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Sudene e UFPE debatem utilização de energia solar no Nordeste
É necessário dar atenção especial ao potencial do Brasil na geração de energia renovável, sobretudo a solar. O Nordeste, especialmente, apresenta condições favoráveis para dinamizar a oferta deste tipo de energia e torna-la estratégica para a economia da região. Essas e outras constatações foram debatidas durante palestra sobre o tema ocorrida ontem (04) pela manhã no auditório Juscelino Kubitschek, na Sudene. A exposição foi comandada pela Professora Dra. Elielza Moura, do Centro de Energias Renováveis da Universidade Federal de Pernambuco (CER – UFPE) e contou com a presença de técnicos e coordenadores das coordenações de Desenvolvimento Sustentável e Administração da autarquia. Um dos cases de sucesso apresentados foi a Usina Solar da Arena Pernambuco, visitada pela Sudene logo após o debate.
Durante sua palestra, a pesquisadora apresentou dados que ratificam a “riqueza solar”, destacando que o planejamento do Governo Federal é gerar, até 2018, cerca de 3,5 GW (gigawatt) deste tipo de energia na matriz nacional. Moura também salientou que duas iniciativas colaboraram para fomentar ainda mais a pesquisa e o desenvolvimento de projetos na área: a chamada nº 13/2011 e a Resolução Normativa 482/2012, ambos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A primeira, intitulada “Arranjos Técnicos e comerciais para inserção da geração solar fotovoltaica na matriz energética brasileira” objetiva, entre outros pontos, viabilizar economicamente a produção, instalação e monitoramento da geração solar fotovoltaica para injeção de energia elétrica nos sistemas de distribuição e/ou transmissão. A resolução normativa, por sua vez, estabeleceu as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuídas aos sistemas de distribuição de energia elétrica e o sistema de compensação de energia elétrica.
Ao abordar o estabelecimento de parcerias que colaborem para a dinamização da malha energética nacional, a professora salientou a importância da Sudene para “criar, fomentar e capacitar pessoas em vários níveis e em áreas de abrangência diferenciada”. Na opinião dela, um dos desafios a serem vencidos para aumentar a participação da energia solar na matriz brasileira é carência de mão de obra para atuar em fases estratégicas da implementação de unidades produtoras.
ARENA PERNAMBUCO
Após a palestra, uma comitiva da Sudene se deslocou à Arena Pernambuco para acompanhar de perto a operação da Usina Solar instalada naquela praça esportiva. Orientados pelo pesquisador da UFPE Francisco Uribe, membro da equipe técnica do Projeto Central Solar Fotovoltaica Arena Itaipava/PE, os profissionais receberam orientações técnicas sobre o funcionamento da usina. Ocupando uma área de 15 mil m², a central de energia tem potência nominal de 1 MW/p (megawatt pico), produzidos por meio de 3652 painéis solares compostos de módulos de silício monocristalino organizados em duas unidades geradoras. “A Arena tem uma grande demanda de energia. A usina fotovoltaica colabora para minimizar o consumo de forma limpa e eficiente”, afirmou Uribe.
A unidade solar da Arena Pernambuco é responsável por até 30% da energia consumida pelo estádio. A produção não utilizada é redistribuída para a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).