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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de novembro de 2018
Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de novembro de 2018
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o emprego formal no Brasil apresentou expansão em Novembro de 2018, registrando saldo de +58.664 postos de trabalho, equivalente à variação de 0,15% em relação ao mês anterior. Esse resultado decorreu de 1.189.414 admissões e de 1.130.750 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de +858.415 empregos, representando variação de +2,27%. Nos últimos doze meses, verificou-se acréscimo de +517.733 postos de trabalho, correspondente à variação de +1,36%.
SETOR DE ATIVIDADE
Em termos setoriais, houve crescimento em dois dos oito setores econômicos. Os dados registram expansão no nível de emprego nos setores de Comércio (88.587 postos), Serviços (34.319 postos). Verificou-se queda no nível de emprego nos setores da Indústria de Transformação (-24.287 postos), Agropecuária (-23.692 postos), Construção Civil (-13.854 postos), Administração Pública (-1.122 postos), Extrativa Mineral (-744 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (-543 postos).
O setor do Comércio foi o principal destaque de Novembro/2018. Foram registradas 361.866 admissões e 273.279 desligamentos, implicando saldo de +88.587 postos de trabalho, correspondendo ao crescimento de +0,99% sobre o mês anterior. Esse resultado foi impulsionado tanto pelo subsetor do Comércio Varejista (82.747 postos formais, +1,12%) quanto pelo subsetor do Comércio Atacadista (5.840 empregos, +0,36%).
O setor de Serviços apresentou o segundo saldo positivo mais expressivo no mês de Novembro/2018. Foram registradas 488.559 admissões e 454.240 desligamentos, ocasionando saldo de +34.319 postos, correspondendo ao crescimento de +0,20% sobre o mês anterior. Dentre os subsetores, houve saldo negativo apenas em uma atividade econômica:
- Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (895 postos, +0,24%)
- Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico (saldo de 447 postos, +0,26%)
- Serviços médicos, odontológicos e veterinários (278 postos, +0,39%)
- Transportes e comunicações (024 postos, +0,14%)
- Instituições de crédito, seguros e capitalização (769 postos, +0,12%)
- Ensino (-4.094 postos, -0,23%)
A Indústria de Transformação registrou o maior saldo negativo no mês de Novembro/2018. Houve 168.845 admissões e 193.132 desligamentos, implicando saldo de -24.287 empregos, equivalente à retração de -0,33% em relação ao mês anterior. Os saldos dos subsetores do setor que contribuíram para esse resultado foram:
- Indústria de Produtos Alimentícios, Bebidas (-6.511 postos, -0,34%)
- Indústria Química de Produtos Farmacêuticos, Veterinários, Perfum. (-5.318 postos, -0,59%)
- Indústria Têxtil do Vestuário e Artefato de Tecidos (-5.036 postos, -0,59%)
- Indústria de Calçados (-2.587 postos, -0,89%)
- Indústria do Material de Transporte (-1.889 postos, -0,40%)
- Indústria da borracha, fumo e couros (-1.063 postos, -0,34%)
- Indústria da Madeira e do Mobiliário (-1.048 postos, -0,25%)
- Indústria do Material Elétrico e de Comunicações (-1.020 postos, -0,43%)
- Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos (-981 postos, -0,24%)
- Indústria do Papel, Papelão (-599 postos, -0,17%)
- Indústria Mecânica (-104 postos, -0,02%)
- Indústria Metalúrgica (1.869 postos, +0,31%)
TERRITÓRIO
No recorte geográfico, verificou-se em Novembro/2018 que três regiões apresentaram saldo de emprego positivo e duas, saldo negativo:
- Sudeste (069 postos, +0,17%)
- Sul (763 postos, +0,34%)
- Nordeste (031 postos, +0,12%)
- Norte (-932 postos, -0,05%)
- Centro-Oeste (-7.537 postos, -0,23%).
Dezenove Unidades Federativas registraram variação positiva no saldo de emprego e oito, variação negativa.
Os maiores saldos de emprego ocorreram em:
- São Paulo: saldo de 754 postos (+0,15%)
- Rio de Janeiro: saldo de 700 postos (+0,41%)
- Rio Grande do Sul: saldo de 121 postos (+0,40%)
- Santa Catarina: saldo de 192 postos (+0,46%)
- Paraná: saldo de 450 postos (+0,21%)
- Espírito Santo: saldo de 248 postos (+0,45%)
- Ceará: saldo de 249 postos (+0,20%).
