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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de setembro 2017
Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de setembro 2017
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o estoque de emprego formal no Brasil apresentou expansão em Setembro de 2017. O crescimento foi de 34.392 postos de trabalho, equivalente à variação positiva de +0,1% em relação ao estoque do mês anterior. Esse resultado decorreu de 1.148.307 admissões e de 1.113.915 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de 208.874 empregos, representando expansão de 0,5% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Nos últimos doze meses, verificou-se uma redução de -466.654 postos de trabalho, correspondente à retração de -1,2% no contingente de empregados celetistas do País em relação a setembro de 2016.
Setor de Atividade
Em termos setoriais, os dados mostram que metade dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego. Destacaram-se, pela ordem, Indústria de Transformação (+25.684 postos), Comércio (+15.040 empregos), Serviços (+3.743 vínculos empregatícios) e Construção Civil (+380 postos). Por sua vez, apresentaram saldos negativos os setores da Agropecuária (-8.372 empregos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (--1.246 postos), Administração Pública (-704 postos) e Extrativa Mineral (-133 postos).
O setor da Indústria de Transformação foi o grande destaque do mês de Setembro/2017. Registrou saldo positivo de 25.684 empregos, em decorrência do crescimento verificado em dez dos doze subsetores que compõem a atividade industrial, principalmente:
- Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (+16.982 empregos);
- Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (+3.914 vínculos empregatícios);
- Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (+2.345 postos);
- Indústria da Madeira e Mobiliário (+2.325 empregos);
- Indústria metalúrgica (+1.666 postos); e
- Indústria do material de transporte (+1.070 vínculos empregatícios).
Os subsetores da Indústria de Transformação que registraram saldos negativos foram:
- Indústria da borracha e do fumo (-4.042 empregos); e
- Indústria de calçados (-466 postos).
O setor do Comércio foi o segundo destaque de Setembro/2017. Registrou crescimento do emprego celetista, com saldo positivo de +15.040 postos de trabalho. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo subsetor do Comércio Varejista (com saldo positivo de +13.174 postos), assim como pelo subsetor do Comércio Atacadista (+1.866 empregos).
O setor dos Serviços está entre os destaques positivos do mês de Setembro/2017, com saldo positivo de 3.743 postos de trabalho. Esse resultado foi obtido em virtude da existência de saldos positivos em quatro dos seis subsetores, a saber:
- Ensino (+4.779 empregos);
- Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico (+2.050 postos de trabalho);
- Serviços médicos, odontológicos e veterinários (+2.019 vínculos);
- Transportes e comunicações (+485 postos).
Por sua vez, os subsetores com desempenho negativo foram:
- Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (-4.017 postos); e
- Instituições de crédito, seguros e capitalização (-1.573 empregos).
A Construção Civil registrou novamente saldo positivo, da ordem de +380 empregos. Com destaque para:
- Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (+2.293 postos); e
- Instalações Elétricas (+1.050 postos).
O setor da Agropecuária apresentou saldo negativo de -8.372 empregos em Setembro/2017, em decorrência da sazonalidade típica desse setor. Com destaque para:
- Cultivo de Uva (+1.785 postos);
- Cultivo de Laranja (+1.754 postos); e
- Cultivo de Frutas de Lavoura Permanente, Exceto Laranja e Uva (+1.669 postos).
Região
No recorte geográfico, verificou-se que três regiões apresentaram crescimento do nível de emprego em Setembro/2017, com destaque para a Região Nordeste:
- Nordeste (+29.644 postos);
- Sul (+10.534 postos); e
- Norte (+5.349 postos).
Por sua vez, a Regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram saldo negativo, da ordem de -8.987 postos e -2.148 empregos, respectivamente.
