saldo de 207 empregos (+0,27%).
O conjunto das nove Regiões Metropolitanas registrou 480.315 admissões e 466.240 desligamentos, com saldo de +14.075 empregos, equivalente ao crescimento de +0,09%. Seis Regiões Metropolitanas registraram saldo positivo de emprego e três, saldo negativo:
- São Paulo (630 postos, +0,17%)
- Curitiba (648 postos, +0,27%)
- Porto Alegre (424 postos, +0,22%)
- Fortaleza (556 postos, +0,19%)
- Belo Horizonte (369 postos, +0,10%)
- Salvador (116 postos, +0,01%)
- Belém (-1.208 postos, -0,36%)
- Rio de Janeiro (-1.241 postos, -0,05%)
- Recife (-2.219 postos, -0,27%).
O conjunto das cidades do interior pertencentes aos estados que detêm as nove Regiões Metropolitanas descreveu 473.415 admissões e 452.687 desligamentos, implicando saldo de +20.728 postos, correspondente à expansão de +0,15%. Houve crescimento do emprego celetista no interior das nove Unidades Federativas desse conjunto:
- Rio Grande do Sul (895 postos, +0,48%)
- Paraná (289 postos, +0,26%)
- São Paulo (458 postos, +0,04%)
- Ceará (113 postos, +0,66%)
- Pará (715 postos, +0,44%)
- Minas Gerais (466 postos, +0,06)
- Pernambuco (889 postos, +0,20%)
- Bahia (509 postos, +0,06%)
- Rio de Janeiro (394 postos, +0,05%)
SALÁRIO
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em Outubro/2018 foi de R$1.528,32 e o salário médio de desligamento foi de R$1.672,00. Em termos reais (mediante deflacionamento pelo INPC), houve crescimento de R$6,89 (0,45%) no salário de admissão e queda de R$-16,86 (-1,00%) no salário de desligamento, em comparação ao mês anterior. Em relação a Outubro/2017, registrou-se aumento real de R$9,99 (0,66%) para o salário médio de admissão e perda real de R$-65,08 (-3,75%) para o salário de desligamento.
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA
A Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entrou em vigor em 11 de novembro de 2017. Cabe destacar os seguintes resultados:
Desligamento mediante acordo entre empregador e empregado
Em Outubro de 2018, houve 15.981 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 11.272 estabelecimentos, em um universo de 10.347 empresas. Um total de 23 empregados realizou mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.
Da perspectiva territorial, São Paulo registrou a maior quantidade de desligamentos (4.392), seguido por Paraná (1.927), Rio de Janeiro (1.792), Minas Gerais (1.380), Santa Catarina (1.311) e Rio Grande do Sul (1.228).
Do ponto de vista setorial, os desligamentos por acordo distribuíram-se pelos Serviços (8.407 desligamentos), Comércio (3.794), Indústria de Transformação (2.286), Construção Civil (793), Agropecuária (501), Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (144), Extrativa Mineral (39) e Administração Pública (17).
Da perspectiva de gênero, 9.857 desligamentos por acordo foram realizados com homens (61,7%) e 6.124 desligamentos com mulheres (38,3%).
Do ponto de vista etário, os desligamentos mediante acordo dividiram-se entre empregados com 30 a 39 anos (5.429 desligamentos, 34,0%), 25 a 29 anos (3.122 desligamentos, 19,5%), 18 a 24 anos (2.795 desligamentos, 17,5%), 40 a 49 anos (2.702 desligamentos, 16,9%), 50 a 64 anos (1.702 desligamentos, 10,7%), 65 anos ou mais (215 desligamentos, 1,3%) e até 17 anos (16desligamentos, 0,1%).
Da perspectiva da escolaridade, os desligamentos mediante acordo dividiram-se entre empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (10.185 desligamentos, 63,7%), empregados com Ensino Superior (Completo/Incompleto) (3.090 desligamentos, 19,3%) e empregados com até Ensino Fundamental Completo (2.706 desligamentos, 16,9%).
