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Sudene propõe criação da “Rede Palma”
Foto: Ascom/Sudene
A proposta é reunir diversos segmentos envolvidos nos processos produtivos relativos à palma forrageira, fomentando o diálogo entre as instituições de desenvolvimento regional, universidades, pesquisadores e membros da iniciativa privada, com o objetivo de analisar cenários, propor ações e consolidar as potencialidades da palma no semiárido brasileiro. O encontro, comandado pelo superintendente da Sudene, Marcelo Neves, contou com a participação de representantes dos estados da área de atuação da Autarquia, apoiaram a criação da Rede
A palma forrageira é considerada estratégica para o semiárido devido à sua adaptabilidade ao ambiente e clima da Região, podendo ser uma saída para a alimentação animal nos períodos de estiagem. A Sudene vem promovendo reuniões com o objetivo de desenvolver uma cadeia produtiva da palma forrageira, que culminou na proposta de criação da Rede. Um desses encontros foi com o pesquisador Alberto Suassuna, que sugere a plantação da palma forrageira de forma adensada, potencializando o volume produzido e adicionando, posteriormente, por processo biotecnológico, valor nutritivo/proteico ao alimento que será destinado aos animais.
A ideia é consolidar as propostas debatidas e apresentá-las em forma de moção na próxima reunião do Conselho Deliberativo da Sudene. A Rede Palma deve ter uma estrutura aberta, podendo se expandir de forma ilimitada. O engenheiro agrônomo da Sudene, Aíldo Oliveira, fez uma apresentação sobre a Rede e destacou que caberá à Superintendência a responsabilidade de secretariar, destinar um espaço sobre o assunto em seu site (já efetivado, mas ainda será ampliado), ser uma espécie de repositório de informações, além das ações orçamentárias. A Sudene também fará o trabalho de articulação entre os participantes da Rede. Os outros membros atuarão de acordo com a sua natureza institucional (pesquisa e desenvolvimento tecnológico, fomento, extensão, articulação, etc).
Foto: Ascom/Sudene
Na reunião de ontem, o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco, Pio Guerra, e o secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas, Álvaro Vasconcelos, ressaltaram a importância do suporte financeiro para viabilizar os projetos voltados para a ampliação da utilização da palma forrageira. Segundo Marcelo Neves, a Rede também vai trabalhar com esse enfoque e o “FNE pode ser a principal fonte para fomentar a cultura da palma”.
O encontro foi prestigiado por representantes do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da Paraíba (SEDAP), Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (FAEPE), Sebrae, secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas (SEAGRI), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do RN (FETARN) e Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).
SAIBA MAIS
Entre os aspectos que justificam a criação da Rede Palma, a Sudene destaca os seguintes:
A pecuária representa uma das mais importantes atividades para os agricultores familiares do semiárido brasileiro e é um dos principais fatores para a garantia da segurança alimentar das famílias rurais e geração de emprego e renda na região;
Devido a grande variação na oferta de forragens nos períodos de chuva e de seca, e a limitada área dos estabelecimentos rurais, o desempenho produtivo dos rebanhos é baixo, principalmente em função da redução de alimentos no período seco;
A utilização de forrageiras adaptadas ao Semiárido como a palma forrageira, capim-buffel, leucena, gliricídia, maniçoba, algaroba, melancia forrageira, dentre outras, incrementa a produção pecuária no semiárido brasileiro;
Mesmo a palma forrageira sendo reconhecida como estratégica para a produção pecuária no Semiárido, muitos desafios e gargalos ainda precisam ser superados para alavancar a produção.
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