Notícias
Superintendente interino da Sudene, Ricardo Barros traça diretrizes de gestão
Foto: Társio Alves (acervo Ascom / Sudene).
Com a saída do ex-superintendente João Paulo Lima e Silva, exonerado a pedido em 11 de maio, o comando da Sudene passou a ser exercido pelo Diretor de Gestão de Fundos e Incentivos e de Atração de Investimentos (DFIN) da autarquia, Ricardo Andrade Bezerra Barros. Formado pela Faculdade de Direito do Recife (UFPE), o novo líder da autarquia é procurador federal, tendo atuado pela própria Sudene após ter sido aprovado em concurso público em 1999.
Barros retornou à autarquia em setembro do ano passado como diretor DFIN, área responsável, entre outras ações, pela gestão e avaliação dos Fundos de Desenvolvimento e Constitucional do Nordeste (FDNE e FNE), além da análise e emissão de pareceres relacionados à concessão de benefícios e incentivos fiscais e financeiros.
Foco no planejamento
Como superintendente interino, o procurador pretende dar continuidade às ações de planejamento que já estão em curso na Sudene, dando atenção sobretudo à produção do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), “instrumento de gestão fundamental para o cumprimento da missão da Sudene em estimular o crescimento da região”. Além disso, Barros quer articular, com o Ministério da Integração Nacional, a retomada da reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel) para debater pautas estratégicas junto a ministros, governadores dos estados da área de atuação da autarquia e representantes de classes empresariais e trabalhadores. Uma das questões importantes a ser deliberada é a reformulação dos limites de aplicação do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), com o objetivo de facilitar o acesso de projetos de menor porte a este instrumento. Atualmente, os empreendimentos que desejam pleitear recursos através do fundo precisam ter investimentos totais projetados de, no mínimo, 50 milhões de reais.
Resgatar o papel de órgão de planejamento para o Nordeste também é uma das bandeiras defendidas pelo atual superintendente interno da Sudene. Para tanto, Ricardo Barros propõe maior aproximação com as secretarias de planejamento e federações das indústrias em cada um dos estados que compõem a área de atuação da autarquia. O estabelecimento de parcerias e intercâmbio de informações deverá ser intensificado junto às universidades a fim de estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre aspectos naturais, econômicos e sociais do Nordeste. Segundo o superintendente, a academia pode oferecer “instrumentos valiosos para inovar na elaboração das políticas públicas da região”.
Recuperação do edifício Sudene
O superintendente também destaca sua atenção às ações de recuperação do edifício Sudene para atender as determinações de segurança expedidas em agosto do ano passado por decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 5ª região,. As atividades de reestruturação englobam, entre outras providências, a observação às normas de proteção contra incêndio, inspeção de instalações elétricas e hidráulicas e a verificação de elementos estruturais do edifício.
Ricardo Barros enxerga a recuperação do prédio da Sudene como ação estratégica neste momento de reestruturação da economia. “Trabalhar pela reforma do edifício fará com que, no futuro, tenhamos mais espaço disponível. Isso significa que a união poderá trabalhar na ocupação destas instalações por outros órgãos da administração pública, economizando despesas com aluguel de imóveis, por exemplo”, avaliou.
Atividades em curso
Desde que assumiu o cargo máximo da Sudene, Barros já coordenou três reuniões da Diretoria Colegiada da autarquia, encontros em diretores e coordenadores decidem, em conjunto, assuntos pertinentes ao trabalho da Sudene. Entre as questões que compõem as pautas estão a concessão de benefícios fiscais a empresas, a participação do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste em projetos na área de atuação da Sudene e ações de planejamento de programas de apoio à capacitação técnica da força produtiva da região.