As dez principais ocupações foram:
- Vigilante (054 desligamentos)
- Vendedor de Comércio Varejista (766)
- Faxineiro (682)
- Auxiliar de Escritório, em Geral (517)
- Assistente Administrativo (471)
- Operador de Caixa (459)
- Motorista de Caminhão (Rotas Regionais e Internacionais) (459)
- Alimentador de Linha de Produção (351)
- Porteiro de Edifícios (317)
- Recepcionista, em Geral (227)
Trabalho Intermitente
Em Outubro de 2018, houve 7.545 admissões e 2.701 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 4.844 empregos, envolvendo 2.842 estabelecimentos, em um universo de 1.996 empresas. Um total de 54 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Da perspectiva territorial, as UFs com maior saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente foram São Paulo (1.616 postos), Rio de Janeiro (625), Paraná (577), Minas Gerais (378), Santa Catarina (305) e Ceará (255).
Do ponto de vista setorial, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por Serviços (2.390 postos), Comércio (1.430 postos), Construção Civil (561 postos), Indústria de Transformação (470 postos), Agropecuária (9 postos), Extrativa Mineral (-6 postos) e SIUP (-10). O setor da Administração Pública não registrou admissões ou desligamentos.
Da perspectiva de gênero, o saldo de empregos dos trabalhadores intermitentes distribuiu-se entre 3.094 postos ocupados por homens (63,9%) e 1.750 postos ocupados por mulheres (36,1%).
Do ponto de vista etário, o saldo de emprego dos trabalhadores intermitentes dividiu-se entre empregados com 18 a 24 anos (1.531 postos, 31,6%), 30 a 39 anos (1.366 postos, 28,2%), 25 a 29 anos (871 postos, 18,0%), 40 a 49 anos (656 postos, 13,5%), 50 a 64 anos (375 postos, 7,7%), 65 anos ou mais (31 postos, 0,6%) e até 17 anos (14 postos, 0,3%).
Da perspectiva da escolaridade, o saldo de emprego dos trabalhadores intermitentes dividiu-se entre empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (3.947 postos, 81,5%), empregados com Ensino Superior (Completo/Incompleto) (480 postos, 9,9%) e até Ensino Fundamental Completo (417 postos, 8,6%) e empregados com Ensino Superior.
As dez principais ocupações segundo saldo de empregos foram:
- Assistente de Vendas (478)
- Atendente de Lojas e Mercados (442)
- Repositor de Mercadorias (206)
- Faxineiro (186)
- Servente de Obras (175)
- Auxiliar de Logística (144)
- Vendedor de Comércio Varejista (134)
- Garçom (122)
- Mecânico de Manutenção de Máquinas, em Geral (109)
- Soldador (105)
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
Foram registradas 6.034 admissões em regime de tempo parcial e 3.816 desligamentos, gerando saldo de 2.218 empregos, envolvendo 5.599 estabelecimentos, em um universo de 4.813 empresas. Um total de 30 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.
Da perspectiva territorial, as UFs com maior saldo de emprego em regime de tempo parcial foram Rio de Janeiro (580 postos), São Paulo (260), Paraná (236), Ceará (197), Minas Gerais (142) e Rio Grande do Norte (129).
Do ponto de vista setorial, o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se por Serviços (1.473 postos), Comércio (650), Indústria de Transformação (94), Construção Civil (50), Agropecuária (29), Administração Pública (4), Extrativa Mineral (-2) e SIUP (-80).
Da perspectiva de gênero, o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se entre 1.230 postos ocupados por mulheres (55,5%) e 988 postos ocupados por homens (44,5%).
Do ponto de vista etário, o saldo de emprego em regime de tempo parcial dividiu-se pelos empregados entre 18 a 24 anos (851 postos), 30 a 39 anos (437), 25 a 29 anos (336), 40 a 49 anos (250), 50 a 64 anos (214), até 17 anos (133), e 65 anos ou mais (-3).
Da perspectiva da escolaridade, o saldo de emprego em regime de tempo parcial dividiu-se entre empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (6.029 postos, 61,2%), empregados com Ensino Superior (Completo/Incompleto) (2.670 postos, 27,1%) e empregados com até Ensino Fundamental Completo (1.151 postos, 11,7%).
As dez principais ocupações segundo saldo de emprego em regime de tempo parcial foram:
- Faxineiro (975)
- Operador de Caixa (596)
- Auxiliar de Escritório, em Geral (565)
- Vendedor de Comércio Varejista (438)
- Repositor de Mercadorias (288)
- Atendente de Lanchonete (256)
- Assistente Administrativo (254)
- Recepcionista, em Geral (254)
- Atendente de Lojas e Mercados (253)
- Vendedor Ambulante (191).
Confira os dados aqui.