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Sudene participa de encontros com empresários em Pernambuco e no Ceará

O superintendente destacou que os empreendimentos contemplados com incentivos fiscais investiram R$ R$ 38,3 bilhões no Ceará entre janeiro de 2013 e abril de 2022. Foto: Marília Camelo
O gestor participou hoje (09), no Ceará, do painel “Importância da Continuidade dos Incentivos Fiscais de Redução e Reinvestimento do IRPJ e Adicionais nas áreas de atuação da Sudene e da Sudam”, durante o evento “Conhecendo a Indústria do Ceará”. O tema da apresentação do superintendente foi “A Sudene e a indústria, juntas na redução dos desníveis sociais do povo nordestino”. Em relação aos incentivos fiscais administrados pela Sudene e responsáveis pela atração de investimentos nos estados de abrangência da Autarquia, Araújo Lima divulgou os pleitos aprovados no Ceará entre janeiro de 2013 e abril de 2022. São 62 municípios cearenses que vêm contando com os incentivos nesse período, somando 525 pleitos aprovados.
Os empreendimentos contemplados investiram R$ R$ 38,3 bilhões nas localidades onde estão implantados. “A maior parte desses investimentos foi realizada por empreendimentos na área da Infraestrutura (R$ 18,8 bilhões), sendo R$ 14,9 bilhões em energia elétrica, vindo a seguir as indústrias do setor de siderurgia, minerais e metalurgia, com investimentos de R$ 14,6 bilhões”, destacou.
Sobre o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o general Araújo Lima informou que em 2021 a divisão de recursos contemplou os setores agrícola (R$ 144.450.822,48), pecuária (R$ 483.778.572,36), agroindústria (R$ 18.338.297,52), indústria (R$ 364.919.875,60), comércio e serviços (R$ 812.065.372,67), turismo (R$ 158.580.979,23), infraestrutura (R$ 563.118.028,49) e pessoa física (R$ 23.594.258,37). Para este ano, o orçamento do FNE em toda a área de atuação da Sudene é superior a 26 bilhões. Já o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) destinou ao estado, entre 2007 e 2022, R$ 422,9 milhões para projetos de energia solar e cerca de R$ 1 bilhão para projetos de energia eólica.
Entre os projetos em andamento e que contemplam o Ceará estão o Programa de Revitalização da Indústria Nordestina; Programa de Desenvolvimento e Aceleração de Empreendimentos Rurais no Semiárido Brasileiro Pós Pandemia de COVID-19; Estruturação de Centro de Tecnologia, Pesquisa e Inovação de Pescado Sustentável para o Semiárido através de um programa de qualificação técnica permanente para pescadores, piscicultores, jovens e produtores rurais, localizado no município de Maranguape/CE; Formação em Saúde Digital para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Controle de Endemias (ACE) +Gestão Municipal para capacitação de servidores municipais; Programa Qualificar - Um projeto de Aquicultura Social e Economicamente Sustentável no Município de Maranguape/CE; Mandiocultura no município de Salitre/CE; e Formação em Energia Fotovoltaica – Geração de Renda e Desenvolvimento do Setor de Energias Renováveis no Cariri. Eles contam com repasses da Sudene no valor de R$ 4,8 milhões.
O evento na FIEC foi marcado, ainda, pela assinatura de um memorando de entendimento para constituir uma força tarefa destinada a aprofundar as discussões sobre o fim da vigência dos incentivos fiscais às regiões do Norte e Nordeste, previsto para o dia 31 de dezembro de 2023, além de elaborar medidas legislativas necessárias à renovação desses incentivos. O memorando foi assinado pela Sudene, Sudam, BNB, Basa e Federações das Indústrias do norte e Nordeste.
O apoio da Sudene à indústria também foi tema de uma apresentação do general Araújo Lima no II Encontro de Empresários do Brasil, realizado no dia 8, em Recife (PE), pela Associação de Empresários do Brasil (AEBR). O encontro teve o objetivo de compartilhar experiências e motivar o empreendedor na busca de melhores resultados. O superintendente da Sudene, general Araújo Lima, falou sobre o principais projetos e instrumentos de ação da Autarquia. Foi destacada a distribuição de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) em Pernambuco, contemplando, em 2021, os setores agrícolas (R$ 300.989.629), pecuária (R$ 509.214.290), agroindústria (R$ 124.571.917), indústria (R$ 219.290.253), comércio e serviços (R$ 902.083.645), turismo (R$ 38.507.039), infraestrutura (R$ 508.907.094) e pessoa física (15.361.163).
As contratações do FDNE no estado por setor, entre 2007 e 2022, foram de R$ 415,5 milhões e cerca de R$ 2 bilhões para saneamento e indústria automotiva, respectivamente. Ainda de acordo com o superintendente, “nos 59 municípios que possuem empresas incentivadas foram aprovados 554 pleitos de 2013 até abril de 2022, com investimentos registrados da ordem de R$ 57,3 bilhões, em valores históricos”. Os projetos em execução no estado destacados pelo gestor são Zoneamento das Áreas Vulneráveis à Desertificação do Estado de Pernambuco; Plataforma Digital, constituída de um Datacenter para desenvolvimento de soluções em computação em nuvem; Programa de Capacitação para Consolidação de Novas Tecnologias de Computação (Nuvem); PE4.0 – Programa de Revitalização da Indústria Pernambucana; Fortalecimento da rede de inovação de polos da Rota do Cordeiro no Nordeste brasileiro por meio da inovação tecnológica; Programa de Desenvolvimento e Aceleração de Empreendimentos Rurais no Semiárido Brasileiro Pós Pandemia de COVID-19; Formação em Saúde Digital para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Controle de Endemias (ACE) +Gestão Municipal para capacitação de servidores municipais; e Implantação da Central de Qualidade do Leite e Produtos Lácteos Caprinos. Os repasses da Sudene para esses projetos são de R$ 4,3 milhões.
Por Carla Pimentel