Os menores saldos de emprego ocorreram em:
- Goiás: saldo de -6.160 postos (-0,50%)
- Mato Grosso: saldo de -3.427 postos (-0,49%)
- Tocantins: saldo de -1.135 postos (-0,62%)
- Rondônia: saldo de - 640 postos (-0,27%)
- Acre: saldo de -304 empregos (-0,39%)
- Piauí: saldo de -286 empregos (-0,10%)
- Maranhão: saldo de -280 postos (-0,06%)
O conjunto das nove Regiões Metropolitanas registrou 459.769 admissões e 412.154 desligamentos, com saldo de +47.615 empregos, equivalente ao crescimento de +0,31%. Todas as Regiões Metropolitanas registraram saldo positivo de emprego:
- São Paulo (635 postos, +0,29%)
- Rio de Janeiro (1545 postos, +0,50%)
- Recife (659 postos, +0,44%)
- Salvador (506 postos, +0,44%)
- Curitiba (085 postos, +0,31%)
- Fortaleza (266 postos, +0,27%)
- Porto Alegre (986 postos, +0,18%)
- Belo Horizonte (976 postos, +0,14%)
- Belém (47 postos, +0,01%).
O conjunto das cidades do interior pertencentes aos estados que detêm as nove Regiões Metropolitanas descreveu 432.787 admissões e 427.427 desligamentos, implicando saldo de +5.360 postos, correspondente à expansão de +0,04%. Houve crescimento do emprego celetista no interior de quatro Unidades Federativas desse conjunto:
- Rio Grande do Sul (135 postos, +0,57%)
- Paraná (365 postos, +0,14%)
- Rio de Janeiro (155 postos, +0,14%)
- Pará (510 postos, +0,13%)
- Ceará (-17 postos, -0,01%)
- São Paulo (-881postos, -0,02%)
- Minas Gerais (-1.609 postos, -0,06%)
- Pernambuco (-1.756 postos, -0,40%)
- Bahia (-2.542 postos, -0,29%)
SALÁRIO
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em Novembro/2018 foi de R$1.527,41 e o salário médio de desligamento foi de R$1.688,71. Em termos reais, com base no INPC, houve crescimento de R$3,20 (+0,21%) no salário de admissão e aumento de R$22,44 (+1,35%) no salário de desligamento, em comparação ao mês anterior. Em relação a Novembro/2017, registrou-se aumento real de R$9,67 (0,64%) para o salário médio de admissão e perda real de R$40,60 (-2,35%) para o salário de desligamento.
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA
A Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entrou em vigor em 11 de novembro de 2017. Cabe destacar os seguintes resultados:
Desligamento mediante acordo entre empregador e empregado
Em Novembro de 2018, houve 13.532 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 10.262 estabelecimentos, em um universo de 9.386 empresas. Um total de 17 empregados realizou mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.
Da perspectiva territorial, São Paulo registrou a maior quantidade de desligamentos (4.022), seguido por Paraná (1.460), Minas Gerais (1.307), Santa Catarina (1.194), Rio Grande do Sul (1.117).
Do ponto de vista setorial, os desligamentos por acordo distribuíram-se pelos Serviços (6.399 desligamentos), Comércio (3.495), Indústria de Transformação (2.161), Construção Civil (735), Agropecuária (501), Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (156), Extrativa Mineral (53) e Administração Pública (32).
Da perspectiva de sexo, 8.232 desligamentos por acordo foram realizados com homens (60,8%) e 5.300 desligamentos com mulheres (39,2%).
Do ponto de vista etário, os desligamentos mediante acordo dividiram-se entre empregados com até 29 anos (5.280 desligamentos, 39,0%), 30 a 49 anos (6.637 desligamentos, 49,0%), 50 ou mais anos (1.615 desligamentos, 11,9%).
Da perspectiva da escolaridade, os desligamentos mediante acordo dividiram-se entre empregados com Ensino Fundamental (Completo/Incompleto) (2.358 desligamentos, 17,4%), empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (8.341 desligamentos, 61,6%) e empregados com até Ensino Superior Completo (2.833 desligamentos, 20,9%).
