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Sudene participa de missão à Espanha para atrair investimentos para o NE
O superintendente da Sudene, Luiz Gonzaga Paes Landim, a convite do Governo Espanhol, está organizando, para o início de abril, uma missão à Espanha, que terá como foco a atração de investimentos para o Nordeste do Brasil. Serão realizados encontros com autoridades do governo e empresários, quando serão apresentadas as potencialidades econômicas da Região.
Entre as instituições a serem visitadas pela comitiva estão o Ministério de Fomento, Administração de Infraestruturas Ferroviárias (ADF), Empresa de Engenharia (INECO) e Operadora do Sistema Ferroviário, que são órgãos do Governo Espanhol, além da Embaixada dos Emirados Árabes na Espanha.
Geração de Energia através de resíduos sólidos
A agenda da viagem conta, ainda, com uma visita à Usina de Tratamento de Resíduos Sólidos da Ebioss Energy, instalada na Cidade Real, que assinou acordo com a empresa Zennitau Holdings assumindo o compromisso de investir 200 milhões de euros no Nordeste do Brasil, nos próximos cinco anos, com o objetivo de gerar energia renovável a partir do lixo. Para isso, a empresa tem interesse em contar com o apoio da Sudene.
A Ebioss Energy já conta com usinas desse tipo em vários países da Europa, como França, Alemanha, Itália, Bulgária (além da própria Espanha), na Índia e no Egito. Além do Brasil, ela vai investir também nos Estados Unidos, países nos quais serão produzidos, também, adubos para a agricultura a partir de resíduos sólidos. O presidente da Ebioss, Oscar Leiva, diz que geração de energia limpa através de resíduos sólidos é a grande alternativa para o desenvolvimento dos países, já que as matérias-primas tradicionalmente usadas são finitas e causam grandes impactos ao meio ambiente. "Com essas tecnologias, a Europa quer transformar suas cidades em cidades inteligentes e com menos geração de emissões de CO2 (comuns nas usinas tradicionais de energia)", ressalta o executivo.
Segundo Paes Landim, "o Nordeste tem carência de chuvas, tem um potencial agrícola formidável e um baixo desenvolvimento econômico. Uma usina que gera energia e produz adubo através do lixo seria uma transformadora de nossa realidade, visto que a geração de empregos aconteceria desde a coleta de lixo, passando pela reciclagem e a transformação. Temos todo o interesse em financiar até 60% do investimento da empresa". O financiamento poderá ser feito através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
O interesse da empresa em investir no Nordeste é decorrente da atual estabilidade político-econômica do Brasil, além da fato de que os nove estados da região geram grande quantidade de resíduos que não é aproveitada. Outro ponto que atraiu a atenção da empresa foi o enorme mercado agrícola da região, que utiliza adubos de outras regiões. Com a implantação de usinas de transformação de lixo em adubos, os agricultores comprarão o material direto da fábrica nos próprios municípios e estados, levando a uma redução nos custos. Para Leiva, todos teriam a ganhar com a implantação dessa tecnologia. "A região Nordeste produz resíduos sólidos urbanos e resíduos agroindustriais, como madeira, palha, bagaço de cana, cascas de nozes. Estes resíduos poluem a atmosfera e com a nossa tecnologia evitamos a contaminação e as cidades podem se tornar autos suficientes em energia", comenta. Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas, em 2020, 17% da energia global será produzida através de resíduos orgânicos.
Os primeiros contatos da Ebioss com o Brasil se deram por meio da Zennitau Holdings e Participações, empresa brasileira que administra participações de capitais de empresas do grupo Zennitau Holdings & Inversiones en Infraesctruturas. A Zennitau holdings será o parceiro estratégico que definirá os acordos com Estados do Nordeste para a implantação de Usinas de Tratamento de Resíduos Sólidos por Gaseificação e na distribuição dos investimentos na região Nordeste, que somam cerca de 200 milhões de euros. A Zennitau, que apresentou o projeto a Sudene, acredita que a implantação das usinas terá um impacto inédito na economia da região, como aumento do PIB dos estados, autosuficiência energética e geração de empregos. Outro impacto social e ambiental importante é o aproveitamento dos resíduos sólidos e do lixo, um problema mundial, visto que a sua produção cresce numa rapidez maior que a capacidade das cidades de construírem aterros sanitários. Assim, a transformação do lixo em energia resolveria esse problema.
Dependendo dos acordos acertados na viagem de abril, a Ebioss tem interesse em instalar a primeira usina do Nordeste, que deverá estar funcionando até no final de 2014. "O Piauí tem demonstrado muito interesse e pode ser a sede da primeira fábrica no país", afirma Oscar Leiva, da Ebioss. A construção de uma usina demora, em média, 18 meses.
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