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Governo Central apresenta deficit de R$ 7,4 bilhões em Fevereiro
31/03/2015 - O Governo Central (Banco Central, Previdência Social e Tesouro Nacional) apresentou deficit de R$ 7,4 bilhões em termos reais, contra superavit de R$ 10,6 bilhões em janeiro. No acumulado de ano, houve superavit de R$ 3,2 bilhões, frente superavit de R$ 10,8 bilhões no mesmo período de 2014. A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) divulgou Resultado do Tesouro Nacional nesta terça-feira (31/03).
O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, explicou que esses números eram esperados e indicam um desempenho mais fraco pelo lado das receitas, mas demonstra a importância do controle de gastos. "Esse resultado foi influenciado pela queda real na receita administrada e pelo pagamento de despesas tempestivas".
Ele acrescentou que a queda real de 4,1 % da receita líquida, nos dois primeiros meses do ano, também influenciou o resultado. Por outro lado, as despesas do governo se mantiveram no mesmo patamar de 2014. "Isso demonstra que estamos atentos e vigilantes com relação ao controle de despesas".
Marcelo Saintive destacou que, em fevereiro, as despesas do Tesouro caíram R$ 16,8 bilhões, frente ao mês imediatamente anterior, enquanto que as receitas reduziram R$ 36,1 bilhões. Por conta da redução na arrecadação, também houve uma queda nas transferências constitucionais para Estados e municípios. Para ele, "essas são variações mensais sazonais e não dizem muito acerca do comportamento [do resultado]". "O importante é sempre fazer a comparação ano contra ano, e tentando fazer as perspectivas para o futuro", ponderou.
Frente ao mesmo período do ano passado, as receitas do Tesouro reduziram R$ 1,7 bilhão e as despesas aumentaram R$ 1,3 bilhão.
Questionado se o governo mantém a meta de primário para o Governo Central, o secretário afirmou que ela permanece nos moldes fixados na Lei de Diretrizes Orçamentária (R$ 55, 279 bilhões). "Estamos vigilantes para o cumprimento da meta, com redução de despesas. Aqui o mais importante é o limite de gasto já dado pelo Decreto de Programação Financeira".
Ele ainda acrescentou que o valor do contingenciamento do orçamento anual será "o necessário para o cumprimento da meta".
Fonte: ACS/MF.