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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de junho de 2018
Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de junho de 2018
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o estoque de emprego formal no Brasil apresentou expansão em Maio de 2018. O acréscimo foi de +33.659 postos de trabalho, equivalente à variação de +0,09% em relação ao estoque do mês anterior. Esse resultado decorreu de 1.277.576 admissões e de 1.243.917 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de +381.166 empregos, representando variação de +1,01%. Nos últimos doze meses, verificou-se acréscimo de +284.875 postos de trabalho, correspondente à variação de +0,75%.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o estoque de emprego formal no Brasil apresentou estabilidade em junho de 2018. O novo resultado foi de 38.212 mil postos de trabalho, equivalente à variação de 0,00% em relação ao estoque do mês anterior. Esse resultado decorreu de 1.167.531 admissões e de 1.168.192 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de +392.461 empregos, representando variação de +1,04%. Nos últimos doze meses, verificou-se acréscimo de +280.093 postos de trabalho, correspondente à variação de +0,74%.
SETOR DE ATIVIDADE
Em termos setoriais, houve crescimento em três dos oito setores econômicos. Os dados registram expansão no nível de emprego nos setores de Agropecuária (+40.917 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (+1.151 postos), estabilidade no Serviços (+589 postos). Verificou-se queda no nível de emprego nos setores da Indústria de Transformação (-20.470 postos), Comércio (-20.971 postos), Administração Pública (-855 postos), Construção Civil (-934 postos) e Extrativa Mineral (-88 postos).
A Agropecuária foi o principal destaque de Junho/2018. Houve 113.179 admissões e 72.262 desligamentos, implicando saldo de +40.917 empregos, equivalente à expansão de +2,58% em relação ao mês anterior. As principais classes de atividade que influenciaram o resultado do setor foram:
- Cultivo de Café (+14.024 postos), especialmente em Minas Gerais (+14.583 postos), São Paulo (+1.217 postos);
- Atividades de Apoio à Agricultura (+297 postos), especialmente em São Paulo (+9.617 postos);
- Cultivo de Laranja (+8.903 postos), especialmente em São Paulo (+7.673 postos) e Minas Gerais (+891 postos);
- Cultivo de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas (+2.846 postos), especialmente em Minas Gerais (+1.063 postos).
O setor de SIUP foi o segundo destaque de Junho/2018. Foram registradas 6.849 admissões e 5.698 desligamentos, ocasionando saldo de +1.151 postos, correspondendo ao crescimento de +0,28% sobre o mês anterior. As principais classes de atividade que influenciaram o resultado do setor foram:
- Coleta de Resíduos Não Perigosos (+536 postos), especialmente em São Paulo (+220 postos) e Minas Gerais (+172 postos);
- Tratamento e Disposição de Resíduos Não Perigosos (+228 postos), especialmente no Rio de Janeiro (+179 postos);
- Captação, Tratamento e Distribuição de água (+210 postos), especialmente no Rio Grande do Sul (+127 postos).
- Distribuição de Energia Elétrica (+164 postos), especialmente no Rio de Janeiro (+88 postos).
O setor de Serviços registrou o terceiro saldo positivo do mês de Junho/2018. Foram registradas 480.517 admissões e 479.928 desligamentos, implicando saldo de +589 postos de trabalho, equivalente à estabilidade de +0,00% em relação ao mês anterior. Os principais subsetores que influenciaram o resultado do setor foram:
- Comércio e Administração de Imóveis (+8.549 postos, +0,18%)
- Serviços Médicos e Odontológicos, veterinários (+7.897 postos, +0,37%)
- Instituições de Créditos e Seguros (+512 postos, +0,08%)
- Transportes e Comunicações (+477 postos, +0,02%)
O setor do Comércio registrou o saldo negativo mais expressivo do mês de Junho/2018. Foram registradas 279.271 admissões e 300.242 desligamentos, implicando saldo de -20.971 postos de trabalho, equivalente à retração de -0,23% em relação ao mês anterior. Esse resultado foi impulsionado tanto pelo subsetor do Comércio Varejista (com saldo negativo de -18.436 postos formais, -0,25%) quanto pelo subsetor do Comércio Atacadista (-2.535 empregos, -0,16%).
A Indústria de Transformação apresentou o segundo Maior saldo negativo no mês de Junho/2018. Foram registradas 176.249 admissões e 196.719 desligamentos, ocasionando saldo de -20.470 postos, correspondendo à queda de -0,28% sobre o mês anterior. Um subsetor apresentou saldo positivo de emprego e onze descreveram saldo negativo, a saber:
- Indústria Química de Produtos Farmacêuticos, Veterinários, Perfumaria (+013 postos, +0,11%);
- Indústria de Produtos Alimentícios, Bebidas e Álcool Etílico (+166 postos, -0,01%)
- Indústria do Material de Transporte (-340 postos, -0,07%);
- Indústria da Borracha, Fumo, Couros (-066 postos, -0,33%);
- Indústria do Material Elétrico e de Comunicações (-1.078 postos, -0,45%); e
- Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos (-1.181 postos, -0,29%);
- Indústria do Papel, Papelão, Editorial e Gráfica (-1.191 postos, -0,34%);
- Indústria da Madeira e do Mobiliário (-1.457 postos, -0,35%);
- Indústria Mecânica (-074 postos, -0,39%);
- Indústria de Calçados (saldo de -3.334 postos, -1,13%);
- Indústria Metalúrgica (-3.427 postos, -0,57%);
- Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos (-6.169 postos, -0,72%).
