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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de julho 2017
Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de julho 2017
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o estoque de emprego formal no Brasil apresentou expansão em Julho de 2017. O crescimento foi de 35.900 postos de trabalho. Esse resultado decorreu de 1.167.770 admissões e de 1.131.870 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de 112.580 postos de trabalho, representando expansão de 0,29% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Nos últimos doze meses, verificou-se uma redução de -618.688 postos de trabalho, correspondente à retração de -1,58% no contingente de empregados celetistas do País.
Setor de Atividade
Em termos setoriais, os dados mostram que cinco dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego. Destacaram-se, pela ordem, Indústria de Transformação (+12.594 postos), Comércio (+10.156 postos, Serviços (+7.714 postos), Agropecuária (+7.055 postos) e Construção Civil (+724 postos). Apresentaram saldos negativos os setores dos Serviços Industriais de Utilidade Pública (-1.125 postos), Administração Pública (-994 postos) e Extrativa Mineral (-224 postos).
O setor da Indústria de Transformação foi o grande destaque do mês de julho/2017. Registrou saldo positivo de empregos da ordem de 12.594 postos, em decorrência do crescimento verificado em nove dos doze subsetores que compõem a atividade industrial, principalmente:
- Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (+7.995 postos);
- Indústria do material de transporte (+2.282 postos);
- Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (+2.134 postos);
- Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (+1.617 postos); e
- Indústria metalúrgica (+791 postos).
Os subsetores da Indústria de Transformação que registraram saldos negativos foram:
- Indústria da borracha e do fumo (-2.318 postos);
- Indústria de produtos minerais não metálicos (-663 postos); e
- Indústria de calçados (-265 postos).
O setor do Comércio foi o segundo destaque de julho/2017. Registrou crescimento do emprego celetista, com saldo positivo de +10.156 postos de trabalho. Esse resultado foi impulsionado tanto pelo subsetor do Comércio Varejista (com saldo positivo de 7.685 postos) como pelo subsetor do Comércio Atacadista (+2.471 empregos).
O setor dos Serviços está entre os destaques positivos do mês de julho/2017, com saldo positivo de 7.714 postos de trabalho. Esse resultado foi obtido em virtude da existência de saldos positivos em quatro dos seis subsetores, a saber:
- Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico (+11.351 postos);
- Serviços médicos, odontológicos e veterinários (+5.682 postos);
- Instituições de crédito, seguros e capitalização (+776 postos); e
- Transportes e comunicações (+619 postos).
Por sua vez, os subsetores com desempenho negativo foram:
- Ensino (-9.774 postos); e
- Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (-940 postos).
O setor da Agropecuária preservou, em julho/2017, a tendência de geração de saldo positivo de emprego, da ordem de +7.055 postos de trabalho. Com destaque para:
- Cultivo de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas Anteriormente (+4.723 postos);
- Atividades de Apoio à Agricultura (+3.090 postos);
- Cultivo de Soja (+2.699 postos);
- Cultivo de Laranja (+1.886 postos); e
- Cultivo de Frutas de Lavoura Permanente, Exceto Laranja e Uva (+1.479 postos).
A Construção Civil foi outro destaque do mês de julho/2017. Foi registrado saldo positivo de +724 empregos. Com destaque para:
- Construção de Rodovias e Ferrovias (+2.910 postos); e
- Instalações Elétricas (+1.165 postos).
Região
No recorte geográfico, verificou-se que quatros regiões apresentaram crescimento do nível de emprego em julho/2017:
- Centro-Oeste (+12.211 postos);
- Sudeste (+11.764 postos);
- Nordeste (+6.641 postos) e;
- Norte (+5.346 postos).
Em contrapartida, a Região Sul foi a única a apresentar retração (-62 postos).
Entre as vinte e sete Unidades da Federação, verificou-se resultados positivos em vinte delas, com os seguintes destaques:
- São Paulo (+21.805 postos), motivado pela expansão dos setores Comercio (+8.957 postos) e Serviços (+6.729 postos) e Agropecuária (+3.599 postos).
- Mato Grosso (+8.085 postos), devido aos setores de Agropecuária (+3.211 postos), Indústria de Transformação (+2.298 postos) e Serviços (+1.188 postos).
- Goiás (+4.4.745), pelos setores dos Serviços (+1.621 postos), Indústria de Transformação (+1.234 postos) e Construção Civil (+782 postos).
Os maiores saldos negativos entre os estados ocorreram em:
- Rio de Janeiro (-9.320 postos), em virtude das retrações registradas principalmente nos setores da Construção Civil (-4.660 postos) e Serviços (-4.068 postos).
- Espirito Santos (-1.841 postos), dada à retração do emprego celetista principalmente no setor da Agricultura (-1.228 postos).
- Mato Grosso do Sul (-1.827 postos), em razão do decréscimo do emprego celetista no setor dos Serviços (-2.038 postos).
O estoque de emprego para o conjunto das nove Regiões Metropolitanas registrou aumento de +0,06%, equivalente ao ganho de +8.587 postos de trabalho. Seis Regiões Metropolitanas registraram saldos positivos de emprego com destaque para São Paulo (+10.866 postos) e Fortaleza (+1.100 postos). As demais Regiões Metropolitanas apresentaram saldos negativos com destaque para Rio de Janeiro (-4.026 postos) e Curitiba (-1.075 postos).
Para o conjunto das cidades do interior pertencentes aos estados que detêm as nove maiores Regiões Metropolitanas, o saldo de emprego registrou aumento de +10.202 postos, ou +0,07%, em consequência da expansão do emprego no interior de seis Unidades da Federação com destaque: São Paulo (+10.939 postos), Pernambuco (+1.736 postos) e Pará (+1.401 postos). Apresentou saldo negativo de emprego celetista o interior com destaque para: Rio de Janeiro (-5.294 postos), Rio Grande do Sul (-1.623 postos).