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A necessidade líquida de financiamento do Governo Geral (Governo Central, Estados e Municípios) alcançou 2,0% do PIB em 2021
A necessidade líquida de financiamento do Governo Geral (Governo Central, Estados e Municípios) alcançou 2,0% do PIB em 2021, ante 12,1% do PIB registrado em 2020. Essa melhora é explicada pelo aumento nominal de 26,4% da receita em relação ao ano anterior combinado com um aumento de apenas 0,9% da despesa no mesmo período. Esses dados estão no Boletim de Estatísticas Fiscais do Governo Geral do 4º trimestre de 2021 publicado hoje pelo Tesouro Nacional.
Em porcentagem do PIB, o total da receita do Governo Geral subiu de 38,7% em 2020 para 42,0% em 2021. Esse aumento de 3,3 p.p. do PIB é resultado da recuperação após a queda da atividade econômica e os esforços fiscais implementados em 2020 para enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-19. Esse patamar de 42% é bem próximo do patamar de 2019, quando a receita foi equivalente à 41,8% do PIB.
Em relação a despesas, houve uma redução da despesa total (Gastos + Investimento Líquido) do Governo Geral de 2020 para 2021, ao passar de 50,8% do PIB para 44,1% do PIB. Os gastos (Consumo de capital fixo + juros) passaram de 51,0% do PIB em 2020 para 44,4% do PIB em 2021. Já o investimento líquido partiu de um valor negativo de 0,2% do PIB para um valor negativo de 0,4% do PIB. A redução dos gastos com benefícios sociais (15,7% em termos nominais) foi o fator que mais contribuiu para esse resultado.
O Boletim de Estatísticas Fiscais do Governo Geral apresenta estatísticas das três esferas de governo – Governo Central, Estados e Municípios – consolidadas no setor Governo Geral, apuradas pelo regime de competência.
A publicação faz parte do esforço do Tesouro Nacional de convergência às melhores práticas internacionais de transparência fiscal e antecipa o cumprimento de recomendação do G-20 acerca da disseminação de dados fiscais.