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Agência DBRS eleva nota de crédito do Brasil para BB
A agência de classificação de risco DBRS Morningstar elevou a nota de crédito do Brasil de BB(low) para BB, com tendência estável. Em sua decisão, a agência explicita a perspectiva de declínio nos riscos fiscais do país, destacando os esforços de reformas que contribuirão para a melhora nos resultados primários nas contas públicas no período 2023-2026.
A DBRS destaca em seu relatório duas ações que contribuem para a redução de riscos no campo fiscal. Primeiro, as medidas implementadas para incrementar as receitas públicas. Em segundo, o novo arcabouço fiscal, que disciplinará a trajetória fiscal no médio prazo e levará as contas públicas para um resultado primário de 1% do PIB em 2026.
A agência destacou, ainda, fatores institucionais positivos, como a credibilidade do regime de metas de inflação e um sistema bancário bem capitalizado e com ampla liquidez e baixa exposição à moeda externa, sendo estes elementos que permitem ao país mitigar impactos de choques. Além disso, o Brasil tem forte posição nas contas externas e reservas internacionais da ordem de 17% do PIB. Por fim, a agência aponta para a perspectiva de crescimento potencial do PIB real em torno de 2%, mas reconhece que o impacto de reformas microeconômicas realizadas em períodos recentes poderia alavancar o investimento e a produtividade e resultar em melhores taxas de crescimento econômico. Para a agência, a reforma de impostos sobre valor adicionado, que está em curso no Congresso Nacional, trará terá um efeito positivo para o crescimento, ao trazer ganhos de eficiência para o país.
É a segunda agência a melhorar a avaliação de risco do país neste ano, após o anúncio da Fitch, que elevou a nota do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável, em 26 de julho de 2023. Vale lembrar que a agência S&P reavaliou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva em 14 de junho de 2023.
Para o Ministério da Fazenda, esses movimentos das agências de classificação de risco demonstram suas percepções de melhora nas condições fiscais e econômicas e o reconhecimento de que as medidas e reformas em curso no país estão no caminho certo.