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Sudene e Banco do Nordeste se reúnem para debater ações estratégicas
Foi a primeira vez que superintendente Araújo Lima e o presidente José Gomes da Costa se reuniram para debater a gestão do FNE. Foto: Agnelo Câmara (Ascom Sudene).
A pauta focou nas perspectivas das duas instituições para este ano, alinhamento de procedimentos e planejamento em conjunto para buscar a redução dos desníveis sociais do Nordeste. Em sua apresentação, Araújo Lima destacou que deve ser dado tratamento preferencial às atividades produtivas de pequenos e miniprodutores rurais, além dos empreendimentos de pequeno porte. A Sudene também quer fortalecer o apoio a áreas dinâmicas e de baixa renda e estimular uma divisão mais uniforme dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) entre os setores contemplados.
Para alcançar os objetivos propostos pelas instituições, o superintendente da Sudene propõe que sejam utilizadas estratégias de interiorização, aproximação, acompanhamento e controle e integração de ações. Para levar desenvolvimento aos municípios, a ideia é buscar o contato direto com a administração local e, através de um sistema de georreferenciamento de projetos, ter uma visão geral das localidades que recebem investimentos e daquelas que precisam de uma maior atenção. Outro ponto considerado importante é a inserção das cooperativas na ligação com estados, pois a Sudene acredita que “estreitar laços com as cooperativas é um passo para acelerar a interiorização do desenvolvimento”, segundo Araújo Lima.
A estratégia de aproximação prevê a identificação das vocações de regiões desassistidas e das lacunas de financiamento e incentivos. A busca por soluções passa pela organização de eventos (feiras, workshop etc) e pelo emprego de cooperativas para conhecer e acompanhar os projetos. Serão estabelecidos sistemas de acompanhamento e de mapas atualizados de projetos. Estão previstos, ainda, ajustes nas diretrizes e orientações do Condel, presença da Sudene nos municípios polo e integração do sistema de Ouvidoria das duas instituições.
Para que as ações estejam integradas, a Sudene aposta no projeto de desenvolvimento federativo e alinhamento dos objetivos da Superintendência e do BNB, além da integração com as cooperativas e as rotas de desenvolvimento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Araújo Lima falou também da perspectiva de unir Sudene e Banco do Nordeste através da integração do Projeto de Desenvolvimento Federativo com o FNE Itinerante e o Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) do BNB. A ideia é apoiar projetos que utilizem a mão de obra local e biomas nordestinos, promovam a contrapartida para a Região, capacitem a comunidade e trabalhem integrados com as cooperativas.
A equipe do Banco do Nordeste destacou as ações e resultados da instituição e detalhou o Prodeter. Em 2021, o volume de financiamento do FNE chegou a R$ 25,9 bilhões em 651,03 mil operações. Os desembolsos do Crediamigo e do Agroamigo ficaram, respectivamente, em R$ 12,7 bilhões e R$ 3,4 bilhões. O Programa de Desenvolvimento Territorial conta com 169 territórios estabelecidos, 10.263 participantes, 825 municípios da área de atuação do BNB e cerca de 1.800 representantes de instituições parceiras. O Prodeter contribui com o desenvolvimento local e territorial por meio da organização, fortalecimento e elevação da competitividade das atividades econômicas da Região.
A reunião contou com a presença de diretores da Sudene (Raimundo Gomes de Matos e Sérgio Wanderley) e de representantes do Banco do Nordeste, entre eles Bruno Ricardo Pena de Souza (diretor de Planejamento), Irenaldo Rubens (superintendente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável em exercício, Pedro Ermírio de Almeida Freitas (superintendente estadual de Pernambuco) e Fabrizzio Leite Feitosa (chefe de Gabinete em exercício).
Por Carla Pimentel
Confira o vídeo da Sudene TV sobre o encontro entre as instituições: