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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de agosto 2017
Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de agosto 2017
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o estoque de emprego formal no Brasil apresentou expansão em Agosto de 2017. O crescimento foi de 35.457 postos de trabalho, equivalente à variação positiva de +0,09% em relação ao estoque do mês anterior. Esse resultado originou-se de 1.254.951 admissões e de 1.219.494 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de 163.417 postos de trabalho, representando expansão de 0,43% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Nos últimos doze meses, verificou-se uma redução de -544.658 postos de trabalho, correspondente à retração de -1,40% no contingente de empregados celetistas do País.
Setor de Atividade
Em termos setoriais, os dados mostram que cinco dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego. Destacaram-se, pela ordem, Serviços (+23.299 postos, +0,14%), Indústria de Transformação (+12.873 postos, +0,18%), Comércio (+10.721 postos, +0,12%), Construção Civil (+1.017 postos, +0,05%) e Administração pública (+528 postos, +0,06%). Apresentaram saldos negativos apenas os setores da Agricultura (-12.412, -0,75%), os Serviços Industriais de Utilidade Pública (-434, -0,11%) e a Indústria Extrativa Mineral (-135, -0,07%).
Verifica-se que, em termos absolutos, o Setor de Serviços gerou o maior saldo positivo de empregos no mês (+23.299 postos). Contribuíram mais para esse resultado os seguintes subsetores:
- Ensino (+17.532 postos, +1,03%), distribuído em todo território nacional;
- Serviços médicos, odontológicos e veterinários (+6.316 postos, +0,31%), com destaque para o desempenho de SP (+2.442) e DF (+878);
- Administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos profissionais (+3.231 postos, +0,07%), com destaque para o desempenho de SP (+3.934) e CE (+944).
O segundo maior saldo positivo veio da indústria de transformação (12.873 postos, +0,18%). O único subsetor que teve resultado negativo foi o de indústrias de borracha, fumo e couros (-3.212, sendo -3.474 no RS). Os subsetores que mais contribuíram para o resultado positivo foram:
- Indústria de produtos alimentícios e bebidas (+6.523 postos, +0,35%), sendo +2.074 em PE e +1.408 no PA.
- Indústria têxtil e vestuário (+2.577 postos, +0,29%), sendo +1.136 em SC;
- Indústria metalúrgica (+1.981 postos, +0,32%), sendo +682 em MG;
- Indústria de materiais de transporte (+1.938 postos, +0,43%), sendo +498 no RS;
- Indústria de madeira e mobiliários (+1.480 postos, +0,35%), distribuídos em diversos estados.
Já no setor de Comércio o bom desempenho é explicado pelo crescimento do Comércio Varejista (+9.236 postos, +0,13%), com destaque para SP, +7.499 postos. Apesar do bom desempenho do subsetor, a atividade de Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios apresentou uma retração de -815 postos, destacando-se o RJ com -333. Destacam–se positivamente as seguintes atividades:
- Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios - Hipermercados e Supermercados (+1.419), com destaque para SP (+703) e PR, (+427);
- Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário (+1.026) com destaque para MG (+213) e BA (+189);
- Comércio de Peças e Acessórios para Veículos Automotores (+1.003) com destaque para SP (+457) e GO (+132);
No Setor de Construção Civil ocorreu um saldo positivo de 1.017 postos de trabalho. Destacam-se abaixo as atividades de maior destaque:
- Maior crescimento na Construção de Rodovias e Ferrovias (+2.409 postos, sendo 517 em MG e 435 em SP);
- Crescimento na atividade de Instalações Elétricas (+569 postos, sendo -266 no PA e -198 no RJ);
- Crescimento nas Obras de Terraplenagem (+539 postos, sendo +154 no PA e +138 no AL)
- Maior queda na Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas (-1.408 postos, sendo -1.028 no PA);
- Queda na Construção de Edíficios (-506 postos, sendo -658 no PR e -418 no PA).
