Estratégia do mercado primário
O arcabouço de planejamento estratégico da Dívida Pública Federal (DPF) está estruturado em três etapas. Na primeira discute-se qual é o perfil desejado para a dívida no longo prazo (benchmark). A seguir, há que se atentar para o horizonte de médio prazo e avaliar as oportunidades, as restrições e os desafios para se alcançar a estrutura almejada de dívida. O principal debate, nesse caso, diz respeito à velocidade do processo de convergência para o benchmark. Por último, define-se a estratégia de curto prazo (um ano) que constitui exatamente o objeto do Plano Anual de Financiamento (PAF).
Em cada momento, são observadas as condições de mercado para a colocação de tais títulos para escolher dentre as alternativas mais apropriadas. Em contextos de maior volatilidade e aperto das condições monetárias podem existir trade-offs que impeçam o Tesouro Nacional de avançar simultaneamente em todas as diretrizes e dimensões da referência de longo prazo. Entretanto, em um horizonte temporal mais amplo espera-se caminhar rumo ao balanço de custos e riscos apontado pelo benchmark.
Nesse sentido, a elaboração do PAF leva em conta o objetivo e as diretrizes da DPF, os cenários macroeconômicos, a estimativa de necessidade de financiamento do Governo Federal e diferentes estratégias de emissão dos títulos da dívida pública.
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