As dez principais ocupações foram:
- Vendedor de Comércio Varejista (665 desligamentos)
- Faxineiro (538)
- Auxiliar de Escritório, em Geral (446)
- Operador de Caixa (425)
- Assistente Administrativo (405)
- Motorista de Caminhão (Rotas Regionais e Internacionais) (376)
- Vigilante (360)
- Alimentador de Linha de Produção (314)
- Porteiro de Edifícios (259)
- Frentista (207)
Trabalho Intermitente
Em Novembro de 2018, houve 10.446 admissões e 2.597 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 7.849 empregos, envolvendo 2.413 estabelecimentos, em um universo de 1.484 empresas. Um total de 46 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Da perspectiva territorial, as UFs com maior saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente foram São Paulo (2.817 postos), Rio de Janeiro (949), Minas Gerais (829), Paraná (711), Pernambuco (430).
Do ponto de vista setorial, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por Serviços (2.765 postos), Comércio (2.722 postos), Construção Civil (1.552 postos), Indústria de Transformação (774 postos), Agropecuária (39 postos), Extrativa Mineral (-19 postos) e SIUP (16). O setor da Administração Pública não registrou admissões ou desligamentos.
Da perspectiva de sexo, o saldo de empregos dos trabalhadores intermitentes distribuiu-se entre 6.436 postos ocupados por homens (61,6%) e 4.010 postos ocupados por mulheres (38,4%).
Do ponto de vista etário, o saldo de emprego dos trabalhadores intermitentes dividiu-se entre empregados com até 29 anos (5.557 postos, 53,2%), 30 a 49 anos (4.082 postos, 39,1%), 50 ou mais anos (807 postos, 7,7%).
Da perspectiva da escolaridade, o saldo de emprego dos trabalhadores intermitentes dividiu-se entre empregados com Ensino Fundamental (Completo/Incompleto) (1.527 postos, 14,6%), empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (7.979 postos, 76,4%) e até Ensino Superior Completo (940 postos, 9,0%).
As dez principais ocupações segundo saldo de empregos foram:
- Assistente de Vendas (049)
- Atendente de Lojas e Mercados (639)
- Operador de Telemarketing Ativo e Receptivo (397)
- Soldador (343)
- Servente de Obras (284)
- Alimentador de Linha de Produção (242)
- Recepcionista, em geral (241)
- Mecânico de Manutenção de Máquinas Cortadoras de Grama, Rocadeiras... (237)
- Faxineiro (228)
- Vendedor de Comércio Varejista (213)
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
Foram registradas 5.498 admissões em regime de tempo parcial e 3.764 desligamentos, gerando saldo de 1.734 empregos, envolvendo 3.036 estabelecimentos, em um universo de 2.556 empresas. Um total de 30 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.
Da perspectiva territorial, as UFs com maior saldo de emprego em regime de tempo parcial foram Rio de Janeiro (580 postos), São Paulo (260), Paraná (236), Ceará (197), Minas Gerais (142) e Rio Grande do Norte (129).
Do ponto de vista setorial, o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se por Serviços (834 postos), Comércio (823), Indústria de Transformação (62), Construção Civil (4), Agropecuária (3), Administração Pública (15), Extrativa Mineral (0) e SIUP (-7).
Da perspectiva de gênero, o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se entre 3.142 postos ocupados por mulheres (57,1%) e 2.356 postos ocupados por homens (42,9%).
Do ponto de vista etário, o saldo de emprego em regime de tempo parcial dividiu-se pelos empregados até 29 anos (3.101 postos), 30 a 49 anos (2.056), 50 ou mais anos (341).
Da perspectiva da escolaridade, o saldo de emprego em regime de tempo parcial dividiu-se entre empregados com Ensino Fundamental (Completo/Incompleto) (612 postos, 11,1%), empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (3.661 postos, 66,6%) e até Superior Completo (1.225 postos, 22,3%).
As dez principais ocupações segundo saldo de emprego em regime de tempo parcial foram:
- Operador de Caixa (652)
- Repositor de Mercadorias (365)
- Faxineiro (364)
- Atendente de lojas e mercados (223)
- Vendedor de Comércio Varejista (207)
- Vendedor Ambulante (205)
- Atendente de Lanchonete (201)
- Operador de Atendimento Aeroviário (148)
- Motorista de Ônibus Urbano (137)
- Auxiliar de Escritório, em Geral (134).
Confira os dados aqui.