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Sudene e BNB avaliam execução do FNE 2020
Evaldo Cruz Neto e o presidente do BNB, Romildo Rolim, destacaram a atuação conjunta das instituições pelo aperfeiçoamento da gestão do FNE. Foto: Ascom (Sudene).
Mesmo com os efeitos da pandemia do novo coronavírus, o desempenho da execução de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste em 2020 (até 31 de julho) está superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Os dados foram apresentados hoje pelo Banco do Nordeste à Sudene durante encontro entre o superintendente Evaldo Cruz Neto e o presidente do BNB, Romildo Rolim.
“O encontro de hoje, além de uma prestação de contas dos desembolsos realizados pelo BNB no ano corrente, buscou alinhar as diretrizes e orientações gerais da aplicação financeira dos recursos do Fundo Constitucional. Também promovemos o realinhamento das ações e diretrizes então fixadas para o ano de 2020”, explicou o dirigente máximo da Sudene. A maior interlocução com o banco, defendida pelo gestor da autarquia, foi bem recebida pelo presidente Romildo Rolim. “A aproximação com a Sudene é fundamental para melhorar a gestão do fundo”, disse o líder da instituição bancária, durante a visita inédita.
De acordo com a instituição bancária, o percentual realizado sobre a programação padrão do FNE para 2020 (de R$ 17 bilhões, desconsiderando o setor de infraestrutura, FIES e a linha FNE Sol) atingiu 68,1% até 31 de julho deste ano, ante os 58,4% registrados no mesmo período do ano passado. No intervalo de análise do BNB, 59% dos recursos foram contratados por empresas de mini, micro, pequeno e pequeno-médio portes.
Considerando todo o montante do FNE para 2020 (R$ 25,3 bilhões), o BNB registrou, também até o último dia de julho, R$ 14,9 bilhões em contratações em todos os setores, incluindo infraestrutura e pessoa física. Um dos destaques do balanço é o desempenho das contratações ocorridas no semiárido, que somaram R$ 8 bilhões, ultrapassando a meta prevista pelo BNB de R$ 5,1 bilhões.
NOVA LINHA
Uma das propostas apresentadas pelo Banco do Nordeste à Sudene diz respeito à criação do FNE Saúde. O programa surgiu a partir da identificação das necessidades de mercado do setor surgidas em virtude da pandemia da Covid19, englobando os setores industrial e de prestação de serviços. A ideia é permitir o financiamento de obras, veículos automotores, aquisição de unidades industriais, aeronaves para o transporte de enfermos, estudos e projetos de engenharia, treinamento, capacitação e capital de giro associado. A medida precisa de aprovação pelo Conselho Deliberativo da Sudene.
A pauta do encontro deve apresentar, ainda, outros temas ligados à revisão das diretrizes e prioridades de aplicação dos recursos do fundo constitucional, incluindo os desafios do pós-pandemia e simplificação da concessão de crédito.