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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de outubro 2017
Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de outubro 2017
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o estoque de emprego formal no Brasil apresentou expansão em Outubro de 2017. O crescimento foi de 76.599 postos de trabalho, equivalente à variação positiva de +0,20% em relação ao estoque do mês anterior. Esse resultado decorreu de 1.187.819 admissões e de 1.111.220 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de 302.189 empregos, representando expansão de 0,79% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Nos últimos doze meses, verificou-se uma redução de -294.305 postos de trabalho, correspondente à retração de -0,76% no contingente de empregados celetistas do País em relação a Outubro de 2016.
Setor de Atividade
Em termos setoriais, os dados mostram que três dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego. Destacaram-se positivamente o Comércio (+37.321 postos), a Indústria de Transformação (+33.200 vínculos empregatícios) e os Serviços (+15.915 empregos). Por outro lado, apresentaram saldos negativos os setores da Construção Civil (-4.764 postos de trabalho), Agropecuária (-3.551 vínculos empregatícios), Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (-729 empregos), Extrativa Mineral (-532 postos formais) e Administração Pública (-261 vínculos).
O setor do Comércio foi o principal destaque do mês de Outubro/2017. Houve crescimento do emprego celetista, com saldo positivo de 37.321 postos de trabalho, em decorrência de 320.432 admissões e 283.111 desligamentos, implicando expansão de 0,42% sobre o mês anterior. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo subsetor do Comércio Varejista (com saldo positivo de 30.183 postos formais) e, em menor medida, pelo subsetor do Comércio Atacadista (+7.138 empregos).
A Indústria de Transformação foi o segundo destaque positivo de Outubro/2017. Registrou saldo positivo de 33.200 empregos, decorrente de 214.437 admissões e 181.237 desligamentos, sinalizando crescimento de 0,45% sobre o mês anterior. Verificou-se expansão na quase totalidade dos subsetores que compõem a atividade industrial (onze em doze subsetores), em particular:
- Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (20.565 empregos);
- Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (2.235 postos formais);
- Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (2.080 vínculos empregatícios);
- Indústria da Madeira e Mobiliário (2.080 empregos);
- Indústria mecânica (1.916 postos);
- Indústria do material elétrico e de comunicações (1.310 vínculos); e
- Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica (1.003 vínculos empregatícios).
O único subsetor da Indústria de Transformação que apresentou saldo negativo foi a Indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares (-821 postos formais).
O setor de Serviços foi o terceiro destaque positivo do mês de Outubro/2017, ainda que sem a mesma intensidade do Comércio e da Indústria de Transformação. Ocorreram 467.880 admissões e 451.965 desligamentos, gerando saldo positivo de 15.915 postos de trabalho, equivalente à expansão de 0,09% em relação ao mês anterior. Esse resultado foi obtido em virtude de saldos positivos em cinco dos seis subsetores, a saber:
- Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico (7.628 postos de trabalho);
- Serviços médicos, odontológicos e veterinários (4.694 vínculos empregatícios);
- Transportes e comunicações (2.540 empregos);
- Ensino (842 postos formais);e
- Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (293 vínculos).
O único subsetor de Serviços com desempenho negativo foi Instituições de crédito, seguros e capitalização (-82 empregos).
A Construção Civil registrou saldo negativo de -4.764 empregos, decorrente de 103.487 admissões e 108.251 desligamentos, resultando em retração de -0,22% sobre o mês anterior. As principais classes de atividade que registraram saldo positivo foram:
- Instalações Elétricas (718 postos de trabalho), especialmente no Rio de Janeiro (279 empregos) e São Paulo (137 vínculos);
- Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (301 postos), especialmente Goiás (483 empregos) e Minas Gerais (355 postos formais); e
- Construção de Redes de Abastecimento de Água, Coleta de Esgoto e Construções Correlatas (279 empregos), especialmente em Minas Gerais (197 postos formais).
O setor da Agropecuária apresentou saldo negativo de -3.551 empregos em Outubro/2017, em decorrência de 71.650 admissões e 75.201 desligamentos, representando retração de -0,22% sobre o mês anterior. As principais classes de atividade da Agropecuária que possuíram saldo positivo de emprego foram:
- Cultivo de Cana-De-Açúcar (2.894 empregos), especialmente em Pernambuco (316 postos formais), Sergipe (1.728 postos de trabalho) e Alagoas (1.630 empregos);
- Cultivo de Soja (saldo de 2.385 empregos), em particular em Mato Grosso (871 postos), Piauí (304 postos) e Maranhão (301 postos); e
- Cultivo de Cereais (1.213 empregos), em particular Goiás (717 postos) e Rio Grande do Sul (376 postos).
Região
No recorte geográfico, verificou-se que quatro regiões apresentaram crescimento do nível de emprego em Outubro/2017, a saber:
- Nordeste (37.801 postos, +0,60%);
- Sul (21.444 postos, +0,30%);
- Sudeste (13.552 postos, +0,07%); e
- Norte (4.210 postos, +0,24%).
A Região Centro-Oeste foi a única a apresentar saldo negativo, da ordem de -408 postos formais, equivalente à retração de -0,01% sobre o mês anterior.
