Notícias
Moodys eleva a perspectiva da nota de risco soberano do Brasil para estável
A agência reconhece a melhora em fundamentos macroeconômicos da economia e a importância da continuidade da aprovação de reformas fiscais estruturais
A agência de classificação de risco Moody's comunicou nesta segunda-feira (09/04/18) a alteração da perspectiva da nota de risco soberano do Brasil de negativa para estável e a manutenção da nota de crédito em Ba2. Segundo a agência, contribuiu para a decisão a expectativa de que as reformas necessárias para preservar a sustentabilidade fiscal e estabilizar a dívida terão continuidade no próximo governo. Adicionalmente, a consolidação fiscal terá suporte na recuperação em curso da atividade econômica.
O Ministério da Fazenda atribui a melhora na avaliação às ações realizadas pela equipe econômica desde maio de 2016. Além do trabalho para reestabelecer o equilíbrio fiscal, tem papel fundamental a ampla agenda de reformas em curso. Em particular, o sucesso na aprovação do Teto de Gastos, a reforma Trabalhista, o Programa de Recuperação Fiscal dos Estados, a reabertura do setor de óleo e gás e a reformulação das políticas de crédito do BNDES e a Taxa de Longo Prazo (TLP).
A Moody's ressalta que a robusta recuperação da economia nos últimos meses, com um cenário macroeconômico de baixa inflação e menores taxa de juros, beneficiará a dinâmica da dívida pública. Além disso, as reformas estruturais aprovadas pelo governo sustentarão as perspectivas de crescimento. A predominância da dívida pública em moeda local e a ampla base de investidores no mercado doméstico também são apontados pela agência como fatores importantes para a mitigação do risco de crédito do país.
A agência enfatiza, no entanto, que um fator de risco que poderia levar à reavaliação negativa da nota de crédito brasileira seria um cenário político no qual não se verifiquem avanços na agenda de reformas para a consolidação fiscal e cumprimento do teto de gastos, como maior postergação na reforma da previdência.
O Ministério da Fazenda reafirma seu comprometimento com a consolidação fiscal e com a recuperação da atividade econômica e do emprego. A evolução dos debates em torno de reformas estruturais que promovam esses objetivos é essencial para o país.