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Mudanças climáticas
Sudene leva o Inova Palma para o I SEMPAS - Seminário sobre Produção Animal no Semiárido: Agrossistemas Resilientes

Engenheiro agrônomo José Aíldo, da Sudene, destacou a importância do fortalecimento da cadeia produtiva da palma forrageira. Foto: Insa/MCTI
Campina Grande (PB) – O fortalecimento da cadeia produtiva da palma forrageira foi destaque durante o seminário sobre Produção Animal no Semiárido: Agrossistemas Resilientes (Insa/MCTI), realizado neste município paraibano, com objetivo debater os impactos das mudanças climáticas na produção animal, apontando estratégias para a conservação da biodiversidade. A Sudene participou do evento apresentando o programa Inova Palma, voltado para a estruturação do fomento e apoio a pesquisa e desenvolvimento de ações envolvendo a folhagem.
Durante o evento, o engenheiro agrônomo e servidor da Sudene, Aíldo Sabino, apontou o caráter inovador do Inova Palma, salientando que a iniciativa faz parte da Rede Palma, que já existe há cerca de oito anos. “Essa questão das mudanças climáticas, apesar de ser antiga, vem tomando uma proporção cada vez maior durante os últimos cinco anos. O ano passado já foi ruim e 2024 é considerado o pior ano de que se tem registro para o planeta. Iniciativas como a do SEMPAS são uma ferramenta importante para tentar mitigar os impactos no clima e a Sudene está na vanguarda, buscando soluções de enfrentamento à essas mudanças”, afirmou.
A Rede Palma busca fortalecer o diálogo entre instituições de desenvolvimento regional, universidades, pesquisadores e membros da iniciativa privada, para assim fomentar o debate sobre a cultura da palma forrageira como ativo social e econômico na região do semiárido. A partir dessa rede, foi criado o Inova Palma que dispõe de R$ 7 milhões para investimento em pesquisas e no fortalecimento da produção da palma forrageira nos 11 estados da área de atuação da Sudene.
O representante do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Tiago Gonçalves, listou algumas destas cadeias produtivas que correm risco com as mudanças climáticas e destacou a busca incessante por agrossistemas resilientes, que são sistemas capazes de resistir aos avanços do clima. “É preciso fortalecer a nossa resiliência territorial, alavancando sistemas de produção de forma sustentável e inovadora, para assim mitigar os efeitos das mudanças climáticas”, disse. A palma forrageira, por exemplo, é uma espécie de cacto, é amplamente utilizada na alimentação do gado na região semiárida devido à sua resistência à seca e à capacidade de armazenar água.
O seminário foi realizado pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI), instituição federal de pesquisa ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e contou com uma extensa programação com palestras de especialistas e painéis com pesquisas recentes de estudantes e professores acadêmicos. Os temas abordados foram desde inovações na nutrição, melhoramento genético, bem-estar animal, estratégias de sustentabilidade hídrica e forrageira com aplicações práticas na agricultura familiar, dentre outros temas ligados à sustentabilidade.
Por Francisco Mota