Sudene toma posse no conselho deliberativo do Sebrae Bahia e apresenta ações da autarquia no estado

Salvador (BA) – A Sudene agora ocupa assento no Conselho Deliberativo da unidade baiana do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A posse do superintendente da autarquia, general Araújo lima, ocorreu nesta terça-feira (31) em Salvador.

No ato de sua posse, o general Araújo Lima disse estar honrado e satisfeito em contribuir com as ações e decisões do Sebrae Bahia pelo estímulo ao empreendedorismo e à qualificação da atuação da classe empresarial. “O Senhor não vem para somar, mas sim multiplicar nossos esforços”, disse o presidente do Conselho Estadual do Sebrae Bahia, Carlos de Souza Andrade.

“A força do setor empreendedor da Bahia é parte fundamental do nosso esforço pelo desenvolvimento do Nordeste. Estreitar os laços com o Sebrae Bahia é uma oportunidade ímpar de estarmos mais próximos especialmente das pequenas empresas, contribuindo para a sua longevidade e melhoria da qualidade dos seus produtos e serviços”, destacou o dirigente máximo da Sudene.

O Conselho Deliberativo é a instância máxima de gestão do Sebrae. Cabe ao colegiado, entre outras responsabilidades, eleger seus representantes e os ocupantes dos cargos de direção da instituição; homologar planos diretores e aprovar de políticas, diretrizes e prioridades de aplicação dos recursos da instituição.

Além de compor a gestão do Sebrae Bahia, a Sudene também participa dos conselhos deliberativos das unidades de Alagoas e Paraíba. Atualmente, o Sebrae é parceiro da superintendência em iniciativas como o Projeto de Desenvolvimento Federativo e o G52, que promovem a interiorização do desenvolvimento regional a partir da identificação das vocações econômicas das regiões intermediárias que compõe a área da Sudene.

Sudene no Sebrae Bahia

Superintendente Araújo Lima (à esquerda na mesa). Foto: Sebrae Bahia.

Ações da Sudene na Bahia

Durante o encontro, o superintendente Araújo Lima destacou diversas propostas da Sudene para a promoção do desenvolvimento regional na Bahia. Uma delas, o G52, foi citada pelo gestor como uma iniciativa que evidencia a capacidade empreendedora de 52 cidades intermediárias mapeadas pela autarquia para promover atração de projetos e investimentos para os municípios na área de influência destes polos de desenvolvimento. Os representantes da Bahia no projeto são Barreiras, Feira de Santana, Guanabmbi, Ilhéus, Irecê, Itabuna, Juazeiro, Paulo Afonso, Salvador, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista.

Outra ação da Sudene apresentada pelo superintendente foi o Projeto de Desenvolvimento Federativo. O programa selecionou municípios que apresentam índices socioeconômicos alarmantes e menor organização das suas estruturas produtivas locais. Estas cidades são organizadas em células de desenvolvimento federativo para receber apoios em áreas como gestão pública, empreendedorismo e projetos. Na Bahia, os municípios de Andorinha, Jaguarari, Juazeiro, Pilão Arcado, Sobradinho e Umburanas compõem este grupo inicial que será o foco da Sudene.

Araújo Lima também mencionou o desempenho dos instrumentos financeiros da Sudene como fator de atração de projetos para o estado da Bahia, a exemplo do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), além dos incentivos fiscais. O superintendente destacou que os empreendedores baianos já contrataram, até abril deste ano, pouco mais de R$ 2 bilhões em recursos do FNE para fomentar, sobretudo, os pequenos e médios negócios. A carteira de projetos do FDNE e dos incentivos fiscais, ambos administrados pela Sudene, também apresentam números expressivos, segundo Araújo Lima: o primeiro conta com 17 projetos na Bahia, com R$ 1,7 bilhão em volume contratado pelas empresas para instalação de empreendimentos no estado. Já os incentivos fiscais foram responsáveis pela atração de pouco mais de R$ 5 bilhões em investimentos realizados por 99 empresas em projetos na Bahia.

Outros projetos, como o NE 4.0, a formação de agentes de saúde digital e o Sigmapas também foram destacados pelo general Araújo Lima. “Queremos incorporar em nossas estratégias a experiência do Sebrae. Ela será fundamental para que possamos, entre outras ações, estimular a capacitação de pequenos e médios produtores, além da certificação de produtos regionais”, concluiu o superintendente.

Por Agnelo Câmara