TERRITÓRIO
No recorte geográfico, verificou-se em Junho/2018 que quatro regiões apresentaram saldo de emprego positivo e uma região, saldo negativo:
- Sudeste (+612 postos, +0,02%);
- Nordeste (+3.581 postos, +0,06%);
- Centro-Oeste (+8.366 postos, +0,26%);
- Norte (+930 postos, +0,05%); e
- Sul (-17.150 postos, 0,24%);
Dezesseis Unidades Federativas registraram variação positiva no saldo de emprego e onze, variação negativa.
Os maiores saldos de emprego ocorreram em:
- Minas Gerais: saldo de +143 empregos, expansão de +0,31%;
- Mato Grosso: saldo de +5.412 vínculos empregatícios (+0,80%);
- Maranhão: saldo de +2.807 empregos (+0,61%);
- Goiás: saldo de +2.173 empregos (+0,18%);
- Pará: saldo de +824 vínculos empregatícios (+0,12%); e
- Rio Grande do Norte: saldo de +805 vínculos empregatícios (+0,19%).
Os menores saldos de emprego ocorreram em:
- Paraná: saldo de -6.609 vínculos empregatícios, retração de -0,25%;
- Rio Grande do Sul: saldo de -6.521 empregos (-0,26%);
- São Paulo: saldo de -4.450 vínculos empregatícios (-0,04%);
- Santa Catarina: saldo de -4.020 empregos (-0,20%);
- Rio de Janeiro: saldo de -2.159 empregos (-0,08%); e
- Bahia: saldo de -1.763 vínculos empregatícios (-0,11%).
O conjunto das nove Regiões Metropolitanas registrou 431.766 admissões e 451.188 desligamentos, com saldo de -19.422 empregos, equivalente à queda de -0,13%. Duas Regiões Metropolitanas registraram saldo positivo de emprego, a saber: Belo Horizonte (+562 postos, +0,04%), Fortaleza (+321 postos, +0,04%). Sete Regiões Metropolitanas descreveram saldo negativo: São Paulo (-7.083 postos, -0,11%), Rio de Janeiro (-4.648 postos, -0,18%), Curitiba (-2.710 postos, -0,28%), Porto Alegre (-2.581 postos, -0,23%), Salvador (-1.356 postos, -0,17%), Belém (-1.032, -0,31%), Recife (-895, -0,11%).
O conjunto das cidades do interior pertencentes aos estados que detêm as nove Regiões Metropolitanas descreveu 442.098 admissões e 430.725 desligamentos, implicando saldo de +11.373 postos, correspondente à expansão de 0,08%. Houve crescimento do emprego celetista no interior de seis Unidades Federativas desse conjunto: Pará (+1.856 postos, +0,56%), Ceará (+404 postos, +0,05%), Pernambuco (+1.016 postos, +0,13%), Minas Gerais (+11.581 postos, +0,83%), Rio de Janeiro (+2.129 postos, +0,08%), São Paulo (+2.633 postos, +0,44%). Registrou-se saldo negativo no interior de três Unidades Federativas desse conjunto: Bahia (-407 postos, -0,05%), Rio Grande do Sul (-3.940 postos, -0,35%), Paraná (-3.899 postos, -0,40%).
SALÁRIO
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em Junho/2018 foi de R$1.534,69 e o salário médio de desligamento foi de R$1.688,25. Em termos reais (mediante deflacionamento pelo INPC), houve queda de R$12,26 (-0,79%) no salário de admissão e queda de R$18,25 (-1,07%) no salário de desligamento, em comparação ao mês anterior. Em relação a Junho/2017, registrou-se ganho real de R$23,49 (+1,55%) para o salário médio de admissão e perda real de R$68,83 (-3,92%) para o salário de desligamento.
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA
A Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entrou em vigor em 11 de novembro de 2017 e já pode ser mensurada pelas estatísticas do mercado de trabalho. Cabe destacar os seguintes resultados:
Desligamento mediante acordo entre empregador e empregado
Em Junho de 2018, houve 13.236 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 10.053 estabelecimentos, em um universo de 9.533 empresas. Um total de 18 empregados realizou mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.
Da perspectiva territorial, São Paulo registrou a maior quantidade de desligamentos (4.039), seguido por Paraná (1.465), Rio Grande do Sul (1.170).
Do ponto de vista setorial, os desligamentos por acordo distribuíram-se pelos Serviços (6.388 desligamentos), Comércio (3.414), Indústria de transformação (2.017), Construção Civil (698), Agropecuária (556), Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (87), Extrativa Mineral (34) e Administração Pública (42).
