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FNE Coopera atenderá cooperativas de forma inédita em 2025
Podem ser atendidas cooperativas com, no mínimo, 24 meses de funcionamento na atividade. Foto: Ematerce / Divulgação
Recife (PE) – As cooperativas de produção terão uma linha específica de financiamento do FNE a partir de 2025. A iniciativa faz parte da estratégia do Governo Federal de democratização do acesso ao crédito e foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da Sudene, responsável por estabelecer as diretrizes, prioridades e o plano de aplicação de recursos do fundo, orçado em R$ 47,2 bilhões para o próximo ano. O objetivo é proporcionar condições diferenciadas a esse segmento.
No entendimento do colegiado maior da Sudene, as cooperativas fortalecem a economia local ao possibilitar que pequenos e médios produtores tenham acesso a mercados e consigam operar de maneira organizada. A criação de condições especiais de financiamento, de acordo com o Conselho, apoia diretamente o fortalecimento de atividades produtivas essenciais e contribui para a inclusão de segmentos prioritários, em linha com as diretrizes dos Fundos Constitucionais.
“Reafirmamos o nosso compromisso de atuar no desenvolvimento socioeconômico, com o olhar para os micro, mini e pequenos empreendedores”, afirma o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. O gestor comentou que a demanda foi identificada a partir da reabertura do diálogo com os setores produtivos da área de atuação da Autarquia, oportunidade na qual representantes do movimento cooperativista externaram as dificuldades de acesso ao crédito.
O FNE Coopera será operacionalizado pelo Banco do Nordeste. Os recursos estarão disponíveis para o financiamento de cooperativas que tenham, no mínimo, 24 meses de funcionamento na atividade e certificação em gestão. Os prazos totais chegam até 12 anos (incluindo até quatro anos de carência), período que pode ser maior dependendo da atividade econômica característica dos empreendimentos cooperados.
Os limites para custeio e capital de giro associado serão limitados a até 40% do investimento total. Haverá também possibilidade de financiamento aos cooperados (cota-parte a ser definidos pelo Banco Operador) e diretamente às cooperavas e os encargos financeiros, no caso do setor rural, equivalentes aos concedidos ao financiamento de projetos para inovação tecnológica nas propriedades rurais.
Vale destacar que as cooperativas já podem ser atendidas pelas demais linhas de crédito existentes, especialmente no setor rural. “Mas a explicitação de linha de crédito específica a esse público, a exemplo do estabelecido às mulheres empreendedoras, com o FNE Mulher, busca dar prioridade a esse tipo de oferta de crédito”, explica Danilo Cabral.
Por Andrea Pinheiro