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Sudene quer financiar projetos de médio e pequeno porte

Foto: Társio Alves (Sudene)
O Superintendente da Sudene, João Paulo Lima e Silva, recebeu, na manhã desta quinta-feira (15/10), o chefe do Departamento Nordeste do BNDES, Paulo Guimarães. A reunião teve como objetivo encontrar formas de financiar projetos nas áreas mais pobres da região, especialmente no semiárido nordestino.
Hoje, os projetos financiados pela Sudene, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), precisam ter um investimento mínimo de R$ 50 milhões, valor nem sempre condizente com a realidade de empresas de médio e pequeno porte. “Sabemos que é extremamente importante apoiar as grandes empresas e os projetos estruturadores. Eles têm um efeito multiplicador enorme, geram emprego e renda, movimentam a economia, atraem outros investimentos. Porém, um projeto, mesmo que de menor porte em uma área estratégica, pode ter um impacto positivo enorme nesse lugar e melhorar na qualidade de vida do seu povo”, afirmou João Paulo, exemplificando o projeto da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) de implantação de cisternas nas casas e escolas de comunidades que vivem sem o amplo acesso à agua. “É um projeto importante, que muda a vida de muita gente. Mexe com a saúde, com a alimentação, sobrevivência, mas que, por enquanto, não se enquadra nos investimentos realizados pelo FDNE”.
O superintendente ressalta que o objetivo é encontrar um equilíbrio. “A meu ver, a Sudene pode, e deve, continuar financiando grandes obras, como o polo automotivo Jeep/Fiat que recebeu R$ 1,9 bilhão do FDNE, e, ao mesmo tempo, contribuir para fomentar projetos estratégicos de interesse social. Uma coisa não inviabiliza a outra”. E o Banco Nacional do Desenvolvimento pode ser um grande parceiro nesse novo caminho. “ O BNDES tem exercido um papel fundamental na atração de projetos para o Nordeste. Além de que Paulo Guimarães é um grande conhecedor da região, sensível à causa e pode apontar formas e soluções”. Uma agenda foi montada com novos encontros e a participação outros possíveis parceiros, incluindo os movimentos sociais, para pensar, articular e construir esse novo modelo de ação da Sudene.