Vinte e duas Unidades da Federação apresentaram variação positiva no saldo de empregos, com destaque para:
- Alagoas: expansão de 4,93%, gerando saldo de 16.393 empregos, impulsionada pela Indústria de Transformação (+13.871 postos), Agropecuária (+1.674 postos) e Serviços (+383 postos);
- São Paulo: crescimento de 0,09%, com saldo de 11.349 empregos, motivado principalmente pela expansão do Comércio (+9.181 postos), Serviços (+6.092 postos) e Indústria de Transformação (+4.480 postos);
- Pernambuco: expansão de 0,70%, com saldo de 8.718 empregos, devido principalmente aos setores da Indústria de Transformação (+3.665 postos), Agropecuária (+3.219 postos), Serviços (+891 postos) e Comércio (+764 postos);
- Santa Catarina: crescimento de 0,43%, com saldo de 8.611 vínculos empregatícios, motivada pela expansão do Comércio (+3.204 postos), Indústria de Transformação (+2.717 postos), Serviços (+1.728 postos) e Agropecuária (+1.160 postos);
- Rio Grande do Sul: crescimento de 0,32%, com saldo de 8.084 empregos, motivada pela expansão do Comércio (+4.705 postos), Indústria de Transformação (+1.906 postos), Serviços (+1.534 postos) e Agropecuária (+974 postos);
- Sergipe: crescimento de 1,93%, com saldo de 5.491 vínculos empregatícios, motivada pela expansão da Indústria de Transformação (+2.908 postos), Agropecuária (+1.674 postos) e Serviços (+444 postos);
- Paraná: expansão de 0,18%, com saldo de 4.749 empregos, motivada pela expansão do Comércio (+2.874 postos), Indústria de Transformação (+1.460 postos) e Serviços (+1.381 postos);
- Minas Gerais: crescimento de 0,11%, com saldo de 4.509 vínculos empregatícios, motivada pela expansão do Comércio (+4.129 postos), Serviços (+2.738 postos), Construção Civil (+1.888 postos) e Indústria de Transformação (+1.182 postos);
- Ceará: expansão de 0,25%, com saldo de 2.918 vínculos empregatícios, motivada pela expansão da Indústria de Transformação (+1.530 postos), Comércio (+721 postos) e Serviços (+467 postos); e
- Amazonas: crescimento de 0,64%, com saldo de 2.605 postos de trabalho, graças ao crescimento dos Serviços (+954 postos), Indústria de Transformação (+814 postos) e Comércio (+648 postos).
As cinco Unidades Federativas que apresentaram variação negativa no saldo de empregos foram:
- Rio de Janeiro: retração de -0,11%, com saldo de -3.861 vínculos empregatícios, apesar do saldo positivo de empregos no setor do Comércio (2.097 postos), que foi anulado pela queda nos setores de Serviços (-2.013 postos), Agropecuária (-1.754 postos), Construção Civil (-1.059 postos) e Indústria de Transformação (-556 postos);
- Goiás: redução de -0,14%, com saldo de -1.671 empregos, apesar do saldo positivo de empregos no setor do Comércio (822 postos), que foi anulado pela retração nos setores da Indústria de Transformação (-1.367 postos), Construção Civil (-435 postos) e Serviços (-274 postos);
- Acre: retração de -0,26%, com saldo de -216 postos de trabalho, apesar do saldo positivo de empregos nos setores da Construção Civil (32 postos), Indústria de Transformação (7 postos) e Administração Pública (1 posto), que foram anulados pela retração principalmente nos setores de Serviços (-204 postos), Agropecuária (-21 postos), Comércio (-14 postos) e Extrativa Mineral (-12 postos);
- Amapá: redução de -0,07%, com saldo de -49 empregos, apesar do saldo positivo de empregos no setor de Construção Civil (56 postos), Extrativa Mineral (23 postos), Comércio (7 postos) e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública (1 posto), que foram anulados pela retração nos setores de Serviços (-113 postos), Indústria da Transformação (-20 postos) e Agropecuária (-3 postos); e
- Bahia: redução de -0,00%, com saldo de -36 empregos, apesar do saldo positivo de empregos nos setores do Comércio (1.105 postos), Serviços (779 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (226 postos) e Extrativa Mineral (5 postos), que foram anulados pela retração nos setores de Construção Civil (-1.239 postos), Agropecuária (-596 postos), Administração Pública (-272 postos) e Indústria de Transformação (-44 postos).
O estoque de emprego para o conjunto das nove Regiões Metropolitanas registrou aumento de +0,11%, equivalente ao ganho de 16.368 postos de trabalho. Oito Regiões Metropolitanas registraram saldo positivo de emprego, com destaque para São Paulo (7.453 postos, expansão de 0,12%), Belo Horizonte (+4.237 postos, +0,30%) e Recife (2.254 postos, +0,28%). A única Região Metropolitana que apresentou saldo negativo foi Rio de Janeiro (-2.311 postos, retração de -0,09%).
Para o conjunto das cidades do interior pertencentes aos estados que detêm as nove maiores Regiões Metropolitanas, o saldo de emprego apresentou aumento de +20.729 postos, ou +0,15%. Houve expansão do emprego no interior de seis Unidades da Federação desse conjunto, com destaque para Rio Grande do Sul (6.551 postos, +0,46%), Pernambuco (+6.464 postos, +1,49%), São Paulo (3.896 postos, 0,07%) e Paraná (3.324 postos, +0,20%). Houve retração do emprego no interior de duas Unidades da Federação: Rio de Janeiro (-1.550 postos, decréscimo de -0,19%) e Bahia (-679 postos, -0,08%).
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em Outubro de 2017 foi de R$1.463,12 e o salário médio de demissão foi de R$1.675,95. Em termos reais (mediante deflacionamento pelo INPC) houve queda de R$16,77 (-1,1%) no salário de admissão e de R$11,38 (-0,7%) no salário de demissão, em comparação aos salários do mês de Setembro de 2017. Nos últimos 12 meses, os ganhos reais foram de R$53,12 (+3,8%) e R$65,75 (+4,1%), respectivamente.
Fonte: Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho - PDET - CGET/DES/SPPE/MTb