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Desenvolvimento Local
Sudene apoia produção de mel orgânico no Norte de Minas Gerais
Um dos resultados do curso foi a ampliação no número de apicultores certificados, que pulou de cinco para 43. Foto: Divulgação
Bocaiúva (MG) – Projeto desenvolvido pela Sudene possibilitou a capacitação de apicultores do Norte de Minas Gerais, que faz parte de sua área de atuação, levando qualificação voltada para a produção de mel orgânico. A ação foi viabilizada por meio de emenda parlamentar e tem como publico-alvo os integrantes da Cooperativa de Apicultores do Norte de Minas Gerais (Coopemapi), localizada no município de Bocaiúva. Foi formalizado um Termo de Fomento e a Sudene repassou R$ 190 mil para o projeto.
Um dos resultados do curso foi a ampliação no número de apicultores certificados, que pulou de cinco para 43. Em visita realizada a Bocaiúva, o coordenador de Desenvolvimento Territorial, Infraestrutura e Meio Ambiente da Autarquia, José Farias, conferiu os resultados do projeto de capacitação de apicultores do município. Ele esteve junto a produtores, visitou as casas de mel (construídas pela Codevasf), o entreposto (local para recebimento, classificação e industrialização do mel e seus derivados) e a loja onde os produtos são colocados à venda (mel, pólen, própolis, barrinhas e bombons). A Coopemapi foi criada há sete anos e conta com 186 cooperados e cerca de 30 funcionários.
Entre os tipos de mel produzidos no local estão os de pequi, cipó uva, silvestre e aroeira – este último é a “estrela” da produção, por ser rico em polifenóis, que possui ação antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana, características que contribuíram para a florada obter o registro de Indicação Geográfica (IG), concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Em agosto, foram exportadas, através da Coopemapi, 15 toneladas de mel silvestre orgânico a granel para a Bélgica, e a cooperativa já está se preparando para exportar mais 15 toneladas. Farias destacou que a cooperativa vem trabalhando em um projeto de Indicação Geográfica para outras floradas e que “a capacitação dos apicultores deve contribuir para essa conquista”.
Uma das ideias da Sudene, segundo Farias, é articular um intercâmbio desse projeto com o Programa Rede Impacta Semiárido, que reúne instituições governamentais (incluindo a Sudene), cooperativas, empresas públicas e privadas. Elas estão trabalhando em conjunto para proporcionar a utilização de plantas do bioma na geração de bioprodutos voltados para a área de saúde.
Por Carla Pimentel