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Sustentabilidade
Sudene participa da elaboração do Plano de Combate à Desertificação
A Sudene participa dos grupos de trabalho sobre "Governança e Fortalecimento Institucional" e "Gestão da Informação, Pesquisa e Inovação" Foto: Divulgação
Serra Talhada (PE) – Termina hoje (19), no sertão pernambucano, o Seminário Estadual de Atualização do 2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. A Sudene está sendo representada pelo coordenador de Desenvolvimento Territorial, Infraestrutura e Meio Ambiente da Sudene, o economista José Farias, que colabora nas discussões técnicas e na perspectiva de redução das desigualdades regionais e sustentabilidade ambiental das iniciativas institucionais. Ele destaca que a Superintendência vai firmar parceria com o Ministério do Meio Ambiente para a construção dos Planos de Ação Estaduais, além de trabalhar em conjunto com outras instituições, como a Univasf e tribunais de contas dos estados.
“Fomos convidados a participar do processo de elaboração do Plano de Ação, diante da importância da Sudene para o tema desertificação, na perspectiva da política de convivência com o Semiárido. O processo de desertificação já é um fenômeno nacional, mas está muito mais presente no Nordeste e na área de atuação da Sudene”, destaca José Farias. A discussão já foi realizada nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. E estão programados mais 10 eventos, abrangendo todos os estados do Nordeste e área mineira da Sudene, além da realização de encontros para cada macrorregião. O próximo seminário será em Paulo Afonso (BA), nos dias 8 e 9 de abril. Em junho, deverá acontecer o Seminário Nacional, com o lançamento do Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
Lançado pela primeira vez em 2005, o plano de ação busca especificar o papel do Governo, das comunidades locais e dos detentores de terra, além de determinar quais os recursos disponíveis e quais os necessários para combater a desertificação. Contando com a participação de especialistas, gestores públicos e representantes de organizações não governamentais, a nova versão do PAB vai definir as principais zonas suscetíveis à desertificação, estabelecendo prioridades para ações públicas e privadas para combater a desertificação e mitigar os efeitos das secas.
O evento em Serra Talhada conta com salas temáticas e rodas de diálogo, voltadas para o compartilhamento de experiências no combate à desertificação e mitigação aos efeitos da seca. Foram formados grupos de trabalho sobre os eixos propostos para o PAB 2024-2044 – Governança e Fortalecimento Institucional (Eixo 1), Gestão da Informação, Pesquisa e Inovação (Eixo 2), Melhoria das Condições de Vida da População Afetada (Eixo 3), Gestão Sustentável para Neutralização da Degradação da Terra (Eixo 4) e Mitigação dos Efeitos da Seca (Eixo 5). A Sudene participa dos grupos 1 e 2, que, entre outros temas, estão abordando os arranjos constitucionais, inserção da sociedade, fortalecimento dos mecanismos de governança que possibilitem articulação com múltiplos atores e a utilização dos conhecimentos acadêmicos, da pesquisa e da inovação na construção de novos processos tecnológicos que melhorem a relação da sociedade com o meio ambiente.
Por Carla Pimentel