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Sudene marca presença no lançamento do Programa Embrapa Mandioca, realizado em Salitre (CE)
Um dos objetivos do programa é diversificar a produção, ampliando a oferta de bens com maior valor agregado. Foto: divulgação.
O diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Autarquia, Raimundo Gomes de Matos, participou do evento, realizado na terça-feira (08), na Câmara Municipal do município. A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste descentralizou R$ 210 mil para, em parceria com a Embrapa Semiárido - localizada em Petrolina (PE) - indicar genótipos de mandioca que sejam mais produtivos e com alta capacidade de adaptação aos ambientes de Serra e Chapada, localizados no município cearense. O projeto, segundo Raimundo Gomes de Matos, vai ampliar as ações da Sudene de interiorização do desenvolvimento e fortalecer o apoio à cadeia produtiva da mandioca e ao associativismo, especialmente através das cooperativas.
Um dos objetivos do programa é diversificar a produção, ampliando a oferta de bens com maior valor agregado. As atividades propostas incluem identificação das principais doenças, pragas e viroses da cultura da mandioca, além da indicação de cultivares do vegetal que sejam tolerantes tanto a estes fatores quanto ao estresse hídrico. A multiplicação do material propagativo da raiz com potencial de utilização do semiárido e a transferência tecnológica para os produtores locais através de palestras técnicas são outras ações previstas no programa. Auxiliadora Coelho, chefe da Embrapa Semiárido, acredita que impulsionar a mandiocultura é um dos caminhos para fortalecer a economia regional. A ideia é “trabalhar em conjunto com os produtores, ampliando o conhecimento sobre a sua realidade e ajustando as opções tecnológicas à realidade local”, enfatizou.
De acordo com informações da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do município, foi montada uma equipe que irá prestar assistência técnica continuada aos mandiocultores, com o intuito de potencializar o setor produtivo local. Luzinete Andrade, titular da pasta, afirmou que o projeto vai contribuir para elevar a produtividade, proporcionar o manejo adequado do solo e a realização de um diagnóstico da cadeia produtiva da mandiocultura, “que é tão importante para o desenvolvimento econômico do nosso município”. Ela Informou que o município de Salitre conta com 170 casas de farinha mecanizadas, “sendo que, as mais modernas estão localizadas na sede do município, empregando assim, de forma direta, mais de 1.500 famílias nas agroindústrias, fazendo o beneficiamento da raiz de mandioca, produzindo farinha, goma e casca”.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Salitre conta com seis mil famílias de agricultores trabalhando com o cultivo de mandioca. A farinha de mandioca do município é comercializada para Fortaleza, Pará e Rio Grande do Norte. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram produzidas pouco mais de 641 mil toneladas de mandioca no Ceará em 2020, gerando R$ 245 milhões em valor de produção.
Por Carla Pimentel