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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de maio 2017
Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de maio 2017
País tem saldo positivo de empregos em maio, com 34.253 vagas formais criadas
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o estoque de emprego formal no Brasil apresentou expansão em maio de 2017. O crescimento foi de 34.253 postos de trabalho, equivalente à variação positiva de +0,09% em relação ao estoque do mês anterior. Esse resultado originou-se de 1.242.433 admissões e de 1.208.180 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de 48.543 postos de trabalho, representando expansão de 0,13% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Nos últimos doze meses, verificou-se uma redução de -853.665 postos de trabalho, correspondente à retração de -2,18% no contingente de empregados celetistas do País.
Setor de Atividade
Em termos setoriais, os dados mostram que quatro dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego. Destacaram-se, pela ordem, Agropecuária (+46.049 postos, +2,95%), Serviços (+1.989 postos ou +0,01%), Indústria de Transformação (+1.433 postos, +0,02%) e Administração Pública (+955 postos ou +0,11%). Apresentaram saldo negativo os setores do Comércio (-11.254 postos, -0,13%), Construção Civil (-4.021 postos, -0,18%) e Indústria extrativa mineral (-510 postos ou -0,26%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-387 postos, -0,09%).
A expansão no setor da Agropecuária em maio/2017 (+46.049 postos), gerou o maior saldo positivo de empregos do mês (+2,95%). Destacaram-se as seguintes culturas e atividades:
- Cultivo de Café (+25,258 postos), concentrado em MG;
- Cultivo de Laranja (+ 11.590 postos), concentrado em SP;
- Cultivo de Cana-de-açúcar (+ 5.657 postos), concentrado em SP e RJ; e
- Atividades de apoio à agricultura (+4.578 postos).
A expansão no setor de Serviços (+1.989 postos), gerou saldo positivo de empregos celetistas (+0,01%), em razão do crescimento ocorrido em dois dos seis subsetores que compõem o conjunto dessas atividades:
- Serviços médicos, odontológicos e veterinários (+494 postos, +0,27%); e
- Ensino (+664 postos, +0,16%).
Por outro lado, os demais subsetores apresentaram desempenho negativo, destacando-se:
- Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (-4.458 postos, -0,08%);
- Transportes e comunicações (-1.400 postos, -0,07%);
- Instituições de crédito, seguros e capitalização (-224 postos, -0,03%); e
- Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico (-87 postos, 0,00%).
O setor da Indústria de Transformação apresentou crescimento em maio/2017 (+1.433 postos), que implicou saldo positivo de empregos celetistas (+0,02%), em decorrência do crescimento verificado em quatro dos doze subsetores que compõe a atividade industrial:
- Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (+281 postos, +0,39%);
- Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (+825 postos, +0,54%);
- Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (+709 postos, +0,19%);
- Indústria do material de transporte (+62 postos, +0,01%).
Os subsetores da Indústria de Transformação que registraram os maiores saldos negativos foram:
- Indústria de calçados (-3.534 postos, -1,15%);
- Indústria mecânica (-3.077 postos, -0,58%);
- Indústria Metalúrgica (-2.593 postos, -0,42%);
- Indústria de produtos minerais não metálicos (-1.888 postos, -0,45%);
- Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica (-634 postos, -0,18%);
O setor do Comércio experimentou queda no emprego celetista em maio/2017 (-11.254 postos), o que implicou saldo negativo (-0,13%). O decréscimo ocorreu tanto no segmento Varejista (-8.542 postos, -0,12%) quanto no segmento Atacadista (-2.712 postos, -0,17%).
- No comércio varejista os resultados negativos ocorreram principalmente na venda de Móveis (-2.288), Eletrodomésticos (-2.048) e Ferragens, Madeira e Materiais de construção (-1.949). O ramos de Produtos Farmacêuticos (1.976) e de Calçados (574) foram os destaques positivos.
- No segmento atacadista os saldos negativos concentraram-se em Soja (-1.319) e Animais vivos e Alimentos para Animais (-1.013).
