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Brasil realiza primeira captação no mercado externo em 2021
Em 29 de junho, o Tesouro Nacional anunciou a emissão de um novo benchmark de 10 anos, o GLOBAL 2031, e a reabertura do atual benchmark de 30 anos, o GLOBAL 2050, ambos em dólares norte-americanos, constituindo a primeira operação no mercado externo realizada este ano pela República. A operação foi liderada pelos bancos Bradesco BBI, Goldman Sachs e HSBC e a sua liquidação financeira ocorreu hoje, 7 de julho de 2021.
O novo bônus da República (GLOBAL 2031) foi emitido com volume de US$1,5 bilhão e cupom de juros de 3,750% a.a., o menor para este prazo desde a perda do grau de investimento em 2015, e taxa de retorno para o investidor de 3,875% a.a., o que resultou em um spread de 240,2 pontos-base acima da Treasury (título do Tesouro norte-americano) de referência, e preço de 98,948% do seu valor de face. O primeiro cupom será pago em 12 de março de 2022 e os demais cupons serão pagos nos dias 12 de março e 12 de setembro de cada ano, até o vencimento em 12 de setembro de 2031.
O Tesouro Nacional também aumentou o volume do atual benchmark de 30 anos (GLOBAL 2050), com vencimento em 14 de janeiro de 2050, no valor de US$ 750 milhões. Assim, o montante total do título em mercado atingiu US$ 4 bilhões. O GLOBAL 2050 possui cupom de juros de 4,750% a.a., pago nos dias 14 de janeiro e 14 de julho de cada ano. A emissão foi realizada ao preço de 97,333% do seu valor de face, resultando em uma taxa de retorno para o investidor de 4,925% a.a., que corresponde a um spread de 282,5 pontos-base acima da Treasury de referência.
Apesar da manutenção das incertezas relacionadas à pandemia de COVID-19 e à recuperação econômica global, identificou-se uma janela de relativa estabilidade e de redução dos prêmios de risco associados ao Brasil em particular. O resultado da operação está em linha com a estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar provendo referências eficientes para o setor corporativo brasileiro. A operação permitiu, ainda, antecipar o financiamento de vencimentos em moeda estrangeira.
Por fim, ressalta-se que o livro de ordens alcançou um volume em torno de três vezes maior que o montante final emitido nas duas tranches, permitindo a diversificação da base de investidores, com destaque para a presença de investidores norte-americanos e europeus. Destaca-se também o interesse de investidores de longo prazo. Uma base diversificada garante aos títulos uma combinação mais apropriada de liquidez e performance.
Figura 1 – Distribuição Geográfica dos Livros de Ordem do GLOBAL 2031 e do GLOBAL 2050
Figura 2 – Tipo de Investidor nos Livros de Ordem do GLOBAL 2031 e do GLOBAL 2050
Co ordenação-Geral de Operações da Dívida Pública – CODIP
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