Fontes de Dados
Fontes de Dados sobre o Mercado de Trabalho no Brasil
O Brasil é reconhecido internacionalmente como um país que produz um bom volume de estatísticas sobre o trabalho e com uma cultura bastante disseminada de uso de indicadores, os quais podem ser empregados, de acordo com sua finalidade, para a elaboração de diagnóstico acerca de diferentes problemas e/ou para o monitoramento e avaliação de políticas públicas. No processo de produção de informações estatísticas sobre o mercado de trabalho, os Observatórios do Trabalho definiram um método de produção de informação que visa contemplar o objetivo de apropriação pelos atores sociais na produção de conhecimento e ação.
Os Observatórios do Trabalho devem identificar as informações de interesse, aprofundar o conhecimento na sua metodologia e desenvolver mecanismos de integração das informações que, posteriormente, serão utilizadas nos estudos e demais produções técnicas do Observatório. Além disso, esses dados devem ser disseminados para o público interessado no debate sobre desenvolvimento local e mercado de trabalho.
De acordo com a sua natureza, as bases de dados disponíveis para a análise do mercado de trabalho local podem ser divididas em dois tipos principais.
1. Pesquisas domiciliares: tipo de levantamento em que pesquisadores se deslocam até a residência dos entrevistados, para obter informações dos moradores por meio da aplicação de um questionário, instrumento de coleta que reúne um conjunto prévio de quesitos selecionados para captar aspectos específicos da realidade social e do trabalho, entre outros. No Brasil, as principais instituições produtoras desse tipo de informação são o IBGE e o DIEESE.
2. Registros administrativos: são bases de dados cadastrais criadas para controle administrativo e registro legal. Todavia, sua estrutura, detalhamento e alcance permitem a produção de indicadores sociais. Diferentemente das pesquisas domiciliares, que têm como unidade de análise o domicílio de residência do trabalhador, nos registros administrativos a unidade passa a ser o estabelecimento, empregador ou o órgão responsável pela gestão de determinada política pública, que tem a obrigação legal de fornecer informações por meio do preenchimento de formulários, em geral eletrônicos. No tema trabalho, é recorrente o uso das bases de dados do Ministério do Trabalho, de abrangência nacional, mas há, também, registros da administração local que, certamente, são úteis aos Observatórios do Trabalho. Entre as vantagens dos registros administrativos, pode-se citar uma maior abrangência e diversidade temática no nível municipal, dificilmente alcançada por pesquisas domiciliares amostrais, além da identificação
da unidade de análise (estabelecimentos, trabalhadores etc.), possibilitando descrições estatísticas mais robustas e permitindo que o observador estabeleça relações entre registros administrativos, como, por exemplo, Rais e Seguro-Desemprego.
Confira abaixo a descrição das principais fontes de dados utilizadas pelo Observatório Nacional do Mercado de Trabalho:
Pequisas Domiciliares
- Censo Demográfico (IBGE)
- Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD (IBGE)
- Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua (IBGE)
- Pesquisa de Emprego e Desemprego - PED (Dieese)
Registros Administrativos
- Relação Anual de Informações Sociais - RAIS (MTb)
- Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED (MTb)
- Base de Dados do Seguro-Desemprego (MTb)
- Base de Dados da Intermediação de Mão-de-Obra - SINE (MTb)
Para maiores informações, consulte o Caderno Metodológico Observatórios do Trabalho: Conhecer para Transformar.