Entre as vinte e sete Unidades da Federação, verificou-se resultados positivos em vinte delas, com os seguintes destaques:
- Pernambuco (+13.992 empregos), motivado principalmente pela expansão da Indústria de Transformação (+10.073 postos), Agropecuária (+3.728 postos), Comércio (+824 postos) e Construção Civil (+201 postos);
- Santa Catarina (+8.011 empregos), devido principalmente aos setores da Indústria de Transformação (+2.696 postos), Serviços (+2.501 postos), Comércio (+2.072 postos), Agropecuária (+416 postos) e Construção Civil (+386 postos);
- Alagoas (+7.411 empregos), impulsionada pela Indústria de Transformação (+7.418 postos), Comércio (+141 postos), Construção Civil (+58 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (+21 postos);
- Pará (+3.283 postos de trabalho), graças em particular ao crescimento da Indústria de Transformação (+923 postos), Construção Civil (+891 postos), Serviços (+876 postos) e Agropecuária (+698 postos);
- Paraná (+2.801 empregos), devido à expansão da Indústria de Transformação (+2.347 postos), Comércio (+1.878 postos), Administração Pública (+170 postos) e Construção Civil (+137 postos);
- Bahia (+2.297 vínculos empregatícios), motivada pela expansão da Agropecuária (+818 postos), Serviços (+750 postos), Comércio (+716 postos), Construção Civil (+541 postos) e Extrativa Mineral (+46 postos); e
- Ceará (+2.161 postos), impulsionado pela Agropecuária (+767 postos), Indústria de Transformação (+636 postos), Comércio (+523 postos), Construção Civil (+205 postos) e SIUP (+159 postos).
Os maiores saldos negativos entre os estados ocorreram em:
- Rio de Janeiro (-4.769 empregos), em virtude das retrações nos setores de Serviços (-3.033 postos), Agropecuária (-1.200 postos), Construção Civil (-601 postos), Administração Pública (-459 postos), SIUP (-315 postos), Indústria de Transformação (-163 postos) e Extrativa Mineral (-88 postos);
- Minas Gerais (-4.291 empregos), dada à retração do emprego celetista no setor da Agricultura (-11.493 postos). Ressalte-se que em Minas Gerais apresentaram saldo positivo de emprego os setores da Indústria de Transformação (+2.593 postos), Comércio (+2.368 postos) e Serviços (+2.134 postos);e
- Goiás (-3.493 empregos), em razão do decréscimo do emprego celetista na Indústria de Transformação (-1.935 postos), Agropecuária (-1.677 postos), Extrativa Mineral (-187 postos) e SIUP (-112 postos). Registre-se que em Goiás apresentaram saldo positivo de emprego em particular os setores da Construção Civil (+224 postos), Comércio (+139 postos) e Serviços (+47 postos).
O estoque de emprego para o conjunto das nove Regiões Metropolitanas registrou aumento de +0,01%, equivalente ao ganho de +1.149 postos de trabalho. Seis Regiões Metropolitanas registraram saldos positivos de emprego, com destaque para Recife (+3.018 postos), Belo Horizonte (+1.328 postos) e Porto Alegre (+983 postos). Três Regiões Metropolitanas apresentaram saldos negativos, quais sejam, Rio de Janeiro (-2.926 postos), São Paulo (-1.362 postos) e Curitiba (-506 postos).
Para o conjunto das cidades do interior pertencentes aos estados que detêm as nove maiores Regiões Metropolitanas, o saldo de emprego apresentou aumento de +13.796 postos, ou +0,1%. Houve expansão do emprego no interior de seis Unidades da Federação, com destaque: Pernambuco (+10.974 postos), Paraná (+3.307 postos), Pará (+3.190 postos) e Bahia (+2.296 postos). Registrou-se retração do emprego no interior de três Unidades da Federação: Minas Gerais (-5.619 postos), Rio de Janeiro (-1.843 postos) e Rio Grande do Sul (-1.261 postos).
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em Setembro de 2017 foi de R$1.478,52 e o salário médio de demissão foi de R$1.685,37. Em termos reais (mediante deflacionamento pelo INPC) houve uma perda de R$-16,25 no salário de admissão e de R$-23,42 no salário de demissão, em comparação aos salários do mês de Agosto de 2017. Nos últimos 12 meses os ganhos reais foram de R$78,27 e R$59,50, respectivamente.
Fonte: Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho - PDET - CGET/DES/SPPE/MTb