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Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de janeiro 2017
Ministério do Trabalho divulga dados do CAGED de janeiro 2017
Fonte: http://pdet.mte.gov.br/caged
De acordo com Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o estoque de emprego formal no Brasil apresentou queda em janeiro de 2017. A redução foi de -40.864 postos de trabalho, equivalente à variação negativa de -0,11% em relação ao estoque do mês anterior. Esse resultado originou-se de 1.225.262 admissões e de 1.266.126 desligamentos. Comparando-se com janeiro 2015 (-99.717), verifica-se que a queda neste mês foi inferior em 0,59%. Nos últimos 12 meses, verificou-se saldo negativo de -1.280.863 empregos com variação negativa de 3,24% no estoque de empregos.
BRASIL – SALDO DE EMPREGO FORMAL - SEM AJUSTES - MESES DE JANEIRO DE 2002 A 2017
Fonte: CAGED-MTb
Setor de Atividade
Em termos setoriais, os dados mostram que quatro dos oito setores de atividade econômica apresentaram expansão no nível de emprego, com destaque para os setores da Indústria de Transformação (+17.501 postos ou +0,24%) e da Agricultura (+ 10.663 postos ou +0,70%). Em contrapartida, as quedas mais fortes ocorreram no comércio (-60.075 postos ou 0,66%) e nos Serviços (9.525 postos ou 0,06%), que podem ser atribuídas à conjugação de fatores sazonais e conjunturais. Importante salientar os resultados da Construção Civil, cujo saldo (-775 postos) mostrou uma retração menor se comparado aos resultados de janeiro de 2016 (-2.588).
Na Indústria de Transformação a expansão em jan/2017 (+17.501) representou uma reversão da tendência verificada em igual período do ano passado, quando o saldo foi negativo em -16.553. O aumento do saldo do emprego foi concentrado em nove dos doze subsetores que compõem a atividade industrial:
- Indústria de calçados (+8.075 postos);
- Indústria têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos (+6.503 postos);
- Indústria mecânica (+4.164 postos);
- da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. Diversas (+2.960 postos);
- Indústria metalúrgica (+2.650 postos);
- Indústria do material elétrico e de comunicações (+1.814 postos);
- Indústria da madeira e do mobiliário (+1.500 postos);
- Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (+1.404 postos);e
- Indústria do material de transporte (+1.330 postos);
Na contramão, ocorreu redução na Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (-12.696 postos), devido à uma queda concentrada na Fabricação de Açúcar em Bruto (-11.843 postos), fruto da sazonalidade da agricultura (cana-de-açúcar) nos estados do nordeste, PB, PE, e AL.
O aumento verificado na Agricultura em jan/2017 (10.663) foi mais acentuado que em igual mês do ano anterior (8.729). As culturas que mais contribuíram para esse resultado foram:
- Cultivo de Soja, (+6.902 postos), principalmente em Mato Grosso (+5.991 postos); e
- Cultivo de Frutas de Lavoura Permanente, Exceto Laranja e Uva (+9.167 postos), principalmente no Rio grande do Sul (+5.563 postos) e Santa Catarina (+3.148 postos).
A redução no setor do Comércio (-60.075), igualmente, ficou num patamar inferior a jan/2015 (-69.750). A queda ocorreu somente no segmento Varejista (-61.645 postos), com destaque para:
- Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios (-23.663 postos);
- Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios - Hipermercados e Supermercados (-18.003 postos); e
- Comércio Varejista de Calçados e Artigos de Viagem (-10.758 postos).
Já o setor Atacadista obteve saldo positivo (+1.570 postos), concentrado no segmento do Comércio Atacadista de Animais Vivos, Alimentos para Animais e Matérias-Primas Agrícolas, Exceto Café e Soja (+ 1.177 postos).
A queda no setor de Serviços (-9.525) foi abaixo da verificada no mesmo mês de 2015 (-17.159). Dois ramos de atividade foram responsáveis pela maior parte da queda:
- Transporte e Comunicação (-10.235 postos); e
- de alojamento, alimentação (-7.129 postos)
Região
No recorte geográfico, verificou-se que, duas regiões, apresentaram expansão no saldo do emprego em jan/2017 e as demais sofreram quedas:
- Sul (+24.391 postos em jan/17, contra +15.548 em jan/16).
- Centro-Oeste (+12.771 postos em jan/17, contra 1.621 em jan/16);
- Nordeste (-40.803 postos em jan/17, contra -33.411 em jan/16);
- Sudeste (-30.388 postos em jan/17, contra -71.956 em jan/16);e
- Norte (-6.835 postos em jan/17, contra -11.496 em jan/16);
Entre as vinte e sete Unidades da Federação, nove apresentaram saldos positivos com destaque para os seguintes estados:
- Santa Catarina (+11.284 postos), em razão dos resultados na Indústria de Transformação (+5.904), Serviços (+2.693) e Construção Civil (+1.542).
- Mato Grosso (+10.010 postos), pelos setores da Agropecuária (+7.396) e os Serviços (+2.124).
- Rio Grande do Sul (+8.134 postos), pelos setores da Agropecuária (+5.243) e Indústria de Transformação (+4.308).
O maior saldo negativo entre os estados ocorreu no Rio de Janeiro (-26.472 postos), cujos setores que contribuíram para esse desempenho foram o Comércio (-13.087) e os Serviços (-8.524).
O estoque de emprego para o conjunto das nove Áreas Metropolitanas registrou redução de 0,33%, ou perda de -49.972 postos de trabalho. Esse resultado foi oriundo da queda do nível de emprego nas principais capitais brasileiras, Rio de Janeiro (-21.771 postos), Recife (-9.471 postos) e São Paulo (-9.036 postos). Porém, verificou-se saldo positivo em Curitiba (1.105) e Porto alegre (203).
Para o conjunto das cidades do interior, pertencentes aos estados que detêm as nove maiores Áreas Metropolitanas do País, o saldo de emprego registrou aumento de +7.665 postos, ou +0,05%, em consequência da expansão em cinco das áreas do interior destes estados. Em termos absolutos, as maiores altas ocorreram no interior dos estados do Rio Grande do Sul (+7.931) São Paulo (+4.579), Paraná (+3.868) e Minas Gerais (+3.215).
BRASIL – SALDO DE EMPREGO POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA – JANEIRO 2017
Fonte: CAGED-MTb