Da perspectiva de sexo, 8.114 desligamentos por acordo foram realizados com homens (61,3%) e 5.122 com mulheres (38,7%).
Do ponto de vista etário, os desligamentos mediante acordo dividiram-se entre empregados com 30 a 49 anos (6.611 desligamentos, 49,9%), até 29 anos (4.965 desligamentos, 37,5%), 50 ou mais anos (1.660 desligamentos, 12,5%).
Da perspectiva da escolaridade, os desligamentos mediante acordo dividiram-se entre empregados com Ensino Fundamental (Completo/Incompleto) (2.415 desligamentos, 18,2%), empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (7.855 desligamentos, 59,3%) e empregados com até Superior Completo (2.966 desligamentos, 22,4%).
As dez principais ocupações envolvidas foram Vendedor de Comércio Varejista (778 desligamentos), Faxineiro (521), Auxiliar de Escritório, em Geral (481), Assistente Administrativo (433), Operador de Caixa (363), Motorista de Caminhão (320), Alimentador de Linha de Produção (286), Vigilante (285), Porteiro de Edifícios (262) e Recepcionista (213).
Trabalho Intermitente
Em Junho de 2018, houveram 4.068 admissões e 1.380 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 2.688 empregos, envolvendo 1.299 estabelecimentos, em um universo de 1.018 empresas. Um total de 30 empregados firmaram mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Da perspectiva territorial, as UFs com maior saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente foram São Paulo (873 postos), Rio de Janeiro (286 postos), Paraná (229 postos).
Do ponto de vista setorial, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por Serviços (1.348 postos), Comércio (483 postos), Indústria de Transformação (366 postos), Construção Civil (372 postos), Agropecuária (109 postos), SIUP (4 postos) e Extrativa Mineral (6 postos). O setor da Administração Pública não registrou desligamento na modalidade de trabalho intermitente.
Da perspectiva de gênero, o saldo de empregos dos trabalhadores intermitentes distribuiu-se entre 2.659 postos ocupados por homens (65,4%) e 1.409 postos ocupados por mulheres (34,6%).
Do ponto de vista etário, o saldo de emprego dos trabalhadores intermitentes dividiu-se empregados até 29 anos (1.862 postos, 45,8%), 30 a 49 anos (1.852 postos, 45,5%), 50 ou mais (354 postos, 8,7%).
Da perspectiva da escolaridade, o saldo de emprego dos trabalhadores intermitentes dividiu-se entre empregados com Ensino Fundamental (Completo/Incompleto) (593 postos, 14,7%), empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (3.140 postos, 77,2%) e empregados com Ensino Superior (Completo/Incompleto) (335 postos, 8,2%).
As dez ocupações com maiores saldos de emprego foram Assistente de Vendas (315 postos), Recepcionista (147), Alimentador de Linha de Produção (120), Servente de Obras (119), Garçom (102), Cozinheiro Geral (81), Faxineiro (72), Pedreiro (60), Carregador (54) e Vigilante (48).
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
Foram registradas 4.525 admissões em regime de tempo parcial e 3.537 desligamentos, gerando saldo de 988 empregos, envolvendo 2.875 estabelecimentos, em um universo de 2.597 empresas. Um total de 27 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial, sendo 3 empregados com jornada acima de 24 horas.
Da perspectiva territorial, as UFs com maior saldo de emprego em regime de tempo parcial foram Ceará (149 postos), Rio de Janeiro (132), Paraná (85).
Do ponto de vista setorial, o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se por Serviços (327 postos), Comércio (461), Indústria de Transformação (79), Construção Civil (28), Administração Pública (70), SIUP (13), Agropecuária (10) e Extrativa Mineral (0).
Da perspectiva de sexo, o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se entre 2.793 postos ocupados por mulheres (61,7%) e 1.732 postos ocupados por homens (38,3%).
Do ponto de vista etário, o saldo de emprego em regime de tempo parcial dividiu-se pelos empregados com até 29 anos (2.504 postos, 55,3%), de 30 a 49 anos (1.738 postos, 38,4%) e de 50 ou mais anos (283 postos, 6,3%).
Da perspectiva da escolaridade, o saldo de emprego em regime de tempo parcial dividiu-se entre empregados com Ensino Fundamental (Completo/Incompleto) (449 postos, 9,9%), empregados com Ensino Médio (Completo/Incompleto) (2.708 postos, 59,8%) e empregados com até Ensino Fundamental Completo (1.368 postos, 30,2%).
As dez ocupações com maiores saldos de emprego em regime de tempo parcial foram Vendedor de Comércio Varejista (109), Assistente Administrativo (107), Repositor de Mercadorias (105), Operador de Caixa (91), Auxiliar de Escritório, em Geral (77), Faxineiro (69), Operador de Telemarketing Técnico (66), Recepcionista Geral (42), Motorista de Ônibus Urbano (41), Embalador a Mão (33).
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