Região
No recorte geográfico, verificou-se que três regiões apresentaram crescimento do nível de emprego em maio/2017:
- Sudeste (+691 postos, +0,19%);
- Centro-Oeste (+809 postos, +0,22%); e
- Nordeste (+372 postos, +0,01%).
Em contrapartida, apresentaram retração as Regiões:
- Norte (-1.024 postos, -0,06%); e
- Sul (-10.595 postos, -0,15%).
Entre as vinte e sete Unidades da Federação, verificou-se resultados positivos em treze delas, com os seguintes destaques:
- Minas Gerais (+931 postos), motivado pela expansão dos setores Agropecuária (+18.727 postos), Serviços (+2.012 postos), Indústria de Transformação (+ 1.546 postos) e Construção Civil (+ 919 postos).
- São Paulo (+226 postos), devido, principalmente, aos setores de Agropecuária (+20.347 postos), Serviços (+2.035 postos), Administração Pública (+504 postos) e Indústria de Transformação (+62 postos).
- Goiás (+444 postos), pelos setores da Indústria de Transformação (+3.094 postos), Serviços (+1.478 postos), Agropecuária (+1.319 postos), Construção Civil (+805 postos), Comércio (+714 postos) e Extrativa Mineral (+86 postos).
- Espírito Santo (+117 postos), em razão dos resultados positivos na Agropecuária (+4.231 postos), Construção Civil (+183 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (+34 postos) e Serviços (+18 postos).
- Bahia (+966 postos), elencados pelos crescimentos dos setores da Agropecuária (+2.781 postos), Indústria de Transformação (+1.093 postos), Serviços (+386 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (+141 postos).
Os maiores saldos negativos entre os estados ocorreram em:
- Rio Grande do Sul (-12.360 postos), que apresenta decréscimo do emprego em todos os setores, com destaque para Indústria de Transformação (-4.501 postos), Agropecuária (-3.287 postos), Comércio (-2.292 postos), Serviços (-1.239 postos) e Construção Civil (-719 postos);
- Rio de Janeiro (-5.583 postos), em virtude das retrações registradas principalmente nos setores de Serviços (-3.111 postos), Indústria de Transformação (-1.501 postos), Comércio (-1.266 postos) e Construção Civil (-1.173 postos);
- Ceará (-2.940 postos), dada a retração do emprego celetista identificada principalmente nos setores da Indústria de Transformação (-1.464 postos), Comércio (-1.209 postos) e Serviços (-881 postos);
- Pará (-1.852 postos), em razão do decréscimo do emprego celetista nos setores do Comércio (-1.380 postos), Agropecuária (-557 postos) e Serviços (-235 postos);
- Mato Grosso do Sul (-1.336 postos), dada a retração do emprego experimentada nos setores da Construção Civil (-854 postos), Serviços (-277 postos), Comércio (-114 postos) e Indústria de Transformação (-90 postos).
O estoque de emprego para o conjunto das nove Regiões Metropolitanas registrou queda de -0,12%, equivalente à perda de -18.617 postos de trabalho. A única Região Metropolitana que registrou saldo positivo de emprego foi Belo Horizonte (+987 postos). As demais Regiões Metropolitanas apresentaram saldos negativos: Rio de Janeiro (-6.449 postos), Recife (-2.520 postos), Porto Alegre (-2.354 postos), Fortaleza (-2.066 postos), São Paulo (-2.041 postos), Curitiba (-1.738 postos), Salvador (-1.446 postos) e Belém (-990 postos).
Para o conjunto das cidades do interior pertencentes aos estados que detêm as nove maiores Regiões Metropolitanas, o saldo de emprego registrou aumento de +41.189 postos, ou +0,29%, em consequência da expansão do emprego no interior de quatro Unidades da Federação: Minas Gerais (+21.944 postos), São Paulo (+19.267 postos), Bahia (+4.412 postos), Paraná (+4.117 postos), Pernambuco (+2.325 postos) e Rio de Janeiro (+866 postos). Apresentou saldo negativo de emprego celetista o interior de três Unidades federativas: Rio Grande do Sul (-10.006 postos), Ceará (-874 postos) e Pará (-862 postos).
Fonte: Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho - PDET - CGET/DES/SPPE/MTb