A retração mais significativa ocorreu no setor da Agricultura (-12.412, -0,75%), com destaque para:
- Maior queda no Cultivo de Café (-17.393 postos sendo -14.508 em MG)
- Queda nas Atividades de Apoio à Agricultura (-1.603 postos sendo -1.362 em MG e -805 no ES)
- Maior crescimento no Cultivo de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas (+3.407 postos, sendo +1.926 no RN e +937 em SP) ;
- Crescimento no Cultivo de Frutas de Lavoura Permanente, exceto Laranja e Uva (+1.413 postos,, sendo +808 na BA e +814 em PE)
- Crescimento no Cultivo de Cana-de-Açúcar (+878 postos, sendo +2.313 no PA)
No recorte geográfico, verificou-se que todas as regiões apresentaram crescimento do nível de emprego em agosto/2017:
- Nordeste (+19.964 postos, +0,32%);
- Sul (+5.935 postos, +0,08%);
- Centro-oeste (+4.655 postos,+0,15%);
- Norte (+3.275 postos, +0,19%); e
- Sudeste (+1.628 postos, +0,01%)
Entre as vinte e sete Unidades da Federação, verificou-se resultados positivos em dezenove delas, com os seguintes destaques:
- São Paulo (+17.320 postos, +0,14%), motivado pela expansão dos setores Serviços (+12.171 postos) e Comércio (+9371 postos).
- Santa Catarina (+6.130 postos, +0,31%), devido aos setores de Indústria de transformação (2.718 postos), Serviços (1.525 postos) e Comércio (1.062 postos).
- Ceará (+4.975 postos, +0,43%), pelos setores de Serviços (1.702 postos), Indústria de Transformação (976 postos) e Agropecuária (900 postos)
- Pernambuco (+4.206 postos, +0,34%), em razão dos resultados positivos na Indústria de Transformação (+1.927 postos) e Agropecuária (1.802 postos)
- Paraíba (+3.511 postos, +0,90%), elencados pelos crescimentos dos setores da Agropecuária (+2.349 postos) e Indústria de Transformação (+1.401 postos).
Os maiores saldos negativos entre os estados ocorreram em:
- Minas gerais (-9.445 postos, 0,24%), em virtude especialmente da retração registrada na Agropecuária (-16.435 postos), tendo havido também decréscimo no Serviços Industriais de utilidade Pública (-126).
- Rio de Janeiro (-3.400 postos, -0,10%), em virtude das retrações registradas principalmente nos setores de Construção Civil (- 2.293 postos), Serviços (-857 postos) e Comércio (-676 postos);
- Espírito Santo (-2.847 postos, -0,40%), dada à retração do emprego celetista principalmente nos setores da Agropecuária (-1719 postos), Serviços (-1.329 postos) e Comércio (-434 postos);
- Rio Grande do Sul (-1.375 postos, -0,05%), especialmente em razão do decréscimo do emprego celetista na Indústria de Transformação (-2.271 postos), tendo havido também decréscimo nos Serviços Industriais de Utilidade Pública (-210 postos)
- Pará (-524 postos, -0,07%), dada à retração do emprego experimentada na Construção Civil (-1.012 postos) e nos Serviços (-503 postos).
O estoque de emprego para o conjunto das nove Regiões Metropolitanas registrou crescimento de +0,05%, equivalente ao ganho de +7.712 postos de trabalho. Cinco Regiões Metropolitanas registraram saldo positivo de emprego, São Paulo (9.274 postos), Fortaleza (1.661 postos), Recife (1.357 postos), Belo Horizonte (1.190 postos), Salvador (958 postos). Apresentaram saldos negativos: Rio de Janeiro (-3.702 postos), Curitiba (-1.127 postos), Belém (-950 postos) e Porto Alegre (-949 postos).
Para o conjunto das cidades do interior pertencentes aos estados que detêm as nove maiores Regiões Metropolitanas, o saldo de emprego registrou aumento de +7.715 postos, ou +0,05%, em consequência da expansão do emprego no interior de sete Unidades da Federação, com destaque para: São Paulo (+8.046 postos), Ceará (+3.314 postos), Pernambuco (+2.849 postos), Paraná (+2.307 postos) e Bahia (+1.532 postos). Apresentaram saldo negativo de emprego celetista o interior de duas Unidades federativas: Minas Gerais (-10.635 postos) e Rio Grande do Sul (-426 postos).
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em Agosto de 2017 foi de R$1.495,07 e o salário médio de demissão foi de R$1.709,13. Em termos reais (mediante deflacionamento pelo INPC) houve um ganho de R$13,00 no salário de admissão e de R$31,63 no salário de demissão, em comparação aos salários do mês de Julho de 2017. Nos últimos 12 meses os ganhos reais foram de R$85,11 e R$96,24, respectivamente.