Taxa de custódia do Tesouro Direto cai para 0,20%

A partir 1º de janeiro de 2022, a taxa de custódia dos títulos do programa Tesouro Direto será reduzida de 0,25% para 0,20%. A novidade foi anunciada hoje pelo secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, no encerramento da Semana do Investidor promovida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em parceria com a B3.

"O custo para investir no Tesouro Direto é muito baixo, e temos trabalhado o tempo todo para reduzi-lo ainda mais. Quando começamos o programa, os bancos e corretoras cobravam taxa de administração e nós tínhamos uma taxa de custódia na casa de 0,5%. Em 2019 conseguimos reduzir, em um esforço conjunto da B3 com o Tesouro Nacional, a taxa de custódia de 0,30% para 0,25%. E a novidade é que em janeiro de 2022 vamos reduzir ainda mais essa taxa, que vai cair para 0,20%, baranteando ainda mais esse investimento", explicou.

De acordo com o secretário, o objetivo do Tesouro Nacional com as mudanças é ter um programa barato, acessível, com liquidez, seguro para o investidor e que principalmente ajude a sociedade a ter mais educação financeira e a entender como o governo se financia. "O Tesouro Direto hoje tem um estoque de R$ 70 bilhões e a gente administra uma dívida de R$ 5 trilhões, então é um produto que tem um peso muito pequeno na rolagem da dívida, mas tem uma importância muito grande para a educação financeira, para instruir as pessoas", acredita.

A mudança faz parte do compromisso firmado entre o Tesouro Nacional e a B3 para monitorar e aproveitar as oportunidades de reduções estruturais da taxa de custódia cobrada pela bolsa de valores. Em agosto de 2020, as instituições já tinham isentado da cobrança dessa taxa os investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic. 

Segundo o diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3, Felipe Paiva, a mudança reflete o comprometimento com a democratização do Tesouro Direto. “Investindo continuamente em evoluções para o produto, recentemente trouxemos a liquidação no mesmo dia para os investidores, incorporamos um chatbot no site do TD, aprimorando a experiência do atendimento ao investidor e, agora, anunciamos a redução da taxa de custódia para 0,20%”, enumera.

A taxa de custódia é cobrada semestralmente, nos primeiros dias de julho ou janeiro, no pagamento de juros, na venda ou no encerramento da posição do investidor, sendo que a forma de cobrança é definida pelo evento que acontecer primeiro.

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, o Programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações a partir R$ 30,00, e hoje já possui mais de mais de 1.6 milhão de investidores.

O produto oferece títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros básica da economia - Selic), diferentes prazos de vencimento e diferentes fluxos de remuneração. Além disso, oferece liquidez diária e liquidação de resgate no mesmo dia, sendo a aplicação de menor risco de crédito do mercado.

Para mais informações acesse o site do